Economia e orgulho nacional em alta elevam confiança dos brasileiros

DE SÃO PAULO

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O IDC (Índice Datafolha de Confiança) registrou 116 pontos em julho, superando em 7 pontos o resultado de maio (109 pontos) e abril (também 109 pontos). Elaborado pelo Datafolha com o objetivo de medir o sentimento dos brasileiros em relação ao país, bem como a evolução ao longo do tempo desse sentimento. Esse índice leva em conta as seguintes categorias:

  • Avaliação do Brasil enquanto lugar para se viver
  • Orgulho ou vergonha de ser brasileiro
  • Expectativa da situação econômica do entrevistado
  • Expectativa da situação econômica do país
  • Expectativa do poder de compra
  • Expectativa de desemprego

Para cada uma destas questões, subtraiu-se a taxa de menção positiva da taxa de menção negativa, somando-se 100 (para evitar números negativos). O índice geral e os subíndices para cada categoria apresentam valores que variam de 0 a 200.

A partir desse cálculo, o IDC registrou média, em julho, de 116 pontos. Ficaram acima dessa média, considerando os aspectos separadamente, a avaliação do Brasil como lugar para se viver (185 pontos, ante 173 pontos em maio), o orgulho ou vergonha de ser brasileiro (173 pontos, ante 157 pontos em maio) e a expectativa da situação econômica pessoal (160 pontos, ante 156 em abril. Ou seja, esses são aspectos para os quais os brasileiros demonstram um sentimento positivo acima da média.

Para os demais, os resultados foram negativos, mas com melhora nos resultados. A expectativa da situação econômica do país registrou 102 pontos em julho, alta de 6 pontos na comparação com maio (96 pontos). No mesmo período, a expectativa de poder de compra subiu de 90 para 102 pontos, enquanto a expectativa de desemprego passou de inflação passou de 24 pontos para 27 pontos. Com alta de 1 ponto, a expectativa de desemprego passou de 65% para 66% entre maio e julho.

Esses resultados mostram que houve recuperação da satisfação tanto em viver no país e ser brasileiro quanto nas expectativas econômicas de forma geral. Após quedas consecutivas entre abril e maio, a percepção do Brasil como lugar para viver voltou a melhorar em julho. Na segunda quinzena de março de 2013, 76% dos brasileiros com 16 anos ou mais viam o Brasil como um lugar ótimo ou bom para viver, índice que caiu para 69% na primeira semana de abril deste ano e recuou ainda mais em maio, chegando a 64%. Na pesquisa atual, a percepção positiva voltou a subir e atingiu 72%. Os demais se dividem entre os que consideram o país regular para viver (22%) e os que o avaliam como ruim ou péssimo (6%).

Outro indicador positivo sobre o país a apresentar melhora no mesmo período é o que mede o nível de orgulho ou vergonha de ser brasileiro. Em março do ano passado, 87% declaravam ter mais orgulho do que vergonha de ser brasileiro, índice que caiu para 78% em abril de 2014 e oscilou para 77% em maio. Em julho, a parcela de brasileiros orgulhosos reverteu a tendência de queda e subiu para 85%. Há anda 13% com mais vergonha do que orgulho de ser brasileiro.

Julho também trouxe um refluxo do pessimismo econômico constatado pelo Datafolha em junho. No caso da inflação, por exemplo, a expectativa de alta é compartilhada hoje por 58%, índice similar ao verificado em maio (58%) e menor do que aquele registrado em junho (64%). Atualmente, há ainda 27% que esperam por inflação estável nos próximos meses, 9% que preveem queda, e 6% que não opinaram.

Também recuou a expectativa de alta no desemprego: em junho, 48% acreditavam que a desocupação iria aumentar, percentual que agora é de 43% (próximo ao índice registrado em maio). A expectativa de que o desemprego se mantenha estável, que era de 28% em junho, é compartilhada atualmente por 31%, e para 21% ele irá diminuir (em junho, 18%). Uma parcela de 6% não opinou.

O pessimismo sobre o poder de compra dos salários foi outro indicador econômico a registrar movimento de queda: 31% avaliam no atual levantamento que o poder de comprar irá diminuir nos próximos meses, queda de 7 pontos percentuais na comparação com junho (38%) e também abaixo do registrado em maio (34%) e abril (35%). A fatia dos que avaliam que o poder de compra irá aumentar passou de 27% para 32% entre junho e julho, e a de que ficará estável, de 28% para 30% no mesmo período. Não opinaram sobre esse tema 7%.

Após atingir seu nível mais alto de pessimismo no mês passado, a expectativa sobre a economia brasileira melhorou em julho. Atualmente, 30% acreditam que a situação econômica do país irá melhorar nos próximos meses, índice similar ao dos que avaliam que irá piorar (29%) e menor do que os preveem estabilidade (36%). Em junho, esses índices eram de 26%, 36%, e 32%, respectivamente. A parcela de otimistas sobre a economia brasileira, hoje, também é maior do que a registrada em maio (26%) e abril (27%), mas menor do que em fevereiro (34%). Uma fatia de 5% não opinou sobre a economia brasileira no levantamento de julho.

Os eleitores brasileiros também foram consultados sobre a situação econômica pessoal, e 48% declararam esperar que ela vá melhorar nos próximos meses (em junho, 42%). Outros 38% acreditam que sua situação econômica irá ficar como está (mesmo índice registrado em junho), para 12% ela irá piorar (em junho, 16%), e 3% não opinaram.