Maioria agora apoia fim da reeleição

DE SÃO PAULO

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A maioria dos entrevistados apoia o fim da reeleição. Para o cargo de presidente da República o índice alcança 67%, para governador, 65%, e para prefeito, 64%. Taxas mais altas de apoio do fim da reeleição são observadas entre os mais escolarizados. Já o contrário, a manutenção da reeleição, alcança índices mais altos entre os mais jovens e entre os simpatizantes do PT.

Na comparação com pesquisas anteriores, de 2005 e 2007, observa-se que o apoio ao fim da reeleição vem crescendo e alcançou no atual levantamento o índice mais alto. Para o cargo de Presidente da República, o apoio ao fim da reeleição dobrou, passou de 33%, em 2005, para 39%, em 2007, e agora alcançou 67%. Para o cargo de governador, o índice passou de 34% (2005), 40% (2007) para 65%. Por fim, para prefeito, o apoio ao fim da reeleição foi de 35% (2005), 41% (2007) para atuais 64%.

Dois em cada três entrevistados (66%) são contrários ao voto obrigatório, enquanto 32% são favoráveis (entre os simpatizantes do PT o índice alcança 51%), 1% indiferentes e 1% não souberam responder. A taxa de contrários ao voto obrigatório, que vinha em queda no último ano, alcançou o patamar mais alto da série e subiu doze pontos na comparação com o último levantamento, de outubro passado (era 54%). Entre os mais instruídos, a taxa chegou a 72%. Já, a taxa dos favoráveis ao voto obrigatório alcançou o índice mais baixo da série, dois pontos abaixo ao alcançado em maio de 2014 (era 34%).

Quando perguntados se votariam nas próximas se não fosse obrigatório, 58% dos eleitores declararam que não iriam votar, ante 41% que sim. Ambos os índices são recordes. O índice dos que não votariam, após ápice em maio de 2014, quando alcançou o patamar de 57% vinha caindo até chegar a 46%, em outubro passado (próximo ao índice de 1989, 44%, quando se iniciou a série). Enquanto o índice dos que votariam superou o patamar mais baixo observado em maio de 2014 (42%).

Dos que não votariam se destacam os segmentos: menos escolarizados (65%), mais pobres (64%) e moradores da região Nordeste (65%). Já, dos que votariam se destacam os segmentos: moradores da região Sul (48%), mais escolarizados (56%), simpatizantes do PT e PSDB (57%, cada um) e mais ricos (62%).

Quanto ao tema da mudança no tempo de mandato para os cargos políticos eletivos, de 4 para 5 anos, as opiniões dos brasileiros ficaram divididas. Metade (53%) é favorável à mudança no tempo de mandato, 42% são contrários, 3% são indiferentes e 2% não souberam opinar. Entre os mais escolarizados (58%), entre os moradores de cidades com mais de 50 mil a 200 mil habitantes (59%), entre os moradores da região Norte (60%), entre os simpatizantes do PT e PSDB (61%, cada um) são observadas as taxas mais altas de apoio à mudança no tempo de mandato.