49% avaliam que saúde pública irá piorar após saída de médicos cubanos

DE SÃO PAULO

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A maioria dos brasileiros adultos (81%) tomou conhecimento da saída dos médicos cubanos que participavam do programa Mais Médicos, desses, 36% declararam estarem bem informados sobre o tema, 36% mais ou menos informados e 9% mal informados. Uma parcela de 19% informou não ter conhecimento sobre o tema.

A taxa de conhecimento é mais alta entre os mais instruídos (94%) e entre os mais ricos (93%), já, o índice de desconhecimento é mais alto entre os mais jovens (34%), entre os menos instruídos (28%), entre os mais pobres (24%) e entre os moradores de municípios com até 50 mil habitantes (24%).

Com a saída dos médicos cubanos do programa Mais Médicos, 49% avaliam que a saúde pública do país irá piorar, 38% que irá melhorar, 8% que ficará igual e 5% não opinaram. A taxa de pessimismo é mais alta entre os que têm 25 a 34 anos (57%) e entre os moradores da região Nordeste (56%). Já, a taxa de otimismo é mais alta entre os mais velhos (45%) e entre os moradores das regiões Centro-Oeste e Norte (45%).

Nesse levantamento, entre os dias 18 e 19 de dezembro de 2018, foram realizadas 2.077 entrevistas presenciais em 130 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro máxima no total da amostra é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

O programa Mais Médicos é de conhecimento da maioria dos brasileiros adultos, 85% declararam que o conhecem ou já ouviram falar do programa, desses, 26% declararam estarem bem informados, 45% mais ou menos informados e 14% mal informados. Uma parcela de 15% declarou não ter conhecimento do programa do governo Federal.

A taxa de conhecimento sobre o programa cresce conforme aumenta o grau de escolaridade (76% entre os menos instruídos ante 98% entre os mais instruídos), a renda familiar mensal (78% entre os mais pobres ante 95% entre os mais ricos) e o porte do município de residência do entrevistado (81% entre os moradores de municípios com até 50 mil habitantes ante 90% entre os moradores de municípios com mais de 500 mil habitantes).

Quatro em cada dez (39%) foram ou já tiveram algum parente atendido por algum médico estrangeiro do programa Mais Médicos. O índice é mais alto entre os moradores das regiões Centro-Oeste e Norte (46%) e aumenta conforme diminui a renda familiar mensal (19% entre os mais ricos ante 43% entre os mais pobres) e o porte do município de residência do entrevistado (29% entre os municípios com mais de 500 mil habitantes ante 44% entre os moradores de municípios com até 50 mil habitantes). A maior parcela (60%) declarou que nunca foi ou não teve parentes atendidos por médicos estrangeiros, com destaque para os segmentos: mais ricos (79%), moradores de capitais (69%), moradores de municípios com mais de 500 mil habitantes (69%).

A maioria (87%) tem o hábito de buscar atendimento médico da rede pública. O índice é majoritário em todos os segmentos, com exceção dos mais ricos (53%). Da parcela que não utiliza a rede pública (13%), destacam-se os segmentos dos mais instruídos (24%), dos que têm renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (30%), dos mais ricos (47%) e dos moradores dos municípios com a mais de 500 mil habitantes (19%).