Maioria é contra aprovação da PEC 55

DE SÃO PAULO

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Pesquisa Datafolha mostra que a maioria dos brasileiros adultos é contra a aprovação da PEC 55. Seis em cada dez (60%) declararam serem contrários à aprovação da PEC 55, um quarto (24%) é a favor, 4% são indiferentes e 12% não responderam. Observa-se que o apoio à PEC é mais alto entre os mais ricos do que entre os mais pobres (35% ante 20%), enquanto a rejeição é mais alta entre os mais instruídos do que entre os menos instruídos (68% ante 51%). Entre os mais velhos (23%) e entre os menos instruídos (19%) são observadas as taxas mais altas de indecisos.

Nesse levantamento realizado nos dias 07 e 08 de dezembro de 2016, foram realizadas 2.828 entrevistas em 174 municípios brasileiros. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%.

Para a maioria dos entrevistados (62%), a aprovação da PEC 55 trará mais prejuízos do que benefícios para os brasileiros. Já, para 19%, a PEC trará mais benefícios do que prejuízos, para 7%, não trará prejuízos nem benefícios aos brasileiros e 12% não responderam. O otimismo com a PEC é mais alto entre os mais ricos do que entre os mais pobres (33% ante 17%), enquanto o pessimismo é mais alto entre os mais instruídos do que entre os menos instruídos (69% a 55%).

Quando perguntados para quais estratos sociais a PEC 55 trará mais benefícios ou prejuízos, dos mais pobres ou dos mais ricos, a maioria declarou que a proposta irá sobretudo prejudicar os mais pobres e beneficiará os mais ricos. Uma parcela de 67% declarou que a PEC 55 trará mais prejuízos do que benefícios aos mais pobres, 18% que trará mais benefícios do que prejuízos aos mais pobres, 4% que não trará benefícios nem prejuízos aos mais pobres e 11% não responderam. Já, 61% declararam que a PEC trará mais benefícios do que prejuízos aos mais ricos, 18% que trará mais prejuízos do que benefícios aos mais ricos, 9% nem benefícios nem prejuízos e 12% não responderam.

Quanto às expectativas dos efeitos da PEC 55 nos serviços públicos, uma parcela significativa dos brasileiros está pessimista. Dos cinco serviços públicos pesquisados (educação, saúde, segurança, saneamento e transporte), a metade dos entrevistados declarou esperar por uma piora do serviço.

Os serviços públicos foram avaliados da seguinte maneira: educação, 51% têm a expectativa de que o serviço irá piorar, 24% que ficará como está, 17% que irá melhorar e 8% não responderam; saúde, 50% esperam por uma piora, 25% que ficará igual, 16% que irá melhorar e 8% não responderam; segurança pública, 50% avaliam que ela irá piorar, 26% que ficará como está, 16% que irá melhorar e 8% não responderam; saneamento básico, 47% avaliam que irá piorar, 28% que ficará como está, 16% que irá melhorar e 9% não responderam; e finalmente, o serviço do transporte público, 47% esperam por uma piora, 29% que ficará como está, 15% que irá melhorar e 9% não responderam.

De maneira geral, observa-se diferenças de opinião entre os moradores da região Centro-Oeste, mais otimistas, com os da região Nordeste, mais pessimistas, quanto aos impactos da PEC 55 nos serviços públicos. O pessimismo é também mais alto entre os mais instruídos.

A maioria dos brasileiros avalia que os recursos disponíveis para os serviços públicos (descritos acima) são insuficientes. Os serviços públicos foram avaliados da seguinte maneira: segurança pública, 80% avaliam que os recursos são insuficientes (14% que são suficientes, 3% mais do que suficientes e 3% não responderam); educação, 78% avaliam que os recursos são insuficientes (16% que são suficientes, 4% mais do que suficientes e 3% não responderam); saúde, 78% avaliam que os recursos são insuficientes (15% que são suficientes, 4% mais do que suficientes e 3% não responderam); saneamento, 75% avaliam que os recursos são insuficientes (18% que são suficientes, 4% mais do que suficientes e 3% não responderam); e transporte público, 74% avaliam que os recursos são insuficientes (18% que são suficientes, 3% mais do que suficientes e 4% não responderam).

Em todos os serviços públicos avaliados, observa-se entre os mais ricos as taxas mais altas de que os recursos disponíveis são suficientes na medida certa.

Nove em cada dez brasileiros (89%) têm a opinião que os recursos públicos são mal gastos no país: para 53%, os recursos públicos existentes são suficientes, porém são mal aplicados, e para 36%, os recursos são insuficientes e mal aplicados. A parcela dos que avaliam que os recursos são bem gastos no país alcançou 7%, desses, 4% avaliam que os recursos são suficientes e bem aplicados e 3%, que são insuficientes, porém mal aplicados. Uma parcela de 5% não respondeu.