Um em cada cinco brasileiros foi vítima de crimes nos últimos 12 meses

DE SÃO PAULO

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Nos últimos 12 meses, 20% dos brasileiros com 16 anos ou mais foi vítima de algum crime, considerando roubo, assalto, agressão, sequestro relâmpago e invasão da moradia. As maiores vítimas foram os jovens, segmento no qual 28% sofreram com um desses crimes durante o último ano.

As vítimas de crimes são as mais descontentes com o governo Dilma Rousseff: entre os que desaprovam sua gestão, a taxa de vitimização alcança 25%, e cai para 15% entre os que aprovam o atual governo.

Entre aqueles com mais de 60 anos, a taxa cai para 11%. A análise segundo a renda mostra que entre aqueles com rendimento familiar mensal de 5 a 10 salários, a taxa de vítimas também fica acima da média (26%).

Quanto maior o porte do município, maior a taxa de vitimização de um desses crimes: nas cidades com até 50 mil habitantes, 14% foram vítimas; nas de 50 a 200, foram 20%; entre aqueles com população de 200 a 500 mil, o índice fica em 19%, e vai a 25% nas cidades com mais de 500 mil habitantes.

O levantamento foi realizado nos dias 02 e 03 de abril, com 2.637 entrevistados em 162 municípios do país. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, para o total da amostra.

O tipo de crime mais frequente entre os consultados pelo Datafolha foi o que abrange roubo, furto ou agressão, que vitimou 14% dos brasileiros.

Entre os moradores das capitais e cidades metropolitanas, essa taxa chega a 20%, e cai pela metade (10%) nas cidades do interior. Na parcela dos mais jovens, é de 21%, e também fica acima da média entre aqueles com renda mensal familiar de 5 a 10 salários mínimos (19%).

Os brasileiros também foram questionados sobre roubos e tentativas de roubos a suas residências. Neste caso, 9% tiveram a casa ou apartamento invadido por alguém que roubou ou tentou roubar algo. Sobre outro crime, sequestro relâmpago, a taxa de vítimas fica em 1% no mesmo período.

O Datafolha também consultou os brasileiros a respeito de parentes ou amigos assassinados nos últimos 12 meses. Neste caso, 21% responderam que sim, com índices acima da média na região Nordeste (31%) e abaixo da média na região Sul (13%). Entre os jovens, essa taxa fica em 30%.