Piora avaliação sobre ação dos governadores na crise sanitária

DE SÃO PAULO

Baixa a pesquisa completa

Estável na comparação com o final de maio, o desempenho de Jair Bolsonaro na crise do coronavírus é aprovado por 27%, e 49% reprovam. Para 23%, a gestão do presidente nesse tema é regular, e 1% não respondeu.

A avaliação positiva do presidente no combate à epidemia é mais alta no Sul (36%, e 38% consideram ruim ou péssima), e mais baixa nas regiões Nordeste (24%, contra 55% de avaliação negativa) e Sudeste (24%, contra 52% de avaliação negativa).

O levantamento mostra também que o pagamento do auxílio emergencial não tem impacto sobre a avaliação do presidente na crise do coronavírus: entre quem pediu e já recebeu pelo menos uma das parcelas do auxílio, a aprovação ao desempenho de Bolsonaro no tema é próxima a da verificada entre quem não pediu auxílio (26% e 27%, respectivamente).

A aprovação ao trabalho do Ministério da Saúde na crise do coronavírus continua em queda, e 33% agora o avaliam como ótimo ou bom, ante 45% no final de maio. Com isso, a taxa de avaliação positiva do ministério se aproxima da registrada pelo presidente, em contraste com o cenário registrado em levantamentos anteriores - no início de abril, o desempenho positivo do órgão responsável pela saúde no país chegou a ser 2,3 vezes mais alto do que o do presidente (76% a 33%). Para 34%, o atual trabalho do Ministério da Saúde no enfrentamento ao coronavírus é ruim ou péssimo, e 31% consideram regular, com 2% preferindo não opinar a respeito. No final de maio, 21% consideravam o desempenho do ministério ruim ou péssimo, e para 33% era regular.

Também é de 33% a taxa de aprovação ao desempenho do Ministério da Economia na crise causada pelo coronavírus (no início de abril, na última vez em que foi consultada, a avaliação positiva do ministério era de 37%). Para 26%, o trabalho do órgão é ruim ou péssimo (em abril, 20%), e 38% consideram regular (mesma taxa da pesquisa anterior), e 3% não souberam avaliar.

Na parcela da população que fez o pedido de auxílio emergencial e já recebeu pelo menos uma das parcelas, 32% aprovam o desempenho do Ministério da Economia. Entre quem fez o pedido, mas não recebeu, esse índice fica em 27%, e entre quem não pediu vai a 34%.

O desempenho dos governadores na pandemia também vem perdendo prestígio entre os brasileiros. Após aprovação de 58% no início de abril, o índice recuou para 50% no final de maio, e agora chegou a 44%. No mesmo período, a reprovação ao trabalho dos chefes do executivo estadual passou de 16% para 25% entre abril e maio, e em junho atingiu 29%. Para 26%, o desempenho dos governadores é regular, e 1% não opinou.

O índice mais elevado de aprovação aos governadores agora é registrado no Sul (61%, ante 68% no final de maio). No Nordeste, 50% aprovam o desempenho dos governadores (no levantamento anterior, 53%), No conjunto das regiões Norte e Centro-Oeste, houve queda expressiva na aprovação, de 52% para 44%, e os governadores do Sudeste também sofreram baixa na avaliação positiva, de 42% para 35%.

Os prefeitos também são aprovados por 44% no seu trabalho de enfrentamento do coronavírus (eram 50% no início de abril), e os demais reprovam (34%, ante 22% no início de abril), consideram regular (21%, e eram 25%) ou não opinaram (2%).

Cerca de quatro em cada dez brasileiros com 18 anos ou mais (42%) solicitaram o auxílio emergencial do governo para amenizar o impacto econômico causado pela crise do coronavírus. Dentro deste universo, a maioria (68%) já recebeu pelo menos uma parcela do auxílio. No final de maio, 61% dos que haviam feito o pedido de auxílio tinham recebido pelo menos uma parcela.