Cabral (PMDB) tem 68% dos votos válidos

DE SÃO PAULO

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Maioria dos eleitores de Cabral desconhece seu número na urna

Faltando dez dias para as eleições Datafolha revela manutenção da vantagem de Sérgio Cabral sobre o segundo colocado: Cabral tem 60% das intenções de voto e Gabeira 17%, o índice variou três pontos em relação à pesquisa anterior. Em julho, Cabral tinha 53% indo a 57% na primeira pesquisa do mês de agosto. Ao final daquele mês oscilou um ponto percentual, indo a 56% e no início de setembro oscilou mais dois pontos alcançando 58%. Na semana anterior, Cabral repetiu o mesmo índice e agora oscilou dois pontos chegando a 60% das intenções. Gabeira tinha 18% em julho, no início de agosto perdeu quatro pontos e foi a 14%, no final do mês recuperou três dos pontos perdidos chegando a 17% das intenções de voto. No início do mês de setembro oscilou positivamente um ponto, na semana passada repetiu a mesma taxa e agora oscilou um ponto para baixo e chega a 17% das intenções de voto.

A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 22 de setembro de 2010, com 1297 eleitores do Estado do Rio de Janeiro, em 31 municípios, e a margem de erro para o total da amostra é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

A seguir aparece Peregrino (PR) com 5% seguido por Jefferson Moura (PSOL) e Cyro Garcia (PSTU) com 2% das intenções cada um. Eduardo Serra (PCB) tem 1%. Todos os nomes dos candidatos oficialmente registrados no TSE estavam presentes nos cartões apresentados aos entrevistados. Afirmaram votar em branco ou nulo 6% dos entrevistados, mesma taxa dos que não sabem ainda em quem votar.

No cálculo dos votos válidos, em que os indecisos, brancos e nulos são excluídos, Cabral alcança 68%, uma diferença de 48 pontos em relação ao segundo colocado, o candidato do Partido Verde.

Na capital fluminense Cabral tem 60% das intenções de voto (na pesquisa anterior tinha 54%) e Gabeira tem 22% das intenções (mesmo índice da pesquisa anterior). Entre os eleitores da região metropolitana, 59% afirmaram votar em Cabral e 19% em Gabeira. No interior, 63% preferem o atual governador e 13% votam no candidato verde.

Cabral tem seus piores índices entre aqueles com ensino superior (52%) e entre aqueles que ganham mais de dez salários mínimos (53%). Obtém as melhores taxas entre os eleitores simpatizantes do PT e do PMDB (76% e 79%, respectivamente).

Gabeira obtém seus melhores índices entre o eleitorado mais jovem (22%), entre aqueles com ensino superior (29%) e entre os entrevistados que alegam ter renda familiar média mensal de mais de dez salários mínimos (34%). Seus piores índices se destacam entre os entrevistados de nível fundamental e entre aqueles que ganham até dois salários mínimos (13% das intenções em cada segmento).

Na intenção de voto espontânea, resultado da pergunta aplicada pelos pesquisadores sem o estímulo da apresentação dos nomes dos candidatos, ainda é alto o índice dos eleitores que não sabem em quem votar na eleição para governador do Estado do Rio de Janeiro, chegando a 37% (na pesquisa anterior a taxa era de 44%) do total. Sérgio Cabral aparece na frente, com 40% das intenções taxa essa que aumentou vinte e quatro pontos percentuais de julho até agora (em julho a taxa era de 16%). O ex-deputado Gabeira aparece com 8% das intenções de voto. Peregrino é citado por 2% dos entrevistados e os outros candidatos não chegaram a 1% das citações. Afirmaram votar em branco ou nulo 6% dos entrevistados e 5% citaram outras respostas.

Gabeira, do PV, é rejeitado por 36% dos entrevistados e Sérgio Cabral, do PMDB, por 15%. A taxa dos que afirmaram não votar de jeito nenhum em Peregrino, do PR, é de 25%, em Cyro Garcia, do PSTU chega a 23%. Não votam em Jefferson Moura (PSOL) 20% dos entrevistados e em Eduardo Serra, do PCB, 17%. Afirmaram que votariam em qualquer um 11% dos entrevistados, 3% afirmaram rejeitar todos os candidatos e 10% não souberam responder.

A rejeição ao governador se concentra entre aqueles com ensino superior, bem como entre os entrevistados com renda familiar de mais de dez salários mínimos (23% em cada segmento).

A rejeição a Gabeira se concentra entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos (43%).

Também foi perguntado aos entrevistados em quem votariam no segundo turno se a disputa para governador do Estado do Rio de Janeiro ficasse entre Gabeira e Sérgio Cabral. Dos entrevistados, 67% responderam que votariam pela reeleição do Cabral, 24% escolheriam Gabeira, 7% votariam em branco ou anulariam o seu voto e 3% ainda não sabem. Na contagem anterior, 66% afirmavam votar em Cabral e 24% em Gabeira.

