Melhora confiança dos brasileiros com a situação econômica do país

DE SÃO PAULO

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O otimismo do eleitor brasileiro quanto à economia do país e a aspectos macroeconômicos como inflação, desemprego e poder de compra, elevaram o Índice Datafolha de Confiança (IDC). No atual levantamento, realizado entre os dias 28 e 29 de agosto, o IDC registrou 125 pontos, aumento de 16 pontos na comparação com o levantamento realizado no mês passado, quando marcava 109 pontos. O índice alcançou a melhor pontuação no ano e ficou atrás apenas do índice obtido em março de 2013 - antes das manifestações nas ruas.

Elaborado pelo Datafolha com o objetivo de medir o sentimento dos brasileiros em relação ao país, bem como a evolução ao longo do tempo desse sentimento e dos aspectos cobertos pelo índice, esse índice leva em conta as seguintes categorias:

  • Avaliação do Brasil enquanto lugar para se viver
  • Orgulho ou vergonha de ser brasileiro
  • Expectativa da situação econômica do entrevistado
  • Expectativa da situação econômica do país
  • Expectativa do poder de compra
  • Expectativa de desemprego
  • Expectativa de inflação

Para cada uma destas questões, consideraram-se apenas as avaliações positivas e negativas, subtraindo-se a taxa de menção positiva da taxa de menção negativa e somando 100 (para evitar números negativos). O índice geral e os subíndices para cada categoria apresentam valores que variam de 0 a 200.

A partir desse cálculo, o IDC registrou média de 125 pontos. Analisando separadamente cada questão do IDC, ficaram acima da média a avaliação do Brasil como lugar para se viver, com 181 pontos (ante 184 no levantamento anterior), o orgulho ou vergonha de ser brasileiro, com 169 pontos (ante 165 pontos em julho) e a expectativa da situação econômica pessoal, com 166 pontos (ante 157 no levantamento anterior). Na comparação com o último levantamento, a avaliação do Brasil como lugar para se viver, foi o único aspecto a apresentar uma avaliação mais baixa.

Todos os demais itens melhoraram na comparação e alcançaram a melhor pontuação desde março de 2013. Porém, ficam abaixo da pontuação média total do IDC (125). A expectativa da situação econômica do país registrou 123 pontos (ante 88 no mês passado), já, a expectativa do poder de compra, registrou 103 pontos (ante 85) e a expectativa de desemprego, alcançou 82 pontos (ante 60). Enquanto a expectativa da inflação para os próximos meses, registrou 50 pontos (ante 24).

Comparativamente com a pesquisa anterior, a percepção do Brasil como um lugar ótimo ou bom para se viver se manteve estável em 67%. Um quarto (25%) avalia o Brasil como regular para viver (era 24%) e 7%, como ruim ou péssimo (era 9%).

No período, o sentimento de orgulho de ser brasileiro permaneceu estável. A taxa de mais orgulho do que vergonha de ser brasileiro ficou em 82%, e a taxa de mais vergonha do que orgulho, foi de 16% para 15%.

Quanto às expectativas econômicas de inflação e de desemprego o otimismo segue melhorando. A expectativa do aumento dos preços diminuiu dez pontos desde julho, há duas semanas era 52% e agora, 48% - o melhor índice desde junho de 2013. A expectativa que a inflação será menor nos próximos meses subiu no período de 8% (em julho) para 16% - índice próximo ao de junho do ano passado (15%). As taxas de entrevistados que acreditam que a inflação irá ficar como está e que não souberam responder permaneceram estáveis, respectivamente, 26% (era 25% em julho) e 10% (era 9%).

O otimismo com o desemprego também segue melhorando. A taxa dos que acreditam que o desemprego irá aumentar nos próximos meses vem diminuindo, de 42% (em julho), 38% (há duas semanas) para 36% - melhor índice desde junho de 2013. A taxa dos que têm a expectativa que o desemprego será menor permaneceu em 25% (mesmo índice de quinze dias atrás). As taxas de entrevistados que acreditam que o desemprego irá ficar como está e que não souberam responder permaneceram estáveis, respectivamente, 30% (era 29% há duas semanas) e 8% (era 9%).

Por fim, a expectativa com o aumento do poder de compra oscilou de 31% (há duas semanas) para 32%. Já, a taxa dos que têm a expectativa que o poder de compra irá diminuir nos próximos meses passou de 29% para 30%. As taxas de entrevistados que acreditam que o poder de compra irá ficar como está e que não souberam responder permaneceram estáveis, respectivamente, 29% (era 31%) e 9% (mesmo índice anterior).

A expectativa de melhora da situação econômica do entrevistado voltou ao índice do início de julho, 48%. Enquanto a taxa dos que têm expectativa que a situação econômica piorará oscilou de 12% (em julho) para 10%, e a taxa dos que têm a expectativa que ela ficará igual passou de 40% (em julho) para 37%. Não souberam responder são 5%, mesmo índice anterior.

Já, quando a situação econômica é a do país, o otimismo foi maior. No período, a expectativa que a situação econômica do país irá melhorar passou de 25% para 35%, enquanto, a expectativa que a situação econômica do país irá piorar diminuiu de 32% para 22% e a taxa de que a situação ficará igual permaneceu em 36%. Não souberam responder foi de 7% para 8%.