60% dos deputados são a favor do impedimento de Dilma

DE SÃO PAULO

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Seis em cada dez deputados federais (60%), dentre 291 consultados, votariam hoje a favor do processo de abertura do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT), etapa necessária para o afastamento temporário da petista de seu cargo pelo Senado até a conclusão integral do processo.

Para a abertura do impeachment são necessários os votos favoráveis de 67% dos deputados federais (342 de 513). A projeção do resultado dessa amostra de deputados para o total da Câmara indica que os favoráveis ao impedimento são, hoje, 308 deputados.

Um em cada cinco deputados (21%) consultados irá votar contra a abertura do processo de impedimento de Dilma, e uma parcela similar (18%) ainda não decidiu ou preferir não declarar seu voto. A projeção desses resultados para o total da Câmara mostra que 108 deputados são contrários à abertura do processo de impeachment de Dilma, e 92 estão indecisos.

A comparação com pesquisa realizada em dezembro do ano passado sobre o impeachment de Dilma mostra queda no apoio à petista. À época, 42% declaravam voto a favor do processo de afastamento, 31% eram contrários, e 27% não adotavam uma posição sobre o tema. A amostra do levantamento realizado no final do ano passado era de 315 deputados federais.

Questionados se Dilma deveria ou não renunciar, atualmente, a seu mandato, 55% dos deputados afirmaram que sim, ela deveria voluntariamente deixar seu cargo. Outros 30% acreditam que ela não deveria renunciar, e neste caso, os indecisos ou que preferiram não opinar são 15%.

A situação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), também foi consultada. Para 61%, o peemedebista deveria renunciar ao seu cargo, e 23% defendem que ela não deve entregar a presidência voluntariamente. A fatia dos que não se posicionaram sobre a renúncia de Cunha agrega 15%.

Se o processo de cassação do mandato de Eduardo Cunha chegar ao plenário - ele é acusado de quebra do decoro parlamentar e sua situação está sendo analisada pelo Conselho de Ética da Câmara, 61% dos deputados federais irão votar a favor da perda de seu mandato. Votarão contra 9%, e 31% não se posicionaram sobre o assunto.

A posição dos deputados sobre Eduardo Cunha não registrou mudança significativa desde dezembro. No levantamento feito no final de 2015, 60% votariam a favor da cassação do peemedebista, 8%, contra, e 32% não revelaram sua opinião.

No Senado, 68 senadores foram consultados e 55% indicaram que votariam pelo afastamento definitivo da presidente caso a Câmara abra um processo de impeachment e Dilma seja processada pelo Senado. Votariam contra 24%, e uma parcela de 21% não decidiu o voto ou preferiu não opinar.

A renúncia de Dilma é defendida por 48% dos senadores consultados, e 27% avaliam que a petista não deveria abdicar de seu cargo. Há ainda 25% que não têm opinião ou não decidiram o voto.