Reprovação a Dilma é a maior desde início de mandato da petista

DE SÃO PAULO

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A aprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT) oscilou negativamente entre maio e junho e, atualmente, é aprovado por 33% dos eleitores brasileiros (em maio, 35%). Nesse período, manteve-se em 38% a taxa dos que a avaliam como regular, e oscilou 26% para 28% a desaprovação à gestão da petista, índice mais alto desde o início de seu governo. Há ainda 1% que não opinou.

Dilma tem seus maiores índices de aprovação entre os mais velhos (39%), entre os menos escolarizados (41%), na fatia dos mais pobres (38%), entre os eleitores do Nordeste (41%) e da região Norte (38%, ante 45% em maio), nas cidades com até 50 mil habitantes (39%) e entre aqueles que são a favor da Copa do Mundo no Brasil (43%). Seus índices de aprovação mais baixos foram registrados no segmento dos mais jovens (23%), entre os eleitores com curso superior (23%), entre os mais ricos (23%) e na parcela dos contrários à Copa (18%).

De 0 a 10, a nota média atribuída ao governo Dilma Rousseff é 5,6, ante 5,8 na pesquisa de maio.

Em uma consulta à opinião dos eleitores brasileiros sobre os governos Lula e Fernando Henrique Cardoso, o primeiro foi avaliado como ótimo ou bom por 71%. Outros 20% o avaliaram como regular, e 9%, como ruim ou péssimo. Na última avaliação realizada durante o governo do petista, em novembro de 2010, 83% avaliavam sua gestão como ótima ou boa, 13%, como regular, e 4%, como ruim ou péssimo.

Entre os que estudaram até o ensino fundamental, 79% aprovam a gestão Lula, índice que fica em 54% entre aqueles que estudaram até o ensino superior. No Nordeste, essa taxa de aprovação vai a 83%, e cai para 63% no Sul e para 64% no Sudeste. Entre os que declaram votar em Eduardo Campos, 70% avaliam o governo do ex-presidente como ótimo ou bom, índice que fica em 53% na fatia dos que dizem preferir Aécio, e em 92% entre os que optam por Dilma, a sucessora de Lula.

Atualmente, pelo que sabem ou se lembram, 30% avaliam o governo de Fernando Henrique Cardoso, presidente entre 1995 e 2002, como ótimo ou bom. Para 32%, ele foi regular, e 24% o consideram ruim ou péssimo. Há ainda 15% que não souberam opinar, índice puxado pelos mais jovens, segmento no qual 39% não avaliaram o governo do tucano. Na fatia dos que estudaram até o ensino superior, 39% veem hoje o governo do tucano como ótimo ou bom.

Esse índice vai a 42% entre os eleitores do Centro-Oeste, e a 44% entre aqueles que dizem votar em Aécio Neves. Em pesquisa realizada em dezembro de 2002, último mês de Fernando Henrique na presidência, seu governo era tido como ótimo ou bom por 26%, como regular por 36%, e como ruim ou péssimo por outros 36%.

Os protestos que vem ocorrendo em várias cidades brasileiras desde junho do ano passado tem o apoio de 51% dos brasileiros, índice similar ao registrado há um mês (52%). A parcela do eleitorado contrário aos protestos é de 40% (em maio, 42%), e 7% são indiferentes.

Expectativas econômicas dos brasileiros pioram

A expectativa de alta nos preços voltou a subir e, atualmente, 64% dos eleitores brasileiros creditam que a inflação irá aumentar nos próximos meses, um índice similar ao verificado em abril (65%) e acima do registrado no início de maio (58%). Uma fatia de 21% avalia que a inflação irá ficar como está (em maio, 29% tinham essa expectativa), 7% acreditam que inflação irá diminuir, e 8% não opinaram.

Também voltou a crescer a expectativa de alta no desemprego: em abril, 45% acreditavam em alta no desemprego, percentual que caiu para 42% em maio e agora é de 48%. Em tendência inversa, caiu de 33% para 28% a parcela de eleitores com expectativa de desemprego estável, e oscilou de 20% para 18% a taxa dos que preveem queda. Não souberam opinar sobre esse tema 6%.

A parcela de pessimistas em relação ao aumento do desemprego só é menor do que a verificada pelo Instituto Datafolha em março de 2009 (59%), um dos períodos mais agudos da crise econômica mundial que teve início no final de 2008, nos Estados Unidos.

Para 38%, o poder de compra dos salários irá diminuir nos próximos meses (em maio, 34%). Os demais se dividem entre aqueles que preveem que o poder de compra irá aumentar (27%, ante 28% em maio) e os que acreditam que irá ficar como está (28%, ante 32% há um mês).

A expectativa sobre a economia do país atingiu, em junho, seu nível mais alto de pessimismo desde 2007. Atualmente, 36% dos eleitores avaliam que a situação da economia brasileira irá piorar nos próximos meses, índice superior ao verificado em maio (28%) e abril (29%), até então o maior índice (também registrado em junho do ano passado).

A alta foi puxada pela queda na fatia de brasileiros que esperavam por um cenário estável para a economia do país (de 41% para 32% entre maio e junho). O índice dos que avaliam que a economia irá melhorar ficou igual no mesmo período (26%), e 7% não opinaram. .

Os eleitores também foram consultados sobre a situação econômica pessoal, e 42% declararam esperar que ela vá melhorar nos próximos meses (em maio, 43%). Outros 38% acreditam que sua situação econômica irá ficar como está (ante 41% em maio), para 16% ela irá piorar (em maio, 12%), e uma fatia de 5% não opinou sobre o assunto.