O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) manteve a aprovação de 37% dos brasileiros a seu governo em dezembro, mesmo índice registrado na primeira quinzena de agosto, repetindo assim o melhor desempenho desde o início de sua gestão. Prestes a completar metade do mandato, Bolsonaro é reprovado por 32% (ante 34% em agosto), e os demais o consideram regular (29%, contra 27% no levantamento anterior) ou não têm opinião sobre o tema (3%).
Os resultados mais atuais fazem parte de pesquisa realizada entre 08 e 10 de dezembro, junto a 2016 brasileiros com 16 anos ou mais, em todas as regiões do país. As entrevistas foram feitas por telefone. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando o total da amostra.
Bolsonaro tem aprovação mais alta entre homens (42%) do que entre mulheres (32%), e tem entre os jovens de 16 a 24 anos sua menor taxa de avaliação positiva (28%) entre todos os segmentos da população. Nas faixas de 25 a 59 anos, por outro lado, a aprovação a Bolsonaro varia de 40% a 42%, e cai para 33% entre os mais velhos, com 60 anos ou mais.
Entre brasileiros com escolaridade superior, 33% aprovam o governo do atual presidente, e 48% reprovam. Na parcela com escolaridade média, esses índices ficam em 37% e 29%, respectivamente, e entre menos escolarizados em 38% e 26%. No estrato mais pobre, com renda familiar de até 2 salários, 37% consideram a gestão Bolsonaro ótima ou boa, e para 27% é ruim ou péssima. Entre brasileiros com renda familiar de 2 a 5 salários, a taxa positiva fica em 36%, e a negativa vai a 37%. No grupo com renda familiar de 5 a 10 salários, 41% aprovam o governo, e outros 41% reprovam. No grupo dos mais ricos, com renda superior a 10 salários, a aprovação fica em 39%, e a reprovação, em 47%.
Regionalmente, Bolsonaro é mais bem avaliado no conjunto das regiões Centro-Oeste e Norte (47% de ótimo ou bom e 22% de ruim ou péssimo), e na sequência aparecem Sul (39% e 30%, respectivamente), Sudeste (36% e 34%) e Nordeste (31% e 34%). Em capitais e cidades localizadas em regiões metropolitanas, 31% aprovavam a administração do atual presidente, e 40% reprovam. Nas cidades do interior, a aprovação sobe para 41%, e a reprovação é menor, de 26%.
Entre os brasileiros que dizem estar vivendo normalmente durante a pandemia, sem mudar nada na rotina, 54% aprovam o governo Bolsonaro, e 19%, reprovam. Na parcela que está tomando cuidado, mas ainda assim saindo de casa para trabalhar e fazer outras atividades, a aprovação fica em 38%, e a reprovação, em 31%. Entre aqueles que estão saindo de casa somente quando inevitável, 32% aprovam o governo, e 34% reprovam, e no grupo que está totalmente isolado esses índices ficam em 30% e 47%, respectivamente.
A comparação dos índices de reprovação de Bolsonaro na segunda quinzena de junho (44%, numericamente o mais alto registrado desde o início do governo) e o atual mostram recuo mais acentuado entre jovens na faixa de 16 a 24 anos (de 54% para 35%), na parcela mais pobre (de 44% para 27%), na região Nordeste (de 52% para 34%) e em cidades do interior (de 41% para 26%).
A parcela de brasileiros que nunca confia nas declarações do presidente Jair Bolsonaro caiu de 41% para 37% desde agosto, e já foi 46% em junho. O índice dos que sempre confiam nas palavras do presidente oscilou 22% para 21% entre agosto e dezembro, e dos que às vezes confiam passou de 35% para 39% no período. Há ainda 3% que não opinaram sobre o tema.
Entre aqueles que avaliam que a situação da pandemia no país está melhorando, 38% sempre confiam no presidente, e 20% nunca confiam. Na parcela que vê a pandemia piorando, 15% sempre acreditam nas declarações de Bolsonaro, e 43% nunca acreditam.
Para 55%, Bolsonaro fez pelo país menos do que o esperado durante a primeira metade de seu mandato, e os demais se dividem entre aqueles que acreditam que o presidente fez o que esperavam que ele fizesse (21%), os que veem um desempenho acima do esperado (17%), e os brasileiros com opinião diferente das apresentadas (4%) ou que não responderam (3%). Entre as mulheres, 61% avaliam que Bolsonaro vem fazendo um trabalho abaixo do esperado, ante 50% dos homens.