Yeda se recupera e tem alta de quatro pontos; Fogaça oscila para baixo
O candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, manteve o crescimento gradual que vem apresentando desde o início do horário eleitoral gratuito e é o favorito para vencer a eleição no primeiro turno. É o que mostra pesquisa Datafolha que foi a campo entre os dias 21 e 22 de setembro, que traz o ex-ministro da Justiça com 46% das intenções de voto. Em levantamento realizado há dois meses, após o início da propaganda na TV e no rádio, o petista aparecia com 35%. Em 12 de agosto, foi a 38%. Depois, a 42% em pesquisas concluídas em 24 de agosto e 9 de setembro, e a 44% na semana passada. Seu oponente mais próximo, José Fogaça (PMDB, segue tendência inversa: tinha 27% nas três primeiras pesquisas após o início do horário eleitoral, oscilou para 26% em 9 de setembro, para 24% na semana seguinte e agora chega a 23%.
A atual governadora, Yeda Crusius (PSDB), aparece com 15% no atual levantamento, alta de quatro pontos sobre o resultado da semana passada. Com esse índice, a tucana volta ao patamar obtido em 23 de julho - sua melhor pontuação deste então ocorreu na pesquisa concluída em 9 de agosto, quanto atingiu 16%.
Considerando somente os votos válidos, em que os indecisos, brancos e nulos são excluído, Tarso Genro teria 54%, mesmo índice da semana passada. Com a margem de erro de três pontos para mais ou para menos, ele poderia ter entre 51% e 57%, resultado suficiente para garantir sua vitória já no próximo dia 3 de outubro. Se essa situação se confirmar, será a primeira vez, que a eleição no Rio Grande do Sul não precisará de um segundo turno para definir o governador.
Para a pesquisa, foram ouvidos 1332 eleitores em 53 cidades do Rio Grande do Sul entre os dias 21 e 22 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos para mais ou para menos.
Além dos três principais candidatos, apenas Pedro Ruas (PSOL) obteve 1% das intenções de voto. Os candidatos Montserrat Martins (PV), Julio Flores (PSTU), Schneider (PMN), Humberto Carvalho (PCB) e Aroldo Medina (PRP) foram citados, mas não atingiram 1%. Votos em branco ou nulos somam 3%. A fatia de eleitores indecisos caiu de 14% para 10% desde a semana passada, menor patamar desde o início da campanha.
A atual governadora viu seu índice de rejeição cair, mas ainda é a mais citada quando o eleitor é questionado em quem não votaria de jeito nenhum. Dizem não votar em Yeda 40% dos gaúchos - na semana passada, esse índice era de 44%. Fogaça e Pedro Ruas são rejeitados por 14%, cada um deles. A seguir, em ordem decrescente, vêm Tarso Genro e Julio Flores (13% cada um deles), Humberto Carvalho (11%), Aroldo Medina e Schneider (10% cada um deles) e Montserrat Martins (9%). A fatia que não rejeita nenhum deles é de 18% do eleitorado, enquanto 2% rejeitam todos.
Nos municípios que compõem a região metropolitana de Porto Alegre, Yeda subiu cinco pontos e chegou a 14%, seu maior índice nessa área. Já Tarso Genro conseguiu ampliar sua preferência entre os eleitores do interior, onde atingiu 47%, alta de quatro pontos sobre o levantamento anterior e seu melhor resultado nesta área. A tucana também se recuperou no eleitorado mais jovem, que têm entre 16 e 24 anos, no qual subiu cinco pontos e foi a 13%. Na faixa etária entre 35 e 44 anos ela também teve alta de cinco pontos e foi a 15%. Entre os eleitores com nível superior de ensino, a governadora ganhou 11 pontos em relação à semana passada, retornando ao patamar da primeira semana de setembro (21%).
Na comparação com a pesquisa da semana passada, o candidato do PT conquistou votos entre os eleitores de 25 a 34 anos (foi de 47% para 52%), entre os eleitores de 45 a 59 anos (foi de 40% para 46%) e entre os eleitores com mais de 60 anos (foi de 32% para 37%). Caiu, no entanto, seis pontos no grupo de eleitores que tem entre 35 e 44 anos (foi de 56% para 50%). Na estratificação por escolaridade, o ex-ministro da Justiça obteve alta de cinco pontos entre os gaúchos que estudaram até o ensino fundamental. Quando considerada a renda do eleitoado, ele cresceu entre os que obtém renda familiar mensal de cinco a dez salários mínimos (foi de 44% para 51%) e entre os mais ricos, que ganham mais de dez salários mínimos (foi de 41% para 45%).
