Maioria quer redução da maioridade penal e é contra posse de armas

DE SÃO PAULO

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A maioria (84%) dos brasileiros adultos é favorável a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. O apoio à redução da maioridade penal é majoritário em todos os segmentos. Já, uma parcela de 14% é contrária à redução (entre os mais instruídos e entre os mais ricos o índice sobe para, respectivamente, 22% e 25%), 1% é indiferente e 1% não opinou.

Em comparação a pesquisa anterior, de novembro de 2017, os índices ficaram iguais: 84% eram favoráveis e 14% contrários à redução.

Dos que são favoráveis à diminuição da maioridade penal, dois em cada três (67%) a apoiam para qualquer tipo de crime e 33% para determinados tipos de crimes. Os índices são próximos aos observados na pesquisa do ano passado, quando eram, respectivamente, 64% e 36%. Há dois anos, o apoio à redução para qualquer tipo de crime foi o mais alto da série histórica (era 74%).

Quando questionados qual deveria ser a idade mínima para uma pessoa ir para a cadeia por algum crime que cometeu, a média ficou em 15 anos. Para 15%, a idade mínima ficou na faixa de 18 a 21 anos, para 45%, na faixa de 16 a 17 anos, para 28%, na faixa de 13 a 15 anos e 9%, na faixa de até 12 anos. Uma parcela de 3% não opinou.

Nesse levantamento, entre os dias 18 e 19 de dezembro de 2018, foram realizadas 2.077 entrevistas presenciais em 130 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro máxima no total da amostra é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Segue majoritário o apoio à proibição de posse de armas no país, em comparação as últimas pesquisas o índice cresceu e se aproximou do patamar de 2014. Seis em cada dez (61%) são contrários a posse de armas e defendem a sua proibição (era 55% em outubro, 56% há um ano e 62% em 2014), 37% são favoráveis ao porte de armas (era 41% em outubro, 42% há um ano e 35% em 2014) e 2% não opinaram.

São observadas diferenças significativas na análise das variáveis sociodemográficas. O apoio à proibição da posse e armas é mais alto entre as mulheres do que entre os homens (71% a 51%), entre os mais pobres do que entre os mais ricos (66% a 43%), entre os moradores das regiões Sudeste (63%) e Nordeste (66%) do que entre os moradores da região Sul (50%), entre os moradores dos municípios com mais de 500 mil habitantes do que entre os moradores de municípios com até 50 mil habitantes (65% a 57%) e entre os eleitores de Fernando Haddad (PT) no 2º turno do que entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PSL) (83% a 44%).

A maior parcela dos brasileiros adultos está otimista com o combate à violência no futuro próximo. Seis em cada dez (60%) têm a expectativa que a violência irá diminuir, 16% que ficará como está, 22% que irá aumentar e 2% não opinaram. O otimismo é majoritário em todos os segmentos, sendo mais alto entre os homens do que entre as mulheres (65% a 55%), entre os mais ricos do que entre os mais pobres (66% a 55%), entre os moradores dos pequenos centros urbanos do que entre os moradores dos grandes centros (65% a 54%), entre os moradores das regiões Centro-Oeste e Norte (69%) e entre os eleitores de Bolsonaro no 2º turno (78%).

Para metade dos entrevistados (47%), o principal responsável pelo combate à violência no país é o presidente da República. Para 21%, o principal responsável são os governadores estaduais, para 8%, os Prefeitos, para 6%, os deputados e senadores e para 15%, todos eles. Uma parcela de 3% não opinou.