Pesquisa Datafolha mostra que a avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) vem melhorando ao longo do ano e registra, em agosto, a melhor taxa de aprovação desde março de 2021. Três em cada dez eleitores (30%) avaliam como ótimo ou bom o governo do presidente Bolsonaro (eram 28% em julho, 26% em junho, 25% em maio e 25% em março), 26% o avaliam como regular (eram 26% em julho e em junho) e 43% o avaliam como ruim ou péssimo (eram 45% em julho, 47% em junho, 48% em maio e 46% em março). Uma fração de 1% não opinou (mesmo índice de julho).
Os atuais índices são próximos aos observados em março de 2021, quando 44% reprovavam o governo Bolsonaro e 30% o aprovavam. A pior taxa de reprovação ao governo Bolsonaro foi observada em dezembro de 2021, quando atingiu 53%. Já, a melhor taxa de aprovação foi observada em dezembro de 2020, quando era 37%.
Em comparação com outros ex-presidentes eleitos após a democratização, em período próximo de tempo de mandato, Bolsonaro é o pior avaliado. FHC, em agosto de 1998, tinha 39% de aprovação e 18% de reprovação, Lula, em agosto de 2006, tinha 52% de aprovação e 16% de reprovação, e Dilma, em agosto de 2014, tinha 38% de aprovação e 23% de reprovação.
O atual levantamento foi realizado nos dias 16, 17 e 18 de agosto de 2022, com 5.744 entrevistas presenciais em 281 municípios, com eleitores de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE - BR-09404/2022.
A taxa de reprovação à gestão Bolsonaro é mais alta entre as mulheres do que entre os homens (46%, ante 41%), entre os católicos do que entre os evangélicos (47%, ante 28%), entre os moradores das RMs do que entre os moradores do interior (47%, ante 41%), entre os mais instruídos (48%), entre os que se autodeclararam como pretos (55%), entre os desempregados (54%), entre os simpatizantes do PT (72%) e entre os eleitores de Lula (72%). Em contrapartida, a avaliação positiva à gestão Bolsonaro é mais alta entre os homens do que entre as mulheres (33%, ante 28%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (41%), entre os moradores da região Centro-Oeste (41%), entre os empresários (51%) e entre os evangélicos (43%).
Entre os eleitores de Bolsonaro, 77% aprovam o seu governo, 22% o avaliam como regular e 1% o reprova.
Entre aqueles que recebem ou moram com beneficiários do Auxílio Brasil, o índice de reprovação é um pouco melhor do que o observado na média nacional: 40% reprovam a gestão Bolsonaro (mesmo índice de julho), 31% a avaliam como regular (eram 33%) e 27% a aprovam (eram 26%). Já, entre os que não recebem ou não moram com alguém que receba o benefício, os índices são mais próximos à média nacional: 44% reprovam o governo Bolsonaro, 24% o avaliam como regular e 31% o aprovam.
Na análise por segmentos, em comparação à pesquisa de julho, a taxa de aprovação cresceu entre os homens (de 29% para 33%), entre os que têm 16 a 24 anos (de 17% para 22%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 2 a 5 salários mínimos (de 30% para 37%), entre os moradores da região Centro-Oeste (de 31% para 41%) e entre os evangélicos (de 37% para 43%).
Na leitura pelo Estado de São Paulo e de Minas Gerais, os índices de avaliação ficaram estáveis no período, enquanto no Rio de Janeiro a taxa de aprovação cresceu. De maneira geral, a taxa de aprovação é próxima entre os eleitores desses Estados, já, a taxa de reprovação é mais alta entre os eleitores paulistas e mais baixa entre os eleitores e mineiros.
Entre os eleitores paulistas, 29% aprovam o governo do presidente Bolsonaro (eram 27% em julho e 28% em junho), 23% avaliam como regular (eram 23% em julho e em junho) e 47% o reprovam (eram 49% em julho e em junho). Entre os eleitores mineiros, 31% aprovam o desempenho do presidente Bolsonaro (eram 30% em julho), 27% avaliam como regular (eram 25% em julho) e 40% o reprovam (eram 44% em julho). E, por fim, entre os eleitores fluminenses, 31% aprovam o governo Bolsonaro (eram 27% em julho e em junho), 24% avaliam como regular (eram 27% em julho e 23% em junho) e 44% o reprovam (eram 45% em julho e 48% em junho).