Faltando pouco mais de uma semana para o primeiro turno da eleição para governador, 65% dos eleitores fluminenses que declaram ter um candidato a governador ainda não sabem como fazer para confirmar sua escolha na eleição de outubro e 3% não sabem como anular o seu voto. Respondem corretamente 28% e dão respostas incorretas 4%.

Os eleitores que têm intenção de votar em Gabeira são os que demonstram maior conhecimento do número do seu candidato (43): 31% respondem corretamente quando indagados sobre como vão fazer para confirmar seu voto no dia 3 de outubro. O percentual dos que citam corretamente o número de Sérgio Cabral (15) é de 28%. Na pesquisa anterior a taxa de citações corretas era a mesma para os dois candidatos, 25%.

Lindberg (PT) divide liderança com Crivella (PRB)

Pesquisa Datafolha de intenção de voto para senador do Estado do Rio de Janeiro confirma empate técnico nas intenções de voto para senador. Marcelo Crivella e Lindberg aparecem com 42% e 40% das intenções de voto. Em terceiro lugar está César Maia (DEM) com 26% das intenções.

Na pesquisa realizada no início de agosto, Crivella tinha 40% das intenções de voto e liderava sozinho a disputa, perdeu três pontos na pesquisa seguinte indo a 37%, depois voltou ao percentual de agosto, ficando com 40%, índice que manteve na pesquisa seguinte e agora oscila dois pontos e chega a 42%. Lindberg tinha 22% no início de agosto, no final daquele mês oscilou dois pontos, indo a 24%, depois ganhou doze pontos chegando a 36% das intenções de voto. Na pesquisa da semana passada oscilou mais dois pontos indo a 38% e agora oscila mais dois e chega a 40%. Considerando que a margem de erro para o total da amostra é de três pontos percentuais, Crivella poderia ter entre 45% e 39% e Lindberg poderia ter entre 43% e 37%, o que configura um empate técnico.

Maia, no mesmo período tinha 33%, oscilou negativamente um ponto no final de agosto, depois oscilou negativamente mais três pontos chegando a 29% das menções. Na pesquisa anterior oscilou mais dois pontos e agora oscila negativamente mais um ponto, chegando a 26% das intenções de voto.

Jorge Picciani, do PMDB, aparece com 20% (na pesquisa anterior tinha 21%). Waguinho (PTdoB) aparece com 9%, Marcelo Cerqueira (PPS) tem 6%, Milton Temer (PSOL) aparece com 5%. Carlos Dias (PTdoB) tem 2%, Wladimir Mutt (PCB) e Claiton (PSTU) têm 1%, cada. Heitor (PSTU) é citado mas não atinge 1%.

Afirmaram votar em branco ou nulo para uma das vagas 13% dos entrevistados, para as duas vagas 8%, 19% não sabem em quem votar para uma das vagas e 9% para as duas vagas.

Na região metropolitana, 42% dos entrevistados preferem Crivella, 41% escolhem Lindberg e 27% votam em César Maia. No interior, Crivella aparece com 39% da preferência dos eleitores, 24% optam por Maia e 35% preferem Lindberg. Na capital, o senador Crivella tem 38%, Lindberg tem 43% e o ex-prefeito César Maia tem 28% das intenções.

O Datafolha divulga também os resultados de sua pesquisa sobre as intenções de voto para o senado com o cálculo que o Tribunal Superior Eleitoral utilizará na apuração oficial. A base de cálculo deixa de ser o total de eleitores e passa a ser o total de votos, o que não provocará mudanças de tendências, mas altera apenas os percentuais obtidos pelos candidatos. Este procedimento vale para o cálculo dos votos válidos.

No cálculo dos votos válidos, os votos brancos, nulos e indecisos são excluídos. Como cada eleitor pode votar em dois candidatos ao senado, a soma dos percentuais divulgados pelo Datafolha até aqui é igual a 200%. Com o cálculo adotado pelo TSE, considerando-se a base de total de votos, os resultados somarão 100%. Assim, as taxas de menção aos candidatos serão inferiores às verificadas até aqui. É importante a divulgação dos dois resultados.

No cálculo dos votos válidos, Crivella alcança 28% das preferências, Lindberg chega a 26%, César Maia aparece com 17% e Picciani com 13%. Na semana passada Crivella tinha 27%, Lindberg aparecia com o mesmo índice de agora e Maia tinha 18%.

O Datafolha ouviu 1297 eleitores no estado do Rio de Janeiro, entre os dias 21 e 22 de setembro e a margem de erro para o total da amostra é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

São Paulo, 23 de setembro de 2010.