Eleitorado se divide sobre presença de Lula na eleição presidencial

DE SÃO PAULO

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Os eleitores estão divididos quanto à participação do ex-presidente Lula na eleição de outubro, para 49%, o petista deveria poder disputar a eleição e para 48%, ele deveria ser impedido. Uma parcela de 3% não respondeu. Os índices são próximos aos observados na pesquisa de abril, após a prisão do ex-presidente, esses índices eram respectivamente, 48% e 50%.

São observadas diferenças significativas de opinião entre as variáveis sociodemográficas. A taxa de apoio à participação do ex-presidente na eleição de outubro é mais alta entre os mais jovens (56%), entre os moradores de municípios com até 50 mil habitantes (58%), entre os menos instruídos (59%), entre os mais pobres (60%) e entre os moradores da região Nordeste (69%). Já as taxas de apoio ao impedimento da participação de Lula são mais altas entre os moradores da região Sudeste (58%), entre os mais instruídos (67%) e entre os mais ricos (74%).

A maioria dos eleitores (55%) segue com a expectativa que Lula não disputará a eleição para presidente deste ano, apesar do recuo do índice (era 62% em abril). Para 40%, o petista irá disputar a eleição (era 34%), desses, 20% têm certeza da participação (era 18%) e 20% estão em dúvida (era 16%), e 6% não opinaram (era 4%).

A taxa de eleitores que acreditam que Lula irá disputar a sua sexta eleição presidencial é mais alta entre os menos instruídos (47%), entre os mais pobres (48%), entre os mais jovens (49%) e entre os moradores da região Nordeste (54%). Enquanto a taxa de eleitores que acreditam que o petista não irá participar da eleição de outubro é mais alta entre os homens (61%), entre os moradores de municípios com mais de 500 mil habitantes (61%), entre os moradores da região Sudeste (64%), entre os mais instruídos (67%) e entre os mais ricos (77%).

Quando perguntados quem Lula deveria apoiar na eleição para presidente da República caso seja impedido de ser candidato, 30% dos eleitores não informaram nenhum nome espontaneamente (era 34% em abril) e 19% declararam que o petista não deveria apoiar nenhum nome (era 17%). Dos nomes citados, Marina Silva foi a mais lembrada, com 15% de menções espontâneas (era 14%). Com índices mais baixos ficaram Ciro Gomes, com 10% (era 7%), Jair Bolsonaro, com 9% (mesmo índice anterior), Geraldo Alckmin, com 5% (mesmo índice anterior) e Fernando Haddad, com 3% (era 2%), entre outros nomes menos lembrados.

Entre os eleitores que declararam ser simpatizantes do PT, Marina e Ciro dividem a preferência, cada um, com 20%, ante 4% de Fernando Haddad e 2% de Jaques Wagner. Já, quando foi apresentado aos entrevistados uma lista com cinco possíveis nomes que Lula poderia apoiar caso não seja candidato, Ciro Gomes é o mais citado, com 32% de menções. Para 15%, o ex-presidente Lula deveria apoiar seu colega de partido Fernando Haddad, para 7%, a pré-candidata do PC do B, Manuela D'Ávila, para 5%, o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, e para 3%, o candidato do PSOL, Guilherme Boulos. Para um quarto (25%), Lula não deveria apoiar nenhum dos candidatos apresentados e 13% não opinaram. Ciro também é o preferido entre os simpatizantes do PT: 44% ante 14% de Haddad e 7% de Wagner. Na região Nordeste, onde Lula tem maior influência eleitoral, 39% defendem o apoio à Ciro, 11% à Haddad e 8% à Wagner.

Entre os eleitores de Lula, quatro em cada dez (39%) são favoráveis ao apoio à Ciro Gomes, 15% à Haddad, 8% à Manuela D'Ávila, 6% à Wagner e 3% à Boulos. Para 18%, Lula deveria apoiar nenhum candidato e 12% não responderam.