Cresce apoio à Reforma da Previdência

DE SÃO PAULO

Baixa a pesquisa completa

Pesquisa Datafolha mostra que cresceu de abril a julho o índice de brasileiros adultos que apoiam a reforma da previdência, no período, o índice foi de 41% para 47%. A taxa de brasileiros adultos que rejeitam à reforma recuou de 51% para 44%, indiferentes são 3% (era 2% em abril) e 6% não opinaram (era 7% em abril).

Observam-se índices mais altos de favoráveis à reforma da previdência entre os homens (57%), entre os mais ricos (69%), entre os empresários (73%) e entre os que aprovam o governo de Jair Bolsonaro (PSL) (75%).

Já taxas mais altas de contrários à reforma são observadas entre as mulheres (50%), entre os moradores da região Nordeste (55%) e entre os que reprovam o governo de Jair Bolsonaro (71%).

A rejeição à reforma da previdência é maior entre as faixas etárias mais jovens do que entre as mais velhas (50% entre os que têm 16 a 44 anos, 38% entre os que têm 45 a 59 anos e 36% entre os que têm 60 anos ou mais) e entre as mulheres do que entre os homens (50% ante 38%).

Entre os que estão bem informados sobre a reforma, 56% são favoráveis à reforma e 42% são contrários a ela.

A maioria (69%) têm conhecimento sobre a reforma da previdência, desses, 17% estão bem informados, 41% mais ou menos informados e 11% mal informados. Uma parcela de 31% declarou não ter conhecimento sobre o tema - entre os mais pobres esse índice sobe para 45% e entre os menos instruídos, para 50%. Entre os mais instruídos (93%) e entre os mais ricos (95%) são observadas as taxas mais alta de conhecimento sobre a reforma.

Em comparação ao levantamento de abril, os índices ficaram estáveis: 68% tinham conhecimento da reforma da previdência e 32% não tinham.

No período, também ficaram estáveis as avaliações sobre o Sistema da Previdência Social brasileiro. Um terço (33%) avalia esse sistema como ótimo ou bom (era 34% em abril), 35% como regular (era 34%) e 31% como ruim ou péssimo (era 30%). Uma parcela de 1% não opinou. Os entrevistados foram informados de que "o sistema de Previdência Social brasileiro é controlado pelo Governo Federal, que usa o dinheiro arrecadado do INSS junto a trabalhadores e empresas para pagar alguns tipos de benefícios para a população, como, por exemplo, as aposentadorias, pensões e auxílio doença".

Os mais ricos e mais instruídos são os mais críticos em relação ao Sistema da Previdência Social, entres esses, a reprovação alcança, respectivamente, 44% e 40%.

Os brasileiros estão divididos quanto ao tempo de aposentadoria dos trabalhadores. Para 45%, os trabalhadores brasileiros se aposentam mais tarde do que deveriam (era 49% em abril), para 41%, os trabalhadores se aposentam na idade adequada (era 38%), para 11%, mais cedo o que deveriam e 2% não opinaram.

São observadas diferenças significativas de opinião entres as variáveis de renda familiar mensal, faixa etária e ocupação profissional.

Da parcela que avalia que os trabalhadores brasileiros se aposentam mais tarde do que deveriam, destacam-se os segmentos dos: mais jovens (63% - entre os mais velhos o índice cai para a metade, 30%), mais pobres (50% - entre os mais ricos o índice cai para 24%), assalariados registrados (56%), desempregados que procuram emprego (55%) e estudantes (62%).

A opinião de que a aposentadoria vem na idade adequada é mais comum entre os empresários (49%), entre os mais velhos (51%), entre os aposentados (53%) e entre os funcionários públicos (54%).

Por sua vez, o índice dos que pensam que os trabalhadores brasileiros se aposentam mais cedo do que deveriam cresce conforme aumenta a idade (7% entre os mais jovens ante 15% entre os mais velhos) e a renda familiar mensal do entrevistado cresce (8% entre os mais pobres ante 31% entre os mais ricos). Entre os empresários, esse índice é o mais alto e alcança 21%.

Na comparação com as pesquisas de 2016 e de 2017, observa-se que a taxa dos que avaliam que os trabalhadores brasileiros se aposentam mais tarde do que deveriam tem recuado (era 59% em julho de 2016, 52% em abril de 2017 e 49% em abril de 2019), enquanto a avaliação que eles se aposentam na idade certa após um forte crescimento, ficou estável no tempo (era 27% em julho de 2016, 38% em abril de 2017 e 38% em abril de 2019).