Petista também tem o número mais conhecido que os oponentes
A ampliação da vantagem do candidato do PT, Tarso Genro, sobre seus dois principais adversários sinaliza para o encerramento da disputa pelo governo do Rio Grande do Sul já no primeiro turno. Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 13 e 14 de setembro mostra que o ex-ministro da Justiça oscilou dois pontos para cima desde o levantamento feito na semana passada e agora alcança 44% das intenções de voto. A oscilação para baixo do ex-prefeito de Porto Alegre José Fogaça (PMDB), que foi de 26% para 24%, e da atual governadora, Yeda Crusius (PSDB), que tinha 13% e foi a 11%, contribuíram para consolidar a vantagem do candidato do PT.
Considerando somente os votos válidos, em que os indecisos, brancos e nulos são distribuídos proporcionalmente segundo o índice obtido por cada candidato, Tarso Genro teria 54%. Esse resultado é suficiente para garantir sua vitória já no próximo dia 3 de outubro. No levantamento anterior, o índice de votos válidos do petista atingia 51% - com a margem de erro, poderia ter entre 48% e 54%, não sendo possível afirmar se seria eleito no primeiro turno.
Para a pesquisa, foram ouvidos 1255 eleitores em XX cidades do Rio Grande do Sul entre os dias 13 e 14 de setembro. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos para mais ou para menos.
Além dos três principais candidatos, pontuaram Montserrat Martins (PV) e Pedro Ruas (PSOL), com 1% cada um deles. Julio Flores (PSTU) e Schneider (PMN) Humberto Carvalho (PCB) e Schneider (PMN) foram citados, mas não atingiram 1%. Votos em branco ou nulos somam 3%, enquanto 14% dos eleitores disseram estar indecisos quanto ao candidato a governador.
Na pesquisa espontânea, quando os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, Tarso Genro aparece com 30%. Fogaça, nesse caso, é citado por 13%, enquanto 8% dizem o nome de Yeda Crusius.
A atual governadora segue a mais rejeitada entre os candidatos do Rio Grande do Sul: afirmam não votar em Yeda de jeito nenhum 44% dos eleitores. Com rejeição de 15%, cada um deles, aparecem Tarso Genro e Júlio Flores. A seguir, em ordem decrescente, vêm Fogaça e Pedro Ruas (14% cada um deles), Schneider (13%), Humberto Carvalho (12%) e Montserrat Martins e Aroldo Medina (11% cada um deles),
Nos municípios que compõem a região metropolitana de Porto Alegre, Tarso Genro viu seu índice de intenção de voto subir cinco pontos desde a pesquisa anterior, para 47%. Considerando somente a capital, onde o petista foi prefeito por duas vezes, a preferência por ele subiu de 38% para 42%, enquanto Fogaça oscilou para baixo, de 31% para 29%.
O petista subiu ou teve oscilação positiva entre todas as faixas de idade que compõem o eleitorado gaúcho, exceto entre os mais velhos, que têm mais de 60 anos. A alta mais expressiva aconteceu entre os mais jovens, de 16 a 24 anos, grupo no qual tinha 40% e foi a 48%, e entre aqueles que têm entre 35 e 44 anos, no qual passou de 48% para 56%. O candidato do PMDB caiu oito pontos entre os mais jovens, enquanto Yeda teve queda de quatro pontos entre os eleitores que têm entre 25 e 34 anos.
Na comparação com o levantamento anterior, Tarso Genro teve alta de 11 pontos entre o eleitorado que têm nível médio de escolaridade e de sete pontos entre aqueles que completaram o ensino superior, mas caiu quatro pontos na fatia de eleitores que estudou até o nível fundamental, voltando ao patamar que tinha no final de agosto. O petista tomou espaço, entre os eleitores que estudaram até o ensino médio, de Fogaça, que caiu oito pontos nesse segmento. Já a atual governadora caiu de 21% para 10% entre os eleitores com ensino superior, voltando ao patamar que tinha ao final de agosto. O mesmo aconteceu com os eleitores mais ricos, com renda familiar superior a dez salários mínimos, grupo no qual Yeda caiu de 31% para 24%. Já o petista recuperou terreno entre os eleitores com renda mensal familiar de dois a cinco salários mínimos (foi de 43% para 48%) e cinco a dez salários (foi de 40% para 44%). Nos dois casos, voltou a patamares do final de agosto. Entre os eleitores com ensino superior, o ex-ministro da Justiça subiu de 37% para 41%, seu maior índice nesse grupo desde o início da campanha eleitoral.
Os eleitores de Tarso Genro são os mais bem informados sobre o número que deverão digitar na urna eletrônica para escolher seu candidato. Quando questionados sobre o conhecimento do número do escolhido para governador, 45% dos eleitores do petista deram respostas corretas, enquanto 49% disseram desconhecer essa informação. Entre os eleitores de Fogaça, 73% disseram desconhecer seu número para digitar na urna eletrônica, ante 22% que responderam corretamente à questão. O índice de desconhecimento dos eleitores de Yeda é de 65%. Outros 33% mencionam seu número corretamente.
São Paulo, 16 de setembro de 2010.