Pessimismo econômico fica estável em abril; 78% esperam por alta da inflação

DE SÃO PAULO

Baixe esta pesquisa

A expectativa dos brasileiros sobre indicadores da economia brasileira ficaram estáveis entre março e abril, mantendo-se em um nível pessimista. Nesse período, oscilou de 77% para 78% a expectativa de alta na inflação, de 69% para 70% a de alta no desemprego, e de 60% para 59% a de queda no poder de compra.

Há ainda 6% que esperam por inflação menor nos próximos meses (ante 6% em março), e para 13% os preços ficarão estáveis. Em relação ao desemprego, 10% esperam por diminuição (na pesquisa anterior, 12%), e para 17% a desocupação ficará estável.

Uma alta no poder de compra nos próximos meses é esperada por 16% (repetindo índice de março), e 22% avaliam que haverá estabilidade do indicador.

A tendência de poucas mudanças em relação ao mês anterior também é verificada na análise do cenário econômico nacional e pessoal. A maioria (58% hoje, ante 60% em março) segue acreditando em piora da economia brasileira nos próximos meses, e os demais estão divididos entre os que esperam melhora (14%, ante 15% em março) ou que fique como está (25%, ante 23% no levantamento anterior).

Quando consultados sobre a situação econômica pessoal, 40% avaliam que ela ficará como está (em março, 38%), 28% preveem uma melhora (era de 26% no levantamento anterior), e 30%, uma piora (ante 33% em março).

Seis em cada dez brasileiros (61%) avaliam que não correm risco de demissão ou falta de trabalho nos próximos meses, índice estável na comparação com março. Para 26%, há algum risco de demissão ou falta de trabalho (em março, 24%), e 12% acreditam correr grande risco de ser demitido ou ficar sem trabalho (repetindo índice da pesquisa anterior).

Para 44%, ficar sem emprego atualmente é uma coisa que não causa medo neste momento. Uma parcela de 27% da população que trabalha, por outro lado, indica que ficar sem emprego é o que mais lhe causa medo atualmente, e outros 27% colocam o desemprego entre uma das coisas que lhes causa medo.

Esses índices também sofreram oscilações dentro da margem de erro na comparação com o levantamento de março, o que indica estabilidade na percepção sobre a ameaça ao próprio emprego ou trabalho.