Tarso tem 52% dos votos válidos; segundo turno indefinido no RS

DE SÃO PAULO

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Vantagem de Tarso cai e Estado pode ter segundo turno

A disputa pelo governo do Rio Grande do Sul está indefinida em relação se haverá ou não segundo turno. Isso porque, segundo pesquisa Datafolha realizada entre os dias 28 e 29 de setembro, caiu a diferença entre Tarso Genro (PT) e seus principais adversários, José Fogaça (PMDB) e Yeda Crusius (PSDB). A quatro dias da eleição, o petista tem 45% das intenções de voto, oscilação para baixo de um ponto na comparação com a semana passada. O candidato do PMDB teve oscilação positiva de dois pontos e foi a 25%, enquanto Yeda ficou estável, com 15%.

Considerando somente os votos válidos, Genro aparece com 52%.Na semana passada, o ex-ministro da Justiça tinha 54% dos votos válidos, resultado que lhe garantia vitória no primeiro turno. Como a margem de erro é de três pontos para mais ou para menos, ele obteria entre 51% e 57% dos votos. No cenário apontado pelo levanto atual, o petista pode variar entre 49% e 55%. Para vencer no primeiro turno, precisaria de 50% dos votos válidos mais um. Por isso não é possível afirmar se a eleição se encerrará já no próximo domingo ou haverá necessidade de um segundo turno. Na contagem dos votos válidos, são excluídos os brancos e anulados.

Entre os demais candidatos, o único a atingir 1% das indicações de voto é Pedro Ruas (PSOL). Montserrat Martins (PV), Schneider (PMN), Aroldo Medina (PRP) Júlio Flores (PSTU) e Humberto Carvalho (PCB) foram citados mas não alcançaram 1%. Afirmam que irão votar em branco ou anular o voto 3% dos eleitores gaúchos. Na reta final da eleição, 10% ainda não decidiram em quem votar.

Para a pesquisa foram ouvidas 1400 pessoas em 56 cidades do Rio Grande do Sul entre os dias 28 e 29 de setembro. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.

A rejeição a Yeda Crusius segue a mais alta entre os gaúchos: 41% não votariam nela de jeito nenhum. A seguir, em ordem decrescente, aparecem Genro (15%), Fogaça e Ruas (13%, cada), Julio Flores (11%), Schneider e Medina (8%, cada) e Carvalho e Martins (7% cada um deles). A rejeição a todos é manifestada por 2%, enquanto 11% não rejeitam nenhum dos candidatos.

Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados aos eleitores os nomes dos candidatos, 35% citam o nome do candidato do PT, 15%, o de Fogaça, e 12%, o da atual governadora. Na pesquisa da semana passada, o petista tinha 33% das citações espontâneas, ante 13% de Fogaça, e 10% de Yeda.

Em um eventual segundo turno entre Genro e Fogaça, o petista seria escolhido por 54% dos gaúchos, enquanto 36% votariam no peemedebista. Os votos em branco e nulos, nessa situação, seriam 4%, enquanto 5% disseram estar indecisos. Pesquisa realizada na semana passada apontava uma vantagem maior de Genro (55% a 33%).

A menos de uma semana do primeiro turno da eleição, 52% dos eleitores gaúchos ainda não sabem o número dos candidatos para quem irão votar. Esse índice de desconhecimento é maior entre os eleitores de Fogaça (69%). Entre os que votam em Yeda, 53% não tem informação sobre o número da tucana, enquanto 43% desconhecem o número de Tarso Genro.

*Ana Amélia (PP) e Paim (PT) lideram disputa pelo senado
Petista amplia vantagem sobre Rigotto (PMDB)*

Após uma campanha acirrada pelas duas vagas de senador pelo Rio Grande do Sul, Ana Amélia Lemos (PP) e Paim (PT) despontam como favoritos para a eleição do próximo domingo, deixando para trás o ex-governador Germano Rigotto (PMDB). Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 28 e 29 de setembro aponta para o empate técnico entre a candidata do PP, que tem 53% das intenções de voto, e o senador petista, que aparece com 49%. Na comparação com a pesquisa anterior, feita na semana passada, Lemos teve oscilação positiva de quatro pontos, mesma alta apresentada pela candidatura de Paim. Líder na primeira pesquisa após o início do horário eleitoral, realizada no final de julho, Rigotto tem agora 39%, um ponto a mais do que na semana passada.

A pesquisa ouviu 1400 eleitores em 56 cidades do Rio Grande do Sul. A margem de erro é de três pontos para mais ou para menos.

Distante dos lideres na corrida pelo Senado, Abigail Pereira (PC do B) aparece com 12% das intenções de voto, oscilação de dois pontos sobre o último levantamento. A seguir vêm Vera Guasso (PSTU), com 2%, cada um deles. A seguir aparecem Professor Marcos Monteiro (PV) e José Schneider, com 1% cada um deles. Lucas (PSOL), que retirou sua candidatura na semana passada em favor de Paulo Paim, também foi indicado por 1% dos eleitores. Berna Menezes (PSOL) e Roberto Gross (PTC) foram citados mas não atingiram 1%. Votos em branco ou nulos para uma das vagas somam somam 6%. Para as duas, o índice é de 3%. Eleitores indecisos sobre em quem votar para uma das vagas são 23%, enquanto 9% estão indecisos para as duas vagas.

O Datafolha também contabilizou a intenção de votos válidos dos candidatos ao Senado. É dessa forma que o Tribunal Superior Eleitoral divulgará o resultado oficial da eleição. No cálculo dos votos válidos, os votos brancos e nulos são excluídos. Como cada eleitor pode votar em dois candidatos ao senado, a soma dos percentuais divulgados pelo Datafolha até aqui é igual a 200%. Com o cálculo adotado pelo TSE, considerando-se a base de total de votos, os resultados somarão 100%. Assim, as taxas de menção aos candidatos serão inferiores às verificadas até aqui. É importante a divulgação dos dois resultados.

Considerando essa situação, Ana Amélia Lemos obtém 33% das intenções de voto entre os gaúchos, mesmo índice da semana passada. Continua empatada com Paim, que tem 31%, um ponto a mais do na pesquisa anterior. O petista, nessa contagem, fica empatado, no limite da margem de erro, com Rigotto, que permaneceu com 25%. A seguir vêm Abgail Pereira (8%) e José Schneider, Professor Marcos Monteiro e Vera Guasso, com 1% cada um deles. Berna Menezes e Roberto Grosso não atingiram 1% dos votos válidos.

São Paulo 23 de setembro de 2010