Alckmin (PSDB) mantém vantagem para adversários

DE SÃO PAULO

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63% desconhecem número do tucano na urna eletrônica

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) manteve a vantagem sobre seus adversários e segue como favorito para vencer a disputa pelo governo do Estado de São Paulo já no primeiro turno. Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 13 e 14 de setembro mostra o tucano com 51% das intenções de votos, oscilação positiva de dois pontos sobre levantamento feito na semana passada. Seu adversário mais próximo, Aloizio Mercadante (PT), repetiu o desempenho da pesquisa passada e aparece com 23% da preferência do eleitor paulista.

Considerando somente os votos válidos, o ex-governador atinge 59% das indicações de voto, resultado que lhe daria uma vitória no primeiro turno. Seus adversários, somados, têm 41%. No cálculo de votos válidos, a taxa de votos brancos, nulos e indecisos é distribuída proporcionalmente segundo o percentual de intenção de voto de cada candidato. É essa a contagem feita pela Justiça Eleitoral para declarar o vencedor da eleição.

Para a pesquisa, foram ouvidas 2114 pessoas em 60 cidades do Estado de São Paulo. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Terceiro colocado na disputa, Celso Russomano (PP) oscilou um ponto para baixo e foi a 8%. Skaf (PSB) tem 3%. A seguir, com 1% cada um deles, vêm Fábio Feldman (PV) e Paulo Búfalo (PSOL). Os candidatos Igor Grabois (PCB), Mancha (PSTU) e Anaí Caproni (PCO) foram citados, mas não atingiram 1%. Os votos em branco e nulos somam 5%. Outros 8% afirmaram estar indecisos sobre em quem votar.

A pesquisa espontânea, na qual os eleitores respondem em quem votariam sem o auxílio de um cartão com o nome dos candidatos, mostra que o nome de Alckmin segue o mais citado, mas sem avançar em relação aos três últimos levantamentos do Datafolha (ele tinha 25% em 24 de agosto, 28% em 3 de setembro, 26% em 9 de setembro e, agora, 27%). Mercadante é citado espontaneamente por 15% dos eleitores, repetindo os índices dos dois últimos levantamentos.

Mancha segue como o mais rejeitado pelos paulistas. Não votariam de jeito nenhum no candidato do PSTU 32% dos paulistas. A seguir, em ordem decrescente de rejeição, vêm Mercadante (25%), Paulo Búfalo (24%), Igor Grabois e Skaf (22% cada um deles), Anaí Caproni e Celso Russomano (20% cada um deles) e Geraldo Alckmin e Fábio Feldman (18% cada um deles). O índice de eleitores que não rejeita nenhum candidato é de 9%, enquanto 4% rejeitam todos.

Na comparação com a pesquisa anterior, Alckmin viu diminuir a distância que o separa do senador petista na região metropolitana de São Paulo, onde oscilou um ponto para baixo (tem 47%) e viu o adversário ir de 23% para 26%. O tucano, porém, mais do que compensou essa redução entre os eleitores dos municípios do interior de São Paulo. Na semana passada, o tucano atingia 50% nessa área. Agora, aparece com 55%. Mercadante, por outro lado, tinha 23% e foi a 20%.

Entre os grupos etários que compõem o eleitorado, Mercadante só conseguiu elevar sua intenção de voto entre os mais velhos, com mais de 60 anos, segmento no qual tinha 22% dos votos e agora obtém 25%. Nos demais, oscilou dentro da margem de erro ou caiu, caso da faixa com o maior número de eleitores, com idade entre 45 e 59 anos, na qual o petista foi de 29% para 26%. Alckmin percorreu caminho inverso e, entre esse grupo, passou de 44% para 47%. Na faixa logo abaixo, entre aqueles que têm entre 35 e 44 anos, o ex-governador teve alta de seis pontos e foi a 52%.

Alckmin também conseguiu aumentar suas intenções de voto entre aqueles que estudaram até o ensino médio. No levantamento anterior, o candidato do PSDB era o preferido por 51% dos eleitores paulistas com esse perfil, índice que subiu para 55% agora. A oscilação de 22% para 20% do candidato petista alargou ainda mais a diferença entre eles nessa faixa do eleitorado. Entre os eleitores mais pobres, com renda mensal familiar de até dois salários mínimos, o tucano teve alta de três pontos e aparece com 49%. Alta igual foi registrada entre os eleitores que tem renda familiar mensal de cinco a dez mínimos, na qual ele foi a 54%.

Em um eventual segundo turno entre Alckmin e Mercadante, o tucano teria 60% dos votos, ante 31% do adversário. Nessa situação, 5% afirmam votar em branco ou nulo e 4% estão indecisos.

O Datafolha também questionou os eleitores sobre o conhecimento do número do candidato a governador que deverão digitar na urna eletrônica para confirmar o voto. A minoria (34%) dos entrevistados sabem qual o número do candidato, enquanto 60% desconhecem essa informação. Entre os eleitores de Alckmin, 63% dizem não saber qual o número deverão utilizar para votar. O maior desconhecimento do número cabe aos que escolhem Russomano (81%). Entre os eleitores de Skaf, esse índice alcança 74%, e, entre os que optam por Mercadante, é de 50%.

São Paulo, 16 de setembro de 2010.