Diminui diferença de Agnelo para Roriz

DE SÃO PAULO

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Eleitores estão mais informados sobre os números dos candidatos

Faltando dez dias para as eleições e a frente à suspensão do julgamento da ficha limpa que prevê a inelegibilidade de Joaquim Roriz (PSC), o candidato Agnelo (PT) oscilou negativamente três pontos e ainda mantém a liderança na disputa pelo governo com 41%. Roriz (PSC) oscilou positivamente três pontos e tem 34%. Na pesquisa realizada entre os dias 13 a 15 de setembro, os percentuais eram de 44% para Agnelo e 31% para Roriz. A diferença de Agnelo para Roriz passou de 13 para 7 pontos.

O Datafolha ouviu 946 eleitores do Distrito Federal entre os dias 21 e 22 de setembro de 2010. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

No cálculo dos votos válidos, em que os indecisos, brancos e nulos são excluídos, Agnelo alcançaria 50% contra 42% de Roriz (no levantamento anterior esses percentuais eram 55% e 40%, respectivamente), considerando a margem de erro, que é de três pontos, não é possível afirmar que o petista estaria eleito já no primeiro turno.

Aparecem na sequência os candidatos Toninho do PSOL com 5% das intenções de voto, Eduardo Brandão (PV) e Rodrigo Dantas (PSTU), com 1%, cada, Newton Lins (PSL), Frank (PCB) e Ricardo Machado (PCO), foram citados mas não atingiram 1%. Afirmam não saber em quem votar 11% (eram 15%), brancos e nulos somam 8% (eram 5%).

Agnelo oscilou negativamente dentro da margem de erro em quase todos os segmentos, sendo que entre os eleitores que têm entre 25 e 34 anos o petista perdeu sete pontos (tinha 48% e tem 41%) e entre os eleitores de 60 anos ou mais, Agnelo, perdeu oito pontos (tinha 42% e agora tem 34%), caiu outros sete pontos entre os que têm renda mensal de mais de dois até cinco salários mínimos (de 51% para 44%), o candidato oscilou negativamente cinco pontos entre os menos escolarizados (passou de 32% para 27%) e entre os que declaram renda familiar mensal de mais de dez salários mínimos (de 53% para 48%).

Roriz, que oscilou positivamente, voltou a crescer em alguns segmentos. Entre os que declaram renda mensal de mais de dois até cinco salários mínimos o ex-governador subiu 10 pontos (passou de 28% para 38%, no segmento), entre os que têm entre 25 e 34 anos subiu seis pontos (de 28% para 34%) e entre os mais velhos, Roriz, subiu oito pontos (tinha 33% e agora tem 41%).

Sem a apresentação do cartão com os nomes dos candidatos, na intenção de voto espontânea, Agnelo tem 33% (eram 36%), Roriz obtém 30% das intenções de voto (eram 26%). O percentual de eleitores que não souberam dizer espontaneamente é de 27%. Toninho do PSOL (PV) atinge 3%, Eduardo Brandão aparece 1%. Newton Lins (PSL), Ricardo Machado (PCO), Frank (PCB) e Rodrigo Dantas (PSTU) não foram citados. A soma dos que pretendem votar em branco ou anular o voto é de 5%.

Roriz continua sendo o candidato mais rejeitado pelos eleitores do Distrito Federal, o índice oscilou três pontos e atinge 45% (era 42% na pesquisa passada. Não votariam em Agnelo 25% (eram 20%), Toninho do PSOL aparece com 11%, Eduardo Brandão (PV) e Frank (PCB) com 10%, Newton Lins (PSL), Rodrigo Dantas (PSTU) e Ricardo Machado (PCO) com 8%, cada. Afirmam não rejeitar nenhum candidato 7% e outros 4% não votariam em nenhum dos candidatos. Não souberam responder, 12%. Nos segmentos as maiores taxas de rejeição de Roriz estão entre os mais ricos (60%) e entre os mais escolarizados (62%). Já o petista tem maior rejeição entre os menos escolarizados e entre os que têm entre 25 e 34 anos (29%, em cada segmento).

Considerando um possível segundo turno e uma disputa entre Agnelo e Roriz, o petista teria 49% contra 40% do ex-governador. Na pesquisa passada os candidatos tinham 53% e 36%, respectivamente. Nesse cenário votariam em branco ou anulariam o voto 9%, não souberam responder 3%.

