Políticas de mobilidade urbana de Haddad dividem paulistanos

DE SÃO PAULO

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A diminuição da velocidade máxima para veículos nas principais vias da cidade de São Paulo, medida que vem sendo adotada nos últimos meses pela prefeitura da capital, divide os paulistanos: 47% são favoráveis à medida, outros 47% são contrários, e os demais são indiferentes (4%) ou não opinaram sobre o assunto (2%). Uma parcela de 41% dos paulistanos costuma dirigir carro na capital paulista. Neste grupo, a reprovação à diminuição da velocidade máximas nas vias é majoritária (61%, e 35% são a favor). Entre os que não dirigem na cidade, 56% são favoráveis à redução, e 38% são contra.

Questionados sobre a eficiência da medida para reduzir o número de acidentes em São Paulo, 31% avaliam que é muito eficiente, e 43% acham que é um pouco eficiente. Os que a consideram nada eficiente são somam 24%, e 2% não opinaram. No grupo que costuma dirigir em São Paulo, 27% avaliam que a redução é muito eficiente para reduzir acidentes, 40% consideram que é um pouco eficiente, e 32%, que é nada eficiente. Na parcela dos que não dirigem, 34% avaliam que a medida é muito eficiente, 45%, que é um pouco eficiente, e 18%, nada eficiente.

Outra medida adotada pela prefeitura, a implantação de ciclovias em ruas e avenidas da cidade, também foi alvo de consulta junto à população. Apesar do apoio majoritário de 56% dos paulistanos, a rejeição às vias para bicicletas vem aumentando. Atualmente, 39% são contra a implantação de ciclovias em São Paulo, além de 5% serem indiferentes ou preferirem não opinar. Na primeira consulta sobre o tema, realizada em setembro de 2014, 80% eram a favor das ciclovias, e 14%, contra. Há pouca diferença na aprovação às ciclovias quando comparados o segmento dos que costumam dirigir na capital paulista (52%) ao dos que não dirigem (58%).

Os mais jovens formam o grupo em que o apoio à ciclovia é mais alto (73%), índice que cai conforme o avanço na faixa etária, chegando a 41% entre aqueles que têm de 41 a 59 anos, e a 40% entre quem tem 60 anos ou mais. Entre os menos escolarizados, 47% são a favor das ciclovias, e 43%, contra. Na fatia dos que estudaram até o ensino superior, 59% são a favor das vias para bicicletas.

A população entre 16 e 24 anos também é a que mais possui, proporcionalmente, bicicleta para uso próprio na capital. Nesta faixa, 46% possuem uma bicicleta. Entre os paulistanos de forma geral, o índice é de 33%. Entre os mais pobres, o índice de posse de bicicleta fica abaixo da média (24%), e avança conforme o aumento da renda média familiar, chegando a 46% entre aqueles com ganho mensal de mais de 10 salários.

Os serviços de empréstimo e aluguel de bicicletas costumam ser utilizados por 11% dos moradores da cidade de São Paulo, com destaque para a faixa de 25 a 34 anos, na qual esse índice chega a 17%. Na zona sul da capital, esses serviços são utilizados por 15%, duas vezes mais do que o registrado nas zonas leste (8%) e norte (7%).

Entre aqueles que têm bicicleta para uso próprio, 57% já utilizaram as ciclovias. Na zonas oeste, 66% percorreram esse tipo de via, ante 49% na região norte. O uso das ciclovias avançou na comparação com setembro do ano passado, quando 47% declaravam utilizá-las.

Na parcela dos que costumam usar as ciclovias, 48% as utilizam menos de uma vez por semana. Aquelas que a utilizam de uma a duas vezes por semana somam 36%, e há 9% que usam as ciclovias de duas a três vezes por semana, 4%, de cinco a seis vezes por semana, e 2%, todos os dias.

O fechamento da Avenida Paulista para carro aos domingos, durante o dia, com o objetivo de transformar a via em área de lazer, chegou ao conhecimento de 80% dos moradores da capital. Estão muito bem informados sobre o assunto 48%, e os demais estão mais ou menos informados (27%), mal informados (5%) ou não tomaram conhecimento (20%).

A medida divide os paulistanos: 47% são a favor do fechamento da Paulista aos domingos, e 43%, contra. Uma parcela de 7% é indiferente, e 3% não opinaram sobre o assunto. Na parcela dos mais jovens, 57% são a favor de fechar a avenida, índice que cai para 27% entre os mais velhos. Na zona oeste da capital, a parcela de contrários (51%) supera a de favoráveis (42%) - é a única região da cidade onde isso acontece. Entre os que costumam dirigir em São Paulo, 48% são contra o fechamento da Paulista, índice que fica em 40% entre aqueles que não dirigem.