Lula perderia para tucanos e Marina em cenários de 2º turno

DE SÃO PAULO

Baixe esta pesquisa

O Datafolha consultou quatro cenários eleitorais sobre nomes que estão sendo cogitados para disputar a Presidência da República em 2018, dois deles inéditos, com a inclusão de Michel Temer como nome do PMDB.

Nos dois cenários já testados em junho deste ano, há mudanças na preferência dos potenciais eleitores. Se a eleição fosse hoje e o candidato do PSDB fosse Aécio Neves, o tucano seria o líder tendo a preferência de 31%, e em seguida viriam Lula, com 22%, e Marina Silva (Rede), com 21%, em situação de empate. Em um terceiro pelotão aparecem Luciana Genro (PSOL), com 3%, e Eduardo Jorge (PV) e Eduardo Paes (PMDB), ambos com 2%. Votariam em branco ou nulo 14%, e 5% não opinaram. A comparação com resultados colhidos em junho deste ano, a partir da mesma configuração de nomes, mostra queda na preferência por Aécio, que tinha 35% das intenções de voto, e por Lula, que tinha 25%. Tiveram alta nesse período a preferência por Marina (que tinha 18%) e de votos em branco ou nulo (que eram 11%).

No cenário em que Geraldo Alckmin substitui Aécio Neves como candidato do PSDB, Marina lidera com 28%, e em seguida aparecem Lula (22%), Alckmin (18%), Luciana Genro e Eduardo Jorge (ambos com 3%) e Paes (2%). Votariam em branco ou nulo, neste caso, 17%, e 6% preferiram não opinar. Em junho, diante dos mesmos adversários, Lula tinha 26% e liderava ao lado de Marina, que tinha 25%. O atual governado de São Paulo aparecia em patamar similar (20%), e em seguida pontuavam Luciana Genro e Eduardo Jorge, com 3% cada, e Eduardo Paes, além de 14% que indicaram voto em branco ou nulo e 7% que não opinaram.

Os cenários com Michel Temer trazem poucas mudanças, com a preferência por seu nome em uma disputa presidencial se situando no mesmo patamar da obtida por seu correligionário Eduardo Paes. Tendo Aécio como nome do PSDB e o vice-presidente como indicado do PMDB, o senador mineiro obtém 31% das intenções de voto, e em seguida vêm Lula (22%), Marina (21%), Luciana Genro (3%), Temer (2%) e Eduardo Jorge (2%), com 15% de votos em branco ou nulos e 4% sem opinião sobre o assunto.

Quando Alckmin substitui Aécio, Marina lidera com 28%, Lula fica com 22%, Alckmin vem em seguida com 18%, e depois aparecem Luciana Genro (4%), Eduardo Jorge (3%) e Michel Temer (2%). Votariam em branco ou nulo, neste cenário, 18%, e 6% preferiram não opinar.

A rejeição aos nomes consultados nas intenções de voto também foi objeto do levantamento, que mostra Lula como o mais rejeitado: 47% não votariam de jeito nenhum no petista. Em seguida aparecem Aécio Neves (24%), Michel Temer (22%), Geraldo Alckmin (17%), Marina Silva (17%), Luciana Genro (13%), Eduardo Paes (12%) e Eduardo Jorge (11%). Uma parcela de 5% rejeita todos eles, outros 5% não rejeitam nenhum, e 4% não opinaram.

Em embates diretos em um eventual segundo turno, Lula hoje ficaria atrás de seus principais adversários, e Aécio e Marina empatariam em um confronto entre eles.

Na disputa contra Lula, Aécio tem 51% das intenções de voto, ante 32% do petista. Votos em branco ou nulo somam 14%, e 3% não opinaram. No segmento dos mais pobres, Lula tem 42% e empate com tucano (44%), assim como entre os menos escolarizados (45% para Aécio, 41% para Lula). Na região Nordeste, o petista fica á frente do adversário (49% a 38%), e nos demais segmentos socioeconômicos e demográficos a vantagem é do senador Aécio Neves.

Um confronto entre Aécio e Marina Silva teria, neste momento, o tucano com 42% das intenções de voto, ante 41% da ex-senadora e 14% de votos em branco ou nulo, além dos 4% que não opinaram sobre o assunto. O tucano tem vantagem sobre a adversária no segmento dos mais velhos (42% a 32%), dos menos escolarizados (44% a 37%), entre aqueles com renda mensal familiar de 5 a 10 salários (46% a 39%), na parcela dos que possuem renda superior a 10 salários (48% a 41%), na região Sul (48% a 25%, com 20% de votos em branco ou nulos), e em municípios do interior do país (47% a 36%), principalmente naqueles com até 50 mil habitantes (49% a 32%). As intenções de voto em Marina, por sua vez superam às do tucano na fatia dos mais escolarizados (45% a 39%), no Nordeste (47% a 35%), em regiões metropolitanas (48% a 35%) e em grandes cidades, com população superior a 500 mil habitantes (48% a 35%).

Se a disputa ficasse entre Marina e Lula, a ex-senadora teria a preferência de 52%, ante 31% do petista. Votariam em branco ou nulo, neste cenário, 14%, e 2% não opinaram. No segmento dos mais pobres, dos menos escolarizados e na região Nordeste, o ex-presidente consegue equilibrar essa disputa e há empate na preferência pelos dois nomes - nos demais, a vantagem é de Marina Silva.

Contra Geraldo Alckmin, Lula tem 34% das intenções de voto em um eventual segundo turno, e o tucano fica à frente com 45%. Brancos e nulos somam 18%, e 3% não opinaram. O governador paulista fica em desvantagem, porém, quando confrontado com Marina Silva: tem 33% das intenções de voto, ante 49% da ex-senadora. Na disputa entre eles, 14% votariam em branco ou anulariam o voto, e 4% preferiram não opinar.