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A aprovação ao governo do presidente Lula (PT) caiu ao nível mais baixo desde o início de seu terceiro mandato: atualmente, 24% consideram a gestão do petista ótima ou boa, uma queda de 11 pontos em relação ao resultado registrado em dezembro de 2024 (35%). A reprovação avançou em ritmo um pouco menor, com alta de 34% para 41% no índice daqueles que avaliam o governo como ruim ou péssimo. Os demais consideram o governo regular (32%, e eram 29% no final de 2024) ou não opinaram (2%).
Na série histórica desde que o petista assumiu seu terceiro mandato, o índice mais alto de aprovação do governo foi de 38%, registrado em março de 2023, setembro de 2023 e dezembro de 2023. A média de aprovação nos nove levantamentos realizados ao longo de 2023 e 2024 foi de 36%, e a média de reprovação, no mesmo período, de 31%.
Tanto o índice de aprovação quanto o de reprovação são inéditos na trajetória de mandatos de Lula como presidente. Até então, o índice mais baixo de avaliação positiva a seus governos havia sido registrado em duas pesquisas realizadas em outubro e dezembro de 2005 (28% em ambas). A taxa de avaliação negativa mais alta é a de dezembro de 2024, de 34%.
Em período equivalente de governo, no final de janeiro de 2021, Jair Bolsonaro (PL) tinha seu governo avaliado por 31% como ótimo ou bom, por 40%, como ruim ou péssimo, e os demais o viam como regular (26%) ou não tinham opinião a respeito (2%). Ao longo de seu mandato, o ex-presidente enfrentou seu índice mais baixo de aprovação nos meses de setembro e dezembro de 2021, quando 22% consideravam seu governo ótimo ou bom. São desses levantamentos também as taxas mais altas de reprovação ao ex-mandatário: 53%.
O recuo na aprovação ao governo Lula, que foi de 11 pontos em média, foi de 14 pontos entre as mulheres (de 38% para 24%), de 14 pontos entre quem tem 60 anos ou mais (de 46% para 32%), de 15 pontos na faixa de 45 a 59 anos (de 45% para 30%), de 15 pontos entre os menos escolarizados (de 53% para 38%), de 15 pontos na faixa de renda familiar de até 2 salários (de 44% para 29%), e de 16 pontos no Nordeste (de 49% para 33%).
Entre quem votou no petista no segundo turno da eleição presidencial de 2022, a avaliação ótima ou boa ao seu governo, de dezembro de 2024 para o levantamento atual, recuou de 66% para 46%, o índice de regular cresceu de 27% para 40%, e a avaliação ruim ou péssima passou de 7% para 13%. Na parcela que votou em seu adversário, Jair Bolsonaro, 77% agora avaliam negativamente a gestão Lula, ante 68% em dezembro de 2024. A avaliação regular passou de 23% para 17% no mesmo período, e a positiva, de 8% para 4%.
O saldo entre aprovação e reprovação do governo Lula é de 17 pontos negativos na média da população, com diferença positiva somente entre menos escolarizados (10 pontos) e no Nordeste (3 pontos). Em patamar negativo, a diferença fica abaixo da média na faixa de 45 a 59 anos (-8 pontos), entre quem tem 60 anos ou mais (-2 pontos), na faixa de renda familiar de até 2 salários (-5 pontos) e entre católicos (-8 pontos). Essa distância é mais ampla do que a média nas faixas de 16 a 24 anos (-27 pontos), de 25 a 34 anos (-29 pontos) e de 35 a 44 anos (-25 pontos), entre quem tem escolaridade média (-30 pontos) e superior (-32 pontos), em todas as faixas de renda familiar acima de 2 salários (-33 pontos nas faixas de renda familiar de 2 a 5 salários e de 5 a 10 salários, e -45 pontos na faixa acima de 10 salários) e entre evangélicos (-27 pontos).