Geraldo Alckmin (PSDB) segue líder na disputa com 50%

DE SÃO PAULO

Baixe esta pesquisa

Diferença para Mercadante (PT) cai oito pontos, mas tucano ainda vence no primeiro turno

A um mês do primeiro turno das eleições 2010, o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, mantém a liderança da preferência entre os eleitores paulistas, com 50% das intenções de voto, mas vê a vantagem para seu adversário mais próximo diminuir. Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 1º e 2 de setembro mostra que o candidato do PT, Aloizio Mercadante, atingiu 24% das indicações de voto, quatro pontos a mais do que na pesquisa anterior, feita entre 23 e 24 de agosto. No mesmo intervalo, Alckmin perdeu quatro pontos - tinha 54% no levantamento passado. Com a variação, a diferença entre o tucano e o petista, que era de 34 pontos, caiu para 26 pontos. Considerando os votos válidos, Alckmin venceria no primeiro turno com 58% contra 27% de Mercadante.

Foram ouvidos 2050 eleitores, com 16 anos ou mais de idade, em 60 municípios do Estado de São Paulo, a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Na terceira colocação, Celso Russomanno (PP) tem 7% das intenções de voto, mesmo índice obtido na pesquisa anterior. Skaf (PSB) se manteve com 3%, enquanto Fábio Feldmann (PV), Paulo Búfalo (PSOL) e Mancha (PSTU) aparecem com 1% das intenções, cada. Anaí Caproni (PCO) e Igor Grabois (PCB) foram citados, mas não atingiram 1%, cada. A taxa de votos em branco ou nulos é de 5%. Declararam não saber em quem votar 9%.

A distância entre Alckmin e Mercadante é menor quando considerados apenas os eleitores da região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital. Nesse universo, o tucano tem a indicação de voto de 48% dos eleitores, seu pior desempenho, enquanto o petista obtém sua maior marca: 25% das intenções. A situação se inverte no interior do Estado, onde, na pesquisa atual, o ex-governador é escolhido por 52% dos eleitores e, o candidato do PT, por 22%. Na região metropolitana foi onde ocorreu a maior queda de diferença entre os dois candidatos, de 31 pontos para 23 pontos. Na pesquisa Datafolha concluída em 24 de agosto, o tucano tinha 52% entre esse eleitorado e, Mercadante, 21%. No interior paulista, o ex-governador perdeu três pontos - tinha 55% - e Mercadante oscilou um ponto.

O líder na pesquisa consegue seu maior índice de intenções de voto entre os mais jovens, que têm entre 16 e 24 anos. Nesse segmento, Alckmin é escolhido por 55% dos eleitores, enquanto Mercadante fica com 16%. Na comparação com a pesquisa Datafolha mais recente, Alckmin perdeu seis pontos entre os eleitores mais jovens, enquanto Mercadante ganhou quatro, diminuindo o intervalo entre eles de 49 pontos para 39 pontos entre os que têm de 16 a 24 anos.

Quando observados os níveis de renda dos eleitores paulistas, Alckmin consegue a maior vantagem sobre os adversários entre aqueles que ganham mais de 10 salários mínimos por mês. Ele é o candidato apontado por 59% desses eleitores. Na comparação com a pesquisa Datafolha anterior, o tucano recuou seis pontos nessa faixa de renda. O petista se aproxima mais de Alckmin entre quem ganha de cinco a dez salários mínimos (46% a 28%, vantagem de 18 pontos para o tucano). Na pesquisa anterior, para essa faixa de renda, o ex-governador tinha 51%, ante 24% de Mercadante.

Entre os eleitores que estudaram até o ensino fundamental, Alckmin tem 47% das intenções de voto, enquanto Mercadante obtém 24%. É a menor distância entre eles quando considerada a escolaridade do eleitorado. A maior acontece no estrato que inclui os eleitores com ensino superior, quando o tucano atinge 57% e o candidato do PT, 24%. Skaf consegue 6% das indicações de voto entre os eleitores mais escolarizados, ante 1% na faixa que estudou até o ensino fundamental.

Alckmin é o candidato preferido dos eleitores que também escolhem seu correligionário José Serra para a presidência da República. Consegue 81% das intenções de voto dos que apontam que irão votar em José Serra. Na pesquisa Datafolha passada, 80% dos eleitores de Serra apontaram Alckmin como o preferido para governar o Estado de São Paulo. Entre os eleitores de Dilma (PT), o tucano perdeu sete pontos desde o último levantamento. Tinha 39% das intenções entre os que declaram voto na petista para a presidência e agora fica com 32% da preferência desses eleitores. Mercadante ganhou espaço entre os que optam por sua colega de partido. Na pesquisa Datafolha concluída em 24 de agosto, o senador do PT tinha 35% das indicações de voto entre os eleitores de Dilma em São Paulo, índice que passou para 44% no levantamento atual. Entre os eleitores que escolhem Marina para a presidência, 42% afirmam que irão votar em Alckmin e 20%, em Mercadante..

Na intenção de voto espontânea, Alckmin é citado por 28% como o candidato escolhido para o governo do Estado. Na pesquisa anterior, 25% dos eleitores tinham a mesma resposta. A indicação de voto espontânea em Mercadante também avançou, de 11% na pesquisa anterior para 15%.
A simulação de segundo turno que opõe Alckmin e Mercadante aponta para vitória do tucano, que teria 59% dos votos, ante 31% de Mercadante. Na pesquisa anterior, Alckmin atingia 62%, e Mercadante, 29%. A diferença entre os dois é menor na região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital (58% para Alckmin e 34% para Mercadante). A distância se alarga no interior do Estado (60% para o tucano e 30% para o petista).

