Cid Gomes cai de 58% para 52%

DE SÃO PAULO

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Faltando pouco mais de uma semana para as eleições, pesquisa realizada pelo Datafolha mostra que o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB) segue líder na disputa para o governo do estado com 52% das intenções de voto, 32 pontos à frente de Lúcio Alcântara (PR), que atinge 20% das preferências. Na pesquisa realizada nos dias 9 e 10 de setembro a diferença entre os principais candidatos era de 42 pontos, mostrava Cid com 58% e Lúcio com 16%.

Aparecem a seguir o deputado estadual, Marcos Cals, do PSDB, com 10% (tinha 8%, no começo de setembro), Soraya Tupinambá (PSOL) e Marcelo Silva (PV) com 1%, cada, Gonzaga (PSTU) e Nati (PSOL) foram citados mas não atingiram 1% das menções. Os que votariam em branco ou anulariam o voto ao governo, caso a eleição fosse hoje totalizam 3% e 12% ainda estão indecisos.

Foram ouvidos 985 eleitores do estado do Ceará, com 16 anos ou mais, nos dias 23 e 24 de setembro de 2010, em 44 municípios. A margem de erro para o total da amostra é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

No cálculo dos votos válidos, em que os indecisos, brancos e nulos são excluídos, Cid Gomes alcançaria 62%, o suficiente para vencer a eleição já no primeiro turno, Lúcio Alcântara alcança 24%. Na pesquisa passada esses percentuais eram 69% e 20%, respectivamente

Cid Gomes (PSB) perdeu 10 pontos entre os eleitores da capital e região metropolitana, passando de 64% para 54% hoje, Lúcio Alcântara oscilou quatro pontos e tem 16% (tinha 12%). Marcos Cals (PSDB) oscilou positivamente dois pontos e aparece com 13%.

No interior Cid Gomes tem 52% (tinha 55%), contra 23% de Lúcio Alcântara, que tinha 19% no levantamento passado, Marcos Cals aparece 8% das intenções nesse segmento.

Quanto ao desempenho dos principais candidatos por segmento do eleitorado, observa-se que Cid Gomes caiu 13 pontos entre os que têm entre 45 e 59 anos (45%, tinha 58%), perdeu 11 entre os que têm entre 35 e 44 anos (de 57% para 46%) e caiu sete pontos entre os mais jovens (54%, tinha 61%). Entre os eleitores com nível médio de escolaridade, Cid, passou de 60% para 52%, entre os mais escolarizados o candidato também perdeu pontos (de 55% para 48%), entre os mais pobres (de 58% para 51%) e entre os mais ricos (de 48% para 41%).

Lúcio Alcântara cresceu oito pontos entre os que têm entre 45 e 59 anos (de 15% para 23%), subiu seis pontos entre os que declaram renda de mais de dois até cinco salários mínimos (de 13% para 19%) e ganhou cinco pontos entre os menos escolarizados (de 17% para 22%). O candidato perdeu seis pontos entre os mais ricos (de 21% para 15%).

Entre os eleitores de Dilma Rousseff (PT) 64% pretendem votar em Cid Gomes, 18% votam em Lúcio Alcântara. Na pesquisa passada, essas taxas eram 70% e 15%, respectivamente. Entre os eleitores de José Serra (PSDB) 32% votam em Cid e 34% votam em Lúcio, no levantamento anterior esses percentuais eram 40% e 28%, respectivamente.

A intenção de voto espontânea em Cid Gomes (PSB) passou de 18%, em julho, para 34%, no final de agosto, para 43% no começo de setembro, oscila quatro pontos e agora chega a 39% das menções. Lúcio Alcântara (PR) oscilou dois pontos e aparece com 13% (tinha 11%), seguido por Marcos Cals (PSDB) com 7%. Não souberam citar nenhum nome de forma espontânea, 33% dos eleitores.

Os candidatos com as maiores taxas de rejeição, ou seja, aqueles que os eleitores não votariam de jeito nenhum, são: Lúcio Alcântara (PR) com 29%, Gonzaga (PSTU) com 24%, e Marcos Cals (PSDB) e Marcelo Silva (PV) com 23%, cada. A seguir aparecem Soraya Tupinambá (PSOL), e Nati (PCB) com 22%, cada, Cid Gomes é rejeitado por 20%, taxa que oscilou quatro pontos em relação à pesquisa passada, quando o candidato obteve 16% de rejeição. Os outros candidatos oscilaram dentro da margem de erro. Afirmam que não rejeitam nenhum 11%, 2% dizem que rejeitam todos e 16% não souberam responder.

Considerando um eventual segundo turno entre Cid Gomes e Lúcio Alcântara, o candidato do PSB teria 60% dos votos contra 29% de Lúcio (era 63% contra 25%, respectivamente). Votariam em branco ou anulariam o voto 5% e 5% não souberam responder. Na capital e região metropolitana, Cid Gomes teria 66% contra 24% de Lúcio Alcântara (esses percentuais eram 69% e 23%, respectivamente). Já no interior do estado Cid teria 56% contra 33% de Lúcio, Cid oscilou negativamente três pontos (tinha 59%), enquanto Lúcio ganhou sete pontos (tinha 26%) nesse segmento.

Na análise estratificada, Cid tem vantagem entre os mais velhos (60%), entre os menos escolarizados (53%) e entre os que têm renda familiar mensal de mais de dois até cinco salários mínimos (60%). Lúcio destaca-se entre os que têm entre 35 e 44 anos e os que têm entre 45 e 59 anos (23%, em cada), entre os menos escolarizados e entre os mais pobres (22% e 21%, em cada).

São Paulo, 27 de setembro de 2010.