Pesquisa Datafolha mostra que a avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) vem melhorando aos poucos ao longo do ano. Cerca da metade (45%) dos eleitores avalia como ruim ou péssimo o governo Bolsonaro (eram 47% em junho, 48% em maio, 46% em março e 53% em dezembro de 2021), 26% avaliam como regular (mesmo índice de junho) e 28% avaliam como ótimo ou bom (eram 26% em junho, 25% em maio, 25% em março e 22% em dezembro de 2021). Uma fração de 1% não opinou (mesmo índice de junho).
Os atuais índices são próximos aos observados em março de 2021, quando 44% reprovavam o governo Bolsonaro e 30% o aprovavam. A pior taxa de reprovação ao governo Bolsonaro foi observada em dezembro de 2021, quando atingiu 53%. Já a melhor taxa de aprovação foi observada em dezembro de 2020, quando era 37%.
Em comparação com outros ex-presidentes eleitos após a democratização, em período próximo de tempo de mandato, Bolsonaro é o pior avaliado. FHC, em junho de 1998, tinha 38% de aprovação e 19% de reprovação, Lula, em julho de 2006, tinha 38% de aprovação e 21% de reprovação, e Dilma, em julho de 2014, tinha 32% de aprovação e 29% de reprovação.
O atual levantamento foi realizado nos dias 27 e 28 de julho de 2022, com 2.556 entrevistas presenciais em 183 municípios, com eleitores de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE - BR-01192/2022.
A taxa de reprovação à gestão Bolsonaro é mais alta entre os moradores da região Nordeste (49%), entre os que nunca confiam nas falas do presidente (79%), entre os que se declaram homossexuais ou bissexuais (69%) e entre os eleitores de Lula (71%). Em contrapartida, a avaliação positiva à gestão Bolsonaro é mais alta entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (37%), entre os empresários (44%), entre os evangélicos (37%) e entre os que sempre confiam nas declarações do presidente (90%).
Entre os eleitores de Bolsonaro, 76% aprovam o seu governo, 24% o avaliam como regular e 1% o reprova.
Entre aqueles que recebem ou moram com beneficiários do Auxílio Brasil, os índices de avaliação são um pouco melhores do que os observados na média nacional: 40% reprovam a gestão Bolsonaro, 33% a avaliam como regular e 26% a aprovam. Já entre os que não recebem ou não moram com alguém que receba o benefício, os índices são mais próximos à média nacional: 46% reprovam o governo Bolsonaro, 24% o avaliam como regular e 29% o aprovam. Em comparação a junho, a avaliação do governo melhorou entre os que recebem o auxílio, naquela data 47% reprovavam o governo, 30% avaliavam como regular e 22% o aprovavam.
Na análise por segmentos, a comparação com pesquisa de junho mostra que a taxa de aprovação cresceu entre as mulheres (de 21% para 27%), entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (de 19% para 25%), entre os moradores da região Nordeste (de 20% para 25%) e entre os católicos (de 22% para 27%).