Faltando 10 dias para as eleições, a avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) se mantem estável em comparação ao levantamento anterior, da semana passada. Três em cada dez (32%) avaliam o governo Bolsonaro como ótimo ou bom (eram 30%), 23% o avaliam como regular (eram 25%) e 44%, como ruim ou péssimo (mesmo índice anterior).
Na comparação com setembro do ano passado, as taxas de avaliação do governo Bolsonaro melhoraram de maneira significativa. Há um ano, 22% aprovavam o seu governo e 53% reprovavam. Os atuais índices são próximos aos observados em março de 2021, quando 30% aprovavam o governo Bolsonaro e 44% reprovavam.
O pior período de reprovação ao governo foi entre julho e dezembro de 2021, quando a taxa ficou acima de 50% (51% em julho e 53% em dezembro). Já, o melhor período foi de agosto a dezembro de 2020, quando de taxa de aprovação ficou em 37%.
Em comparação com outros ex-presidentes eleitos após a democratização, em período próximo de tempo de mandato, Bolsonaro é o pior avaliado. FHC, em setembro de 1998, tinha 43% de aprovação e 17% de reprovação, Lula, em setembro de 2006, tinha 46% de aprovação e 18% de reprovação, e Dilma, em setembro de 2014, tinha 37% de aprovação e 22% de reprovação.
O atual levantamento foi realizado nos dias 20, 21 e 22 de setembro de 2022, com 6.754 entrevistas presenciais em 343 municípios, com eleitores de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE - BR-04180/2022.
A taxa de reprovação à gestão Bolsonaro é mais alta entre as mulheres do que entre os homens (47%, ante 41%), entre os católicos do que entre os evangélicos (48%, ante 29%), entre os moradores do Nordeste (50%), entre os moradores das RMs do que entre os moradores do interior (47%, ante 42%), entre os que se autodeclararam como pretos (50%) e entre os desempregados (56%).
Em contrapartida, a avaliação positiva à gestão Bolsonaro é mais alta entre os homens do que entre as mulheres (37%, ante 27%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (43%), entre os empresários (60%), entre os moradores do Sul (40%) e entre os evangélicos (46%).
Entre os eleitores que recebem ou moram com beneficiários do Auxílio Brasil, os índices de avaliação do governo Bolsonaro são próximos aos observados na média nacional: 44% reprovam a gestão Bolsonaro e 27% a aprovam. O mesmo ocorre entre os eleitores que que não recebem ou não moram com alguém que receba o benefício: 44% reprovam o governo Bolsonaro e 34% o aprovam.
Na leitura pelo Estado de São Paulo e do Rio de Janeiro, os índices de avaliação ficaram estáveis, enquanto em Minas Gerais a taxa de reprovação cresceu. De maneira geral, as taxas de aprovação e reprovação são próximas entre os eleitores desses Estados.
Entre os eleitores paulistas, 30% aprovam o governo do presidente Bolsonaro (eram 30% na semana passada e 34%, no dia 01 de setembro), 22% avaliam como regular (eram 24% na semana passada e 22%, no dia 01 de setembro) e 47% o reprovam (eram 46% na semana passada e 44%, no dia 01 de setembro). Entre os eleitores fluminenses, 32% aprovam o governo Bolsonaro (eram 30% na semana passada e 33%, no dia 01 de setembro), 24% avaliam como regular (eram 27% na semana passada e 24%, no dia 01 de setembro) e 43% o reprovam (eram 43% na semana passada e no dia 01 de setembro).
E, por fim, entre os eleitores mineiros, 32% aprovam o desempenho do presidente Bolsonaro (eram 35% na semana passada e 31%, no dia 01 de setembro), 22% avaliam como regular (eram 26% na semana passada e 25%, no dia 01 de setembro) e 44% o reprovam (eram 38% na semana passada e 43%, no dia 01 de setembro).
52% NUNCA CONFIAM NAS DECLARAÇÕES DO PRESIDENTE BOLSONARO
Metade dos eleitores (52%) nunca confia nas declarações do presidente Jair Bolsonaro (eram 51% na semana passada), já, 26% às vezes confiam (eram 27%) e 21% sempre confiam (mesmo índice anterior). Uma fração de 1% não opinou.
A pior taxa de desconfiança às declarações do presidente Bolsonaro ocorreu em dezembro de 2021, quando chegou a 60%. Já, a melhor taxa de sempre confia nas falas do presidente ocorreu em agosto de 2020 (22%).
A taxa de desconfiança às falas do presidente é mais alta entre as mulheres do que entre os homens (56%, ante 48%), entre os menos instruídos (59%), entre os que possuem renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (60%), entre os moradores da região Nordeste (61%) e entre os que reprovam o governo federal (94%).
69% AVALIAM QUE HÁ CORRUPÇÃO NO GOVERNO BOLSONARO
Quando questionados se há corrupção no governo do presidente Jair Bolsonaro, 69% avaliam que sim e 23% que não. Uma fração de 8% não opinou. Na comparação com a pesquisa anterior, de julho deste ano, as taxas são próximas, naquela data 73% avaliaram que havia corrupção e 19% que não.
As taxas daqueles que avaliam que há corrupção no governo Bolsonaro são mais altas entre os que têm 16 a 24 anos (79%) e entre os que reprovam a sua administração (93%).