Por política, 27% deixaram grupos de Whatsaap nos últimos 12 meses

DE SÃO PAULO

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Nos últimos 12 meses, metade (51%) dos brasileiros que usam redes sociais deixou de comentar ou compartilhar alguma coisa sobre política em grupo de Whatsapp para evitar discussões com amigos ou familiares. Entre quem votou em Bolsonaro, 49% deixaram de comentar ou compartilhar esse tipo de conteúdo pelo aplicativo, índice mais baixo do que entre eleitores de Fernando Haddad (PT) : 57%.

Em patamar similar, 46% dos usuários de redes sociais deixaram de publicar ou compartilhar alguma coisa sobre política nas suas redes sociais para evitar discussões com amigos ou familiares nos últimos 12 meses.

Também para evitar discussões políticas com amigos ou familiares, 27% deixaram algum grupo de Whatsapp nos últimos 12 meses. Na parcela de brasileiros que votou em Haddad, 36% deixaram algum grupo, ante 22% entre eleitores de Bolsonaro. No grupo que se coloca à esquerda no espectro político, 37% abandonaram grupos de amigos ou da família para evitar discussões sobre política. Essa taxa cai para 32% na centro-esquerda, 25% no centro, 24% na direita e 23% na centro-direita.

Uma parcela de 19% dos brasileiros que têm conta em redes sociais deixaram de seguir ou bloquearam algum amigo ou pessoa da família por discordar das suas posições políticas. Entre os eleitores de Haddad a taxa é de 29%, e entre quem votou no atual presidente esse índice cai para 16%.

Também é de 19% o índice de usuários de redes sociais que deixaram de seguir ou bloquearam alguma empresa ou marca por causa de suas posições políticas. Entre quem tem curso superior esse índice chega a 29%, ante 16% na parcela com ensino médio e 14% entre quem tem curso fundamental. Os mais ricos também boicotaram mais marcas e produtos por causa de suas posições políticas do que os mais pobres: na faixa de renda familiar acima de 10 salários o índice é de 31%, ante 26% na parcela com renda de 5 a 10 salários, 20% entre quem tem renda familiar de 2 a 5 salários, e 16% na fatia com renda de até 2 salários.

Na esquerda, 30% deixaram de seguir ou bloquearam alguma marca nas redes por causa de política, ante 24% na centro-esquerda, 14% no centro, 16% na centro-direita e 19% na direita.