Pessimismo com economia puxa queda na confiança dos brasileiros

DE SÃO PAULO

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Após alta entre o início de junho e o início de julho, a percepção do Brasil como lugar para viver sofreu leve queda, e atualmente 69% consideram o país um lugar ótimo ou bom para viver (ante 72% no início do mês). Outros 24% avaliam o Brasil como regular para viver, e para 6% ele é ruim ou péssimo. O indicador que mede o nível de orgulho de ser brasileiro registrou tendência similar: no início de maio, 77% tinham mais orgulho do que vergonha de ser brasileiro, índice que passou para 85% no início de julho e agora recuou para 81%.

Na comparação com o início de julho, ficou estável a expectativa de aumento de preços, que se mantém em patamar alto: nos próximos meses, 58% esperam por alta da inflação, 25% têm expectativa de que ficará como está, e somente 8% esperam diminuição.

A expectativa de aumento no desemprego, compartilhada por 43% no início de julho, oscilou para 42% no levantamento atual, indicando estabilidade. No mesmo período, recuou de 21% para 18% a taxa de eleitores que esperam por diminuição no desemprego, manteve-se em 31% a expectativa por desemprego estável, e passou de 6% para 8% a taxa de indecisos sobre o assunto.

O pessimismo em relação ao poder de compra dos salários voltou a subir, após queda entre junho e julho. Atualmente, 35% acreditam que o poder de compra dos salários vá diminuir nos próximos meses, índice que era de 31% no início de julho e 38% na primeira semana de junho. A fatia dos que esperam por aumento no poder de compra seguiu tendência inversa, recuando de 32% para 26% entre o início de julho e agora. No mesmo período, oscilou de 30% para 32% a taxa dos que esperam que o poder de compra fique como está, e de 7% para 8% a fatia de indecisos.

Também voltou a ter alta o pessimismo dos eleitores com a situação econômica do país: no início de junho, 36% tinham a expectativa de que a economia do país iria piorar, índice que caiu para 29% no início de julho e agora subiu para 32%. No mesmo período, a parcela dos que esperam por melhora econômica subiu de 26% para 30%, e então recuou para 25%. A taxa dos que esperam que a situação econômica brasileira fique como está subiu de 32% para 36% entre o início de junho e a primeira semana de julho, índice mantido na pesquisa atual.

Os eleitores brasileiros também foram consultados sobre a situação econômica pessoal, e 44% declararam esperar que ela vá melhorar nos próximos meses (no início de julho, 48%). Outros 40% acreditam que sua situação econômica irá ficar como está (ante 38% no levantamento anterior), para 12% ela irá piorar (mesmo índice do início do mês), e 5% não opinaram sobre o assunto.

O Datafolha também consultou, nesta rodada de pesquisa, a confiança dos eleitores em sua ocupação, e a maioria (70%) afirma não correr nenhum risco de ser demitido ou ficar sem trabalho. Um em cada cinco (20%) indica correr algum risco, e uma minoria de 6% afirma correr grande risco de ser demitido ou ficar sem trabalho. Esse resultado mostra uma confiança maior dos brasileiros em sua ocupação atualmente do que em levantamentos recentes. No início de abril deste ano, 61% declaravam não correr nenhum risco de ficar desocupado. No final de junho do ano passado, o a fatia de totalmente seguros era de 64%. O resultado atual é menor, no entanto, do que em março de 2013, quando Dilma completava dois anos e três meses de governo e 75% dos brasileiros afirmavam não correr nenhum risco de ficar sem emprego ou trabalho.

Também é majoritária (58%) a fatia de eleitores que afirmam que a possibilidade de ficar sem ocupação, atualmente, é uma coisa que não lhe causa medo. Para 25%, essa possibilidade é uma das coisas que mais causa medo, e 15% indicam que ficar desocupado hoje é o que mais lhes causa medo. Neste caso, subiu de 51% para 58%, entre abril e julho, o índice dos que declaram não ter medo de ficar desocupado atualmente.