Para 54%, libertação do ex-presidente Lula foi justa

DE SÃO PAULO

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Pesquisa Datafolha mostra que a maior parcela dos brasileiros adultos (54%) avalia como justa a libertação do ex-presidente Lula, ocorrida no início de novembro. Uma parcela de 42% avalia como injusta a sua libertação e 5% não opinaram.

Nesse levantamento, entre os dias 05 e 06 de dezembro de 2019, foram realizadas 2.948 entrevistas presenciais em 176 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro máxima no total da amostra é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Na análise das variáveis sociodemográficas, observa-se que o índice dos que avaliam como justa a libertação do petista cresce conforme diminui o grau de instrução (45% entre os mais instruídos ante 61% entre os menos instruídos) e a renda familiar mensal do entrevistado (38% entre os mais ricos ante 63% entre os mais pobres). O índice é mais alto entre as mulheres (56% ante 51% entre os homens), entre os mais jovens (61%), entre os moradores da região Nordeste (71%) e entre os moradores de municípios com até 50 mil habitantes (59%).

Em contrapartida, a taxa que avalia como injusta a libertação do ex-presidente cresce conforme aumenta o grau de instrução (34% entre os menos instruídos ante 52% entre os mais instruídos) e a renda familiar mensal do entrevistado (32% entre os mais pobres ante 59% entre os mais ricos). O índice é mais alto entre os homens (46% ante 39% entre as mulheres), entre os mais velhos (44% ante 35% entre os mais jovens) e entre os moradores de municípios com mais 200 mil a 500 mil habitantes (48%).

Seis em cada dez brasileiros adultos (61%) confiam em alguma medida nas declarações do ex-presidente Lula, desses, 25% confiam sempre e 36% as vezes. Uma parcela de 37% nunca confia nas declarações de Lula e 2% não opinaram. São observadas taxas de confiança mais altas entre os moradores da região Nordeste (78%), entre os que se autodeclararam como pretos (73%), entre os mais jovens (72%) e entre os mais pobres (71%).

Por outro lado, taxas mais de altas de desconfiança são observadas entre os que se autodeclararam como brancos (47%), entre os moradores da região Sul (47%), entre os que estudaram até o ensino superior (48%), entre os que têm renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (55%) e entre os que têm renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos (70%).