Três em cada quatro (76%) brasileiros adultos que possuem celular avaliam que no momento é mais importante que as pessoas fiquem em casa a fim de evitar a propagação do coronavírus, mesmo que isso prejudique a economia e cause desemprego, do que acabar com o isolamento das pessoas em casa para estimular a economia e impedir o desemprego. Em oposição, 18% avaliam que acabar com o isolamento é o mais importante a fim de estimular a economia e impedir o desemprego, mesmo que isso contribua para a disseminação do coronavírus. Uma parcela de 6% não opinou.
Dois em cada três (65%) apoiam à continuidade do fechamento do comércio de bens não essências (entre os mais jovens e entre os mais instruídos os índices são mais altos, respectivamente, 74% e 72%), ante 33% que apoiam a abertura do comércio de bens não essenciais (entre os empresários o índice sobe para 45%). Uma parcela de 2% não opinou.
Quando perguntados se as pessoas que não fazem parte do grupo de risco, como idosos e pessoas com comorbidade, devem sair para trabalhar ou se manter isoladas, a maioria (60%) é favorável ao isolamento social para todas as pessoas, independentemente de ser ou não grupo de risco. Já, para 37%, o isolamento deve ser restringido apenas ao grupo de risco e aquelas pessoas que não se enquadram, deveriam retornar ao trabalho. Uma fração de 3% não opinou.
O apoio ao isolamento social para todas as pessoas é mais alto entre os mais instruídos (67%). Por outro lado, o apoio ao isolamento apenas às pessoas que são grupo de risco é mais alto entre os empresários (49%), entre os que têm 35 a 44 anos (45%) e entre os homens (43%).
É majoritária a avaliação que as aulas nas escolas devem permanecer suspensas: para 87% as escolas devem manter a suspensão das atividades, para 11%, as escolas deveriam retornar as aulas, e 2% não opinaram.
De maneira geral, observa-se que o apoio ao isolamento social para todas as pessoas, a continuidade do fechamento do comércio de bens não essenciais e a suspensão de aulas nas escolas é maior entre as mulheres do que entre os homens.
A maioria (71%) é favorável à que o governo proíba por algum tempo as pessoas, que não trabalham em serviços essenciais, de saírem às ruas a fim de diminuir o contágio pelo coronavírus. Já 26% são contrários à proibição, 1% é indiferente e 2% não opinaram. Observa-se que o apoio à proibição é mais alto entre as mulheres (76%) do que entre os homens (64%).
Em média, os entrevistados avaliam que o isolamento social continuará por mais 29 dias. Para 12%, o isolamento irá continuar por mais 10 dias, para 20%, o isolamento continuará por mais 11 a 15 dias, para 33%, por mais 16 a 30 dias, para 17%, por mais de 30 dias, e 17% não opinaram.
Quando perguntados por quanto tempo o isolamento deveria continuar, o tempo médio ficou em 32 dias. Para 9%, o isolamento deveria continuar por até 10 dias, para 16%, de 11 a 15 dias, para 29%, de 16 a 30 dias, para 23%, de 30 dias ou mais e 6%, nenhum dia. Uma parcela de 17% não opinou.