Entre os eleitores de Dilma Rousseff (PT), 66% pretendem votar em Agnelo e 22% em Roriz para o governo. Aqueles que votam em José Serra para a presidência, 19% votam no petista e 64% em Roriz.

Metade do eleitorado (50%) do Distrito Federal sabe responder corretamente o número do candidato pretende votar no dia 3 de outubro. Outros 40% não mencionaram corretamente e 3% dão menções respostas incorretas, no levantamento passado esses percentuais eram 38%, 48% e 3%, respectivamente. Os eleitores que têm intenção em Roriz são que demonstram maior conhecimento do número do candidato (20): 56% (eram 45%) respondem corretamente quando indagados sobre como vão fazer para confirmar seu voto. Entre os que pretendem votar em Agnelo (13): 54% conhecem o número do candidato (eram 36%).

*Cristovam Buarque (PDT) segue na liderança por uma das vagas para o Senado
Rollemberg se mantém na segunda posição*

Faltado dez dias para o pleito Cristovam Buarque se mantém na liderança com 45% das intenções de voto.O candidato do PSB, Rollemberg, segue na segunda posição com 36%. Ambos oscilaram negativamente em relação ao levantamento realizado entre os dias 13 a 15 de setembro, quando tinham 49% e 39%, respectivamente. Abadia (PDSB) ganhou cinco pontos e atinge 22% (tinha 17%), Alberto Braga aparece com 18% (tinha 16%).

Ainda foram citados Pastor Milton Tadashi (PTN) e Chico Sant'Anna (PSOL), com 2%, cada, Rosana Chaib (PCB) com 1%, Gerônimo (PSL), Moacir Bueno (PV), Jorge Antunes (PSOL), Robson (PSTU) e Cadu Valadares (PV) foram citados mas não atingiram 1%. Gilson Dobbin (PCO) não foi citado. Dos eleitores, 38% não sabem em quem votar para uma das vagas, 20% não sabem para as duas vagas, 9% declaram votar em branco ou anular o voto para uma das vagas, 6% para as duas vagas.

Foram ouvidos 946 eleitores no Distrito Federal, entre os dias 21 e 22 de setembro de 2010, e a margem de erro máxima para esta amostra é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Cristovam Buarque destaca-se entre os mais escolarizados (61%), entre os mais ricos (57%) e entre os eleitores de Agnelo (68%). Já Rollemberg tem melhor desempenho entre os mais escolarizados (50%), que têm renda de mais de cinco até dez salários mínimos e entre os mais ricos (44%, cada) e entre os que declaram votar em Agnelo (60%). Os candidatos Abadia e Alberto Fraga se destacam entre os eleitores de Roriz, com 50% e 27%, respectivamente.

O Datafolha passa a divulgar também os resultados de sua pesquisa sobre as intenções de voto para o senado com o cálculo que o Tribunal Superior Eleitoral utilizará na apuração oficial. A base de cálculo deixa de ser o total de eleitores e passa a ser o total de votos, o que não provocará mudanças de tendências, mas altera apenas os percentuais obtidos pelos candidatos. Este procedimento vale para o cálculo dos votos válidos.

No cálculo dos votos válidos, os votos brancos, nulos são excluídos - da forma adotada pelo TSE - e os indecisos são distribuídos proporcionalmente para cada candidato, segundo seus percentuais de intenção de voto. Como cada eleitor pode votar em dois candidatos ao senado, a soma dos percentuais divulgados pelo Datafolha até aqui é igual a 200%. Com o cálculo adotado pelo TSE, considerando-se a base de total de votos, os resultados somarão 100%. Assim, as taxas de menção aos candidatos serão inferiores às verificadas até aqui. É importante a divulgação dos dois resultados.

No cálculo dos votos válidos, Cristovam Buarque teria 35% e Rollemberg 28%, no levantamento anterior esses percentuais eram 38% e 30%, respectivamente. Abadia e Alberto Fraga aparecem na sequeência empatados com 17% e 14%, respectivamente (essas taxas eram de 13% e 12%, respectivamente).

São Paulo, 23 de setembro de 2010.