Pesquisa Datafolha mostra que as taxas de avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) se mantém estáveis há duas semanas. Quatro em cada dez (38%) avaliam como ótimo ou bom o governo Bolsonaro (eram 38% na semana passada e 38% no dia 14 de outubro), 23% avaliam o governo como regular (eram 22% nos dois últimos levantamentos) e 39% avaliam como ruim ou péssimo (eram 39% nos dois últimos levantamentos). Uma fração de 1% não opinou (mesmo índice da semana passada).
A taxa de aprovação é próxima à observada no melhor período de aprovação do governo, de agosto a dezembro de 2020, quando era 37%. Já, o pior período de reprovação ao governo foi entre julho e dezembro de 2021, quando a taxa ficou acima de 50% (51% em julho e 53% em dezembro).
O atual levantamento foi realizado nos dias 25, 26 e 27 de outubro de 2022, com 4.580 entrevistas presenciais em 252 municípios, com eleitores de 16 anos ou mais de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE - BR-04208/2022.
A taxa de aprovação à gestão Bolsonaro é mais alta entre os homens do que entre as mulheres (40%, ante 35%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 2 a 5 salários mínimos (45%), entre os que possuem renda familiar mensal de mais de 5 a 10 salários mínimos (53%), entre os moradores da região Sul (46%) e entre os evangélicos (50%).
Em contrapartida, a avaliação negativa à gestão Bolsonaro é mais alta entre as mulheres do que entre os homens (42%, ante 35%), entre os que possuem renda familiar de até 2 salários mínimos (43%), entre os católicos do que entre os evangélicos (42%, ante 23%), entre os moradores do Nordeste (50%) e entre os que se autodeclararam como pretos (45%).
Entre os eleitores que recebem ou moram com beneficiários do Auxílio Brasil, a taxa de aprovação do governo Bolsonaro é mais baixa do que à observada na média nacional: 31% aprovam a gestão Bolsonaro e 39% a reprovam. Já, entre os eleitores que que não recebem ou não moram com alguém que receba o benefício os índices ficam próximos ao da média nacional: 40% aprovam o governo Bolsonaro e 39% o reprovam.
Na leitura pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, os índices de avaliação do governo Bolsonaro são próximos aos da média nacional, sendo um pouco mais alta entre os eleitores fluminenses. Entre os eleitores paulistas, 39% aprovam o governo do presidente Bolsonaro (eram 37% na semana passada), 21% avaliam como regular (eram 22%) e 39% o reprovam (eram 40%).
Tanto entre os eleitores fluminenses quanto entre os eleitores mineiros, a taxa de aprovação do governo Bolsonaro melhorou em comparação à pesquisa anterior, do dia 29 de setembro, antes da eleição do primeiro turno. Entre os eleitores fluminenses, 42% aprovam o governo Bolsonaro (eram 34% no dia 29 de setembro), 20% avaliam como regular (eram 22%) e 36% o reprovam (eram 44%). Por fim, entre os eleitores mineiros, 40% aprovam o governo do presidente Bolsonaro (eram 32% no dia 29 de setembro), 23% avaliam como regular (eram 25%) e 36% o reprovam (eram 42%).
A parcela que confia sempre nas declarações do presidente Jair Bolsonaro ficou estável em comparação às últimas semanas. Um quarto (26%) declarou que sempre confiam nas falas do presidente (eram 27% na semana passada e 26% no dia 14 de outubro), 27% às vezes confiam (eram 25% na semana passada e 26% no dia 14 de outubro) e 46% nunca confiam (eram 47% nos dois últimos levantamentos). Uma fração de 1% não opinou.
A melhor taxa de confiança às falas do presidente Bolsonaro foi no levantamento da semana passada. Já, a pior taxa de desconfiança às declarações do presidente ocorreu em dezembro de 2021, quando chegou a 60%.