O candidato Mancha é o mais rejeitado entre os candidatos a governador. - 28% dos eleitores não votariam nele de jeito nenhum. Mercadante é rejeitado por 24% dos eleitores, o segundo maior índice entres os candidatos. A seguir aparecem Skaf, com 20%, Paulo Búfalo, com 19%, e Geraldo Alckmin com 17%, Celso Russomanno e Igor Grabois, com 18%, cada. Anaí Caproni (PCO) atinge 15% e Fábio Feldmann (PV) é rejeitado por 14% dos eleitores. Afirmam que não rejeitam nenhum 8%, enquanto 3% dizem rejeitar todos e 12% não souberam responder. Mercadante tem rejeição acima da média entre os eleitores com nível superiror (32%), que têm mais de 60 anos (30%), e com renda familiar superior a dez salários mínimos por mês (31%). Já Alckmin enfrenta os mais altos índices de rejeição entre os homens (22%) e eleitores que tem renda mensal familiar entre cinco e dez salários mínimos (21%).

*Marta Suplicy(PT) lidera disputa para o Senado, com 33%
Netinho (PC do B) atinge 28% e aparece à frente de Quércia (PMDB) pela primeira vez *

A candidata Marta Suplicy (PT) segue na liderança da disputa por uma das duas vagas ao Senado pelo Estado de São Paulo. A petista tem 33 % das intenções de voto, aponta pesquisa realizada pelo Datafolha entre 1º e 2 de agosto. Na concorrência pelo outra vaga, Netinho (PC do B), aparece com 28% das intenções de voto. É a primeira vez que ele aparece numericamente à frente de Quércia (PMDB), que obtém 26%, e mantém o empate técnico observado na pesquisa anterior. O candidato do PC do B tinha 24% das indicações de voto no levantamento anterior do Datafolha, concluído em 23 de agosto. Já Quércia se manteve no mesmo patamar.

O senador Romeu Tuma (PTB), que tenta renovar o mandato pela terceira vez, oscilou um ponto para baixo e obteve 15% das intenções de voto. Aloysio Nunes (PSDB), que tinha 9%, agora aparece com 12%. Está empatado tecnicamente com Ciro (PTC), que tem 11%. Em seguida vêm Moacyr Franco (PSL) com 6%, Ana Luiza (PSTU) com 3%, Ricardo Young (PV), com 2%. Serpa (PSB), Marcelo Henrique (PSOL), Dirceu Travesso (PSTU) e Doutor Redó (PP) obtiveram 1%. Mazzeo (PCB) e Ernesto Pichler (PCB) não atingiram 1%. Votariam em branco ou anulariam o voto para as duas vagas 7%. Votariam em branco ou anulariam o voto para uma das vagas 12%. Não sabem em quem votar para uma das vagas 24%, e 14% não sabem em quem votar para as duas vagas.

Marta Suplicy tem o melhor desempenho na capital paulista, onde foi prefeita. Na cidade, obtém 39% de intenções de voto. No interior, a petista consegue 30%. Aloysio Nunes também consegue mais votos na capital (15%). Vereador em São Paulo, Netinho tem desempenho abaixo de sua média no município (25%). É a mesma situação de Quércia, que tem 21% na capital, mas alcança 28% no interior do Estado.

A candidata do PT em seu maior índice de intenção de voto entre os eleitores que têm entre 25 e 34 anos (37%). Já entre os mais velhos, com idade superior a 60 anos, possui 25% das indicações. Netinho consegue 36% das manifestações de voto ente eleitores na faixa entre 25 anos e 34 anos, seu melhor desempenho. Entre os eleitores com mais de 60 anos, o índice do candidato do PC do B cai para 21%. O eleitorado mais velho é onde Quércia se sai melhor (32%%), assim como Romeu Tuma (21%) e Aloysio Nunes (21%).

Os eleitores que completaram o ensino médio dão a Marta seu maior percentual de intenções de votos (36%). Seu desempenho é pior entre os eleitores com ensino superior completo (26%), situação semelhante à de Netinho (15%). No estrato dos mais escolarizados, destaca-se Aloysio Nunes, que alcança 23%, ante 12% entre todos os estratos. O tucano também consegue desempenho acima de sua média de intenções de voto entre os eleitores que têm renda mensal familiar superior a dez salários mínimos (24%). Nesse segmento, empata tecnicamente com Marta (27%) e fica atrás de Quércia (31%). Já Netinho consegue mais votos entre quem ganha até dois salários mínimos (35%).

Marta Suplicy atinge 59% das intenções de voto entre os que pretendem votar em seu colega de partido, Aloizio Mercadante. Netinho obtém 41% nessa fatia do eleitorado. Entre os que pretendem votar em Alckmin, 26% escolhem a petista. Quércia lidera entre os que declaram voto no tucano para governador (36%). Entre os eleitores que escolhem Dilma Roussef para a presidência da República, Marta também lidera (48%), novamente seguida por Netinho (38%). Já entre os que dizem votar em José Serra, a liderança cabe a Orestes Quércia (38%). Em seguida vem Aloysio Nunes (24%), Netinho (21%), Marta (20%), e Tuma (18%). Marta ainda lidera entre os eleitores de Marina (27%), seguida por Netinho (23%) e Aloysio (21%).