Maioria é contra "povo armado"

DE SÃO PAULO

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Durante a reunião ministerial cuja gravação em vídeo foi divulgada na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro disse que "quer todo o povo armado, pois o povo armado não é escravizado", e essa frase foi submetida à avaliação dos brasileiros. A maioria (71%) discorda do presidente, e 2% concordam. Os demais não concordam nem discordam (2%) ou preferiram não opinar (3%).

Entre os homens, 34% concordam com o armamento da população, índice que cai para 14% entre as mulheres. Na parcela dos menos escolarizados, que estudaram até o ensino fundamental, 17% concordam, ante 25% na fatia que estudou até o ensino médio e 29% entre quem estudou até o ensino superior. No segmento mais pobre, com renda familiar de até 2 salários, 17% concordam em armar a população como quer o presidente. Nos demais, esse índice quase dobra: 31% entre quem tem renda de 2 a 5 salários, 32% entre quem tem renda de 5 a 10 salários, e 31% na parcela com renda familiar superior a 10 salários. No conjunto das regiões Norte e Centro Oeste, 30% se alinham a Bolsonaro nesse tema, ante 23% no Sudeste, 23% no Sul e 19% no Nordeste. Na parcela que aprova o governo, metade (52%) concordam com o presidente, e 42% discordam. Entre quem o avalia como regular, 16% concordam e 79% discordam, e no grupo que o reprova, hoje o mais representativo, 5% concordam e 93% discordam.