Agnelo Queiroz (PT) ultrapassa Joaquim Roriz (PSC)

DE SÃO PAULO

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A rejeição de Roriz volta a crescer e atinge 43%

Faltando um mês para as eleições e frente ao julgamento do recurso de Roriz (PSC) contestando o indeferimento da sua candidatura com base na Lei da ficha limpa, o candidato Agnelo (PT) ganhou nove pontos e lidera a disputa pelo governo com 44% das intenções de voto. Roriz (PSC) caiu oito pontos e tem 33%. Na pesquisa realizada em 23 e 24 de agosto os principais candidatos apareciam tecnicamente empatados, Roriz com 41% e Agnelo com 35%.

O Datafolha ouviu 878 eleitores do Distrito Federal entre os dias 8 e 9 de setembro de 2010. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

No cálculo dos votos válidos, em que os indecisos, brancos e nulos são distribuídos proporcionalmente segundo o índice obtido por cada candidato, Agnelo alcançaria 53%, considerando a margem de erro, que é de três pontos, não é possível afirmar que o petista estaria eleito já no primeiro turno.

Aparecem na sequência os candidatos Toninho do PSOL com 3% das intenções de voto, Rodrigo Dantas (PSTU), Eduardo Brandão (PV) Newton Lins (PSL) com 1%, cada. Ricardo Machado (PCO) e Frank (PCB) não foram citados. Afirmam não saber em quem votar 11%, e votam em branco ou anulam o voto 7%.

Agnelo tem melhor desempenho entre os que têm entre 35 e 44 anos (49%), entre os mais jovens (46%), entre os mais escolarizados (54%), entre os que declaram renda familiar mensal de mais de dois até cinco salários mínimos (52%) e entre os mais ricos (50%). O petista cresceu significativamente entre os eleitores que têm entre 25 e 34 anos (de 32% para 43%), entre os eleitores de 35 a 44 anos (de 39% para 49%), entre os que têm de 45 a 59 anos (34% para 44%). Ganhou oito pontos entre os menos escolarizados (de 23% para 31%) e entre os eleitores com nível médio (40% para 48%).O petista perdeu pontos entre os mais velhos (passou de 38% para 31%).

Roriz apresenta queda em praticamente todos os segmentos, e continua com melhor desempenho entre os menos escolarizados (48% tinha 58%), entre os mais pobres (41% e tinha 55%), e entre os simpatizantes do PMDB, seu antigo partido (tem 60%, sendo que tinha 71%). Os segmentos em que o candidato apresentou maiores quedas são entre os que têm entre 25 e 34 anos, entre os que têm de 45 a 54 anos, os que declaram renda familiar de mais de cinco até dez salários mínimos, 11 pontos em cada, e entre os mais pobres, Roriz, perdeu 14 pontos (de 55% para 41%)

Sem a apresentação do cartão com os nomes dos candidatos, na intenção de voto espontânea, Agnelo tem 37% (eram 25%), Roriz obtém 28% das intenções de voto (eram 31%). O percentual de eleitores que não sabiam dizer espontaneamente em quem votar volta a diminuir e chega a 24% (eram 46% no começo de agosto e após o início do horário eleitoral chegou a 36% e agora cai 12 pontos). Toninho do PSOL e Eduardo Brandão (PV) atingiram 1%, cada, Newton Lins (PSL) e Ricardo Machado (PCO) foram citados mas não atingiram 1%. Frank (PCB) e Rodrigo Dantas (PSTU) não foram citados. A soma dos que pretendem votar em branco ou anular o voto é de 6%, não souberam citar espontaneamente um candidato 24%.

Roriz continua sendo o candidato mais rejeitado pelos eleitores do Distrito Federal, com índice que alcança agora 43% (era de 38% na pesquisa realizada no final de agosto). Não votariam em Agnelo 22% (eram 21%), Toninho do PSOL aparece com 12%, Frank (PCB) com 11%, Rodrigo Dantas (PSTU) com 9%, Eduardo Brandão (PV), Ricardo Machado (PCO) e Newton Lins (PSL) com 8%, cada. Afirmam não rejeitar nenhum candidato 5% e outros 4% não votariam em nenhum dos candidatos. Nos segmentos a rejeição de Roriz atinge 48% entre os mais jovens, 63% entre os mais escolarizados e 57% entre os mais ricos. Já o petista tem maior rejeição entre os menos escolarizados, os mais velhos e os mais pobres (31%, 28% e 27%, respectivamente)

Considerando um possível segundo turno e uma disputa entre Agnelo e Roriz, o petista ganharia com 50% contra 39% de Roriz. Na pesquisa realizada no final de agosto os candidatos apareciam empatados tecnicamente, com 44% e 45%, respectivamente. Nesse cenário votariam em branco ou anulariam o voto 7%, não souberam responder 5%.

Entre os eleitores de Dilma Rousseff (PT), 68% pretendem votar em Agnelo e 26% em Roriz para o governo. Aqueles que votam em José Serra para a presidência, 26% votam no petista e 65% em Roriz.

*Cristovam Buarque (PDT) mantém a liderança; Rollemberg (PSB) cresce 10 pontos e ocupa a segunda posição
Abadia se afasta da disputa pela segunda vaga ao senado*

Faltando menos de um mês para as eleições Cristovam Buarque ganhou cinco pontos e mantém a liderança com 50% das intenções de voto. O candidato do PSB, Rollemberg, cresceu 10 pontos percentuais e alcança agora 40%. A diferença de Rollemberg para Buarque passou de 15 para 10 pontos em relação à pesquisa realizada no final de agosto. Abadia (PDSB) oscilou de 27% para 24% e Alberto Braga subiu de 11% para 16%.

Ainda foram citados Pastor Milton Tadashi (PTN), com 2%. Rosana Chaib (PCB), Chico Sant'Anna (PSOL), Moacir Bueno (PV), Gilson Dobbin (PCO) e Gerônimo (PSL), com 1%, cada. Robson (PSTU), Jorge Antunes (PSOL) e Cadu Valadares (PV) foram citados mas não atingiram 1%. Dos eleitores, 32% não sabem em quem votar para uma das vagas, 18% não sabem em quem votar para as duas vagas, votariam em branco ou anulariam o voto para uma das vagas 9% e outros 4% para as duas vagas.

Foram ouvidos 878 eleitores no Distrito Federal, entre os dias 8 e 9 de setembro de 2010, e a margem de erro máxima para esta amostra é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Cristovam Buarque é preferencialmente escolhido pelos que têm entre 35 e 44 anos (56%), pelos mais escolarizados (64%) e pelos mais ricos (62%), entre os que pretendem votar em Agnelo (73%). Já Rollemberg tem melhor desempenho entre os mais escolarizados (49%), entre os que declaram renda familiar de mais de dois até cinco salários mínimos (47%) e entre os eleitores de Agnelo (59%, era 53% da pesquisa anterior). Abadia, por sua vez, destaca-se entre os menos escolarizados (32%) e entre os simpatizantes de Roriz (51%).

São Paulo, 10 de setembro de 2010.