Bolsonaro é aprovado por 30% após um ano de governo

DE SÃO PAULO

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A aprovação ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) oscilou de 29% no final de agosto para 30% na primeira semana de dezembro, mês em que completa um ano de governo. Nesse período, seu índice de reprovação passou de 38% para 36%, e a taxa dos que o avaliam como regular passou de 30% para 32%. Há ainda 1% que preferiu não opinar sobre o tema, em patamar estável.

Em abril, na primeira avaliação do Datafolha sobre o governo Bolsonaro, 32% aprovavam sua gestão. Em julho, após seis meses no cargo, a taxa dos que o avaliavam como ótimo ou bom oscilou para 33%, e recuou quatro pontos no levantamento de agosto, para 29%. A reprovação ao presidente nesse período, porém, cresceu: no início de abril, 30% avaliavam sua gestão como ruim ou péssima, índice que avançou para 33% no início de junho e atingiu 38% no final de agosto, antes de oscilar dois pontos para baixo no levantamento atual.

Entre os eleitores de Bolsonaro no 2º turno da eleição presidencial, 58% consideram seu governo ótimo ou bom até aqui, enquanto 31% o classificam como regular. Nesse grupo, há ainda 10% que avaliam a gestão do presidente como ruim ou péssima. Entre quem votou em Fernando Haddad (PT), 6% aprovam o governo de Bolsonaro, e os demais o consideram regular (28%) ou o reprovam (65%).

A aprovação a Bolsonaro é mais alta entre homens (35%) do que mulheres (26%). Entre os mais jovens, apenas 21% aprovam o presidente, metade de seu índice de reprovação (41%). Entre quem estudou até o ensino fundamental, a avaliação negativa do governo (39%) supera a positiva (29%). Na parcela que estudou até o ensino médio, a mais representativa da população, essa diferença cai para 6 pontos (35% de ruim ou péssimo, 29% de ótimo ou bom), e entre quem tem curso superior há um empate (35% de ótimo ou bom, 36% de ruim ou péssimo).

A diferença de avaliação do presidente entre setores extremos da sociedade fica mais evidente na análise por renda mensal familiar: entre quem tem renda familiar de até 2 salários, 43% avaliam seu governo de forma negativa, o dobro da avaliação positiva (22%). Nas faixas de renda mais altas, ocorre o oposto: entre os mais ricos, com renda superior a 10 salários, 44% consideram a gestão Bolsonaro ótima ou boa, e 28%, ruim ou péssima; entre quem tem renda de 5 a 10 salários, também é de 44% o índice de aprovação ao presidente, e 31% o reprovam. Na faixa de 2 a 5 salários, a diferença é menor: 35% classificam o atual presidente ótimo ou bom, e 31%, ruim ou péssimo.

Entre os empresários, 58% consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom, e 20%, ruim ou péssimo. Na fatia dos trabalham como free-lance ou fazem bicos, 29% aprovam o governo, e 41% reprovam. Entre desempregados que estão em busca de vagas, 48% reprovam, e 21% aprovam. Na fatia de assalariados registrados há 31% que consideram o governo ótimo ou bom, e para 34% é ruim ou péssimo. Entre assalariados sem registro, esses índices ficam em 25% e 35%, respectivamente. Na parcela de funcionários públicos, 42% avaliam a gestão Bolsonaro negativamente, e para 26% ela é positiva.

Na fatia evangélica da população, 36% consideram o governo Bolsonaro ótimo ou bom, e 27%, ruim ou péssimo. Entre católicos, ocorre o inverso: 38% classificam a gestão do atual presidente como ruim ou péssima, e 29%, como ótima ou boa. No terceiro grupo mais representativo, daqueles que se declaram sem religião ou não tem religião definida, 52% reprovam o atual governo, e 20% aprovam.

Na região Nordeste, 50% veem a gestão Bolsonaro como ruim ou péssima, e para 20% ela é ótima ou boa. No Sul, a avaliação positiva do governo supera a negativa (40% a 28%), e no Sudeste os índices são similares (32% aprovam, 33% reprovam). Na região Centro-Oeste, 31% avaliam o governo positivamente, ante 38% de avaliação negativa. No Norte, a taxa de ótimo ou bom fica em 35%, e a de ruim ou péssimo, em 28%.

Considerando a autoclassificação política dentro do espectro esquerda e direita, Bolsonaro tem 51% de aprovação na direita (contra 22% de reprovação), 42% na centro-direita (contra 22% de reprovação), 22% no centro (contra 35% de reprovação), 16% na centro-esquerda (contra 51% de reprovação) e 11% na esquerda (contra 65% de reprovação).

De 0 a 10, a nota média atribuída ao desempenho de Bolsonaro à frente da Presidência até o momento é 5,1, com 19% atribuindo nota 0, e 9%, nota 10. Em agosto, o desempenho do presidente também merecia nota 5,1 da população.