38% aprovam governo Bolsonaro, e 39% reprovam

47% dos eleitores nunca confiam nas declarações do presidente

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Pesquisa Datafolha mostra que a avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) segue melhorando. A taxa dos que avaliam como ótimo ou bom o governo Bolsonaro chegou a 38% (eram 37% na semana passada e 31%, no dia 29 de setembro). Uma parcela de 22% avalia o governo como regular (eram 22% na semana passada e 24%, no dia 29 de setembro) e 39% avaliam como ruim ou péssimo (era 40% na semana passada e 44%, no dia 29 de setembro) – essa taxa não ficava abaixo dos 40% desde dezembro de 2020, quando era 32%.

A taxa de aprovação é próxima à observada no melhor período de aprovação do governo, de agosto a dezembro de 2020, quando era 37%. Já, o pior período de reprovação ao governo foi entre julho e dezembro de 2021, quando a taxa ficou acima de 50% (51% em julho e 53% em dezembro).

Observa-se que a taxa de aprovação ao governo Bolsonaro vem crescendo de forma mais acentuada no segundo semestre deste ano, enquanto a taxa de reprovação, no mesmo período, vem recuando aos poucos: em julho deste ano, 28% aprovavam o governo e 45% o reprovavam.

O atual levantamento foi realizado nos dias 13 e 14 de outubro de 2022, com 2.898 entrevistas presenciais em 180 municípios, com eleitores de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE - BR-01682/2022.

A taxa de aprovação à gestão Bolsonaro é mais alta entre os homens do que entre as mulheres (41%, ante 35%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 2 a 5 salários mínimos (46%), entre os moradores da região Sul (47%), entre os moradores da região Centro-Oeste (47%) e entre os evangélicos (55%).

Em contrapartida, a avaliação negativa à gestão Bolsonaro é mais alta entre as mulheres do que entre os homens (42%, ante 37%), entre os católicos do que entre os evangélicos (44%, ante 24%), entre os moradores do Nordeste (50%), entre os que se autodeclararam como pretos (46%) e entre os desempregados (48%).

Entre os eleitores que recebem ou moram com beneficiários do Auxílio Brasil, os índices de avaliação do governo Bolsonaro são piores do que aos observados na média nacional: 44% reprovam a gestão Bolsonaro e 29% a aprovam. Já, entre os eleitores que que não recebem ou não moram com alguém que receba o benefício os índices ficam próximos ao da média nacional: 38% reprovam o governo Bolsonaro e 41% o aprovam.

A parcela que confia sempre nas declarações do presidente Jair Bolsonaro ficou estável em comparação à semana passada. Um quarto (26%) declarou que sempre confiam nas falas do presidente (eram 28% na semana passada), 26% às vezes confiam (eram 25%) e 47% nunca confiam (eram 46%). Uma fração de 1% não opinou.

A melhor taxa de confiança às falas do presidente Bolsonaro foi no levantamento da semana passada. Já, a pior taxa de desconfiança às declarações do presidente ocorreu em dezembro de 2021, quando chegou a 60%.