Fogaça teve queda, principalmente, entre os eleitores mais velhos (de 30% para 23%), que completaram o ensino superior (tem 22%, ante 29% na semana passada) e com renda familiar mensal entre cinco e dez salários mínimos (de 32% para 23%).
Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, Tarso Genro aparece com 33%, três pontos a mais do que na semana passada. Fogaça manteve o índice de 13% das menções espontâneas e Yeda oscilou de 8% para 10%.
A simulação de segundo turno entre Genro e Fogaça mostra um aumento da vantagem do petista. Nessa circunstância, ele teria 55% dos votos, índice que era de 53% na semana passada. Já Fogaça obteria 33%, dois a menos do que na pesquisa anterior.
A menos de duas semanas da eleição, 60% dos gaúchos ainda não sabem o número do candidato que apontam para o governo do Estado, patamar superior ao registrado na semana passada (55%). O nível de desconhecimento é maior entre os eleitores de Fogaça (76%, ante 73% no levantamento anterior) e de Yeda (65%, mesmo índice da semana passada) do que entre os que votam em Tarso (50%, ante 45% na pesquisa passada).
*Ana Amélia (PP) e Paim (PT) lideram disputa pelo Senado
Petista aparece pela primeira vez à frente de Rigotto*
A disputa pelas duas vagas de senador no Rio Grande do Sul segue acirrada, mas, pela primeira vez desde que teve início o horário eleitoral gratuito, o candidato do PT, Paulo Paim, conseguiu abrir vantagem sobre Rigotto (PMDB) e se isolar na frente ao lado de Ana Amélia Lemos (PP). Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 21 e 22 de setembro mostra que a candidata do PP oscilou dois pontos para cima e tem 49% das intenções de voto. Com a margem de erro de três pontos para mais ou para menos, ela está tecnicamente empatada com o senador do PT, que tem 45%, quatro pontos a mais do que no levantamento da semana passada. O peemedebista, por outro lado, tinha 41% e oscilou para 38%.
A pesquisa ouviu 1332 eleitores em 53 cidades do Rio Grande do Sul. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos para mais ou para menos.
Candidata da mesma coligação que Paim, Abgail Pereira (PC do B) aparece com 10% das intenções de voto, oscilação de dois pontos sobre o último levantamento. Os candidatos José Schneider (PMN) e Vera Guasso (PSTU) obtém 2% cada um deles. A seguir aparecem Professor Marcos Monteiro (PV), Lucas (PSOL) e Roberto Gross (PTC), com 1%, cada. Berna Menezes (PSOL) foi citada mas não atingiu 1%. Votos em branco ou nulos para uma das vagas somam somam 5%. Para as duas, o índice é de 2%. Eleitores indecisos sobre em quem votar para uma das vagas são 29%, enquanto 14% estão indecisos para as duas vagas.
Desde a pesquisa anterior, o Datafolha passou a divulgar também os resultados sobre as intenções de voto para o Senado com o cálculo que o Tribunal Superior Eleitoral utilizará na apuração oficial. A base de cálculo deixa de ser o total de eleitores e passa a ser o total de votos, o que não provocará mudanças de tendências, mas altera apenas os percentuais obtidos pelos candidatos. Este procedimento vale para o cálculo dos votos válidos.
No cálculo dos votos válidos, os votos brancos, nulos e indeciso são excluídos Como cada eleitor pode votar em dois candidatos ao senado, a soma dos percentuais divulgados pelo Datafolha até aqui é igual a 200%. Com o cálculo adotado pelo TSE, considerando-se a base de total de votos, os resultados somarão 100%. Assim, as taxas de menção aos candidatos serão inferiores às verificadas até aqui. É importante a divulgação dos dois resultados.
Considerando essa situação, Ana Amélia Lemos obtém 33% das intenções de voto entre os gaúchos, oscilação de um ponto sobre a semana passada. Está empatada tecnicamente com Paulo Paim (PT), que tem 30%, índice que era de 28%. O petista, nessa contagem, permanece empatado com Rigotto, que oscilou três pontos para baixo e agora tem 25%. A seguir vêm Abgail Pereira (7%) e José Schneider, Professor Marcos Monteiro, Lucas, Vera Guasso e Roberto Gross, com 1% cada um deles. Berna Menezes não atingiu 1% dos votos válidos.
São Paulo 23 de setembro de 2010.