Sérgio Cabral tem vantagem de 35 pontos em relação ao segundo colocado

DE SÃO PAULO

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Na capital a diferença entre Cabral e Gabeira cai para 23 pontos

A primeira pesquisa Datafolha realizada após a oficialização das candidaturas revela vantagem de Cabral de 35 pontos sobre o segundo colocado nas intenções de votos para o governo do Estado do Rio de Janeiro. Cabral aparece com 53% seguido por Gabeira, com 18% das intenções de voto.

A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 23 de julho de 2010, com 1264 eleitores do Estado e a margem de erro para o total da amostra é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Os candidatos Cyro Garcia, do PSTU, e Eduardo Serra, do PCB, aparecem empatados em terceiro lugar com 3% das citações, seguidos por Fernando Peregrino, do PR, e Jefferson Moura, do PSOL, com 1% cada. Todos os nomes dos candidatos oficialmente registrados no TSE estavam presentes nos cartões apresentados aos entrevistados. Afirmaram votar em branco ou nulo, 9% dos entrevistados e 12% ainda não sabem em quem votar.

É no interior que Cabral amplia ainda mais a vantagem sobre Gabeira: ali, 56% dos eleitores votariam no candidato do PMDB e 14% no candidato do PV. Entre os eleitores da região metropolitana, 52% votariam em Cabral e 20% em Gabeira. É na capital fluminense que o candidato do PV possui mais eleitores, recebendo os votos de 25% dos entrevistados contra 48% de Cabral.

Sérgio Cabral é o preferido entre os eleitores mais jovens, com 60% das intenções de voto entre aqueles de 16 a 24 anos e 64% das intenções entre aqueles de 25 a 34 anos. Quanto à escolaridade e renda, a preferência pelo candidato pemedebista é maior entre aqueles com nível médio (55%) e entre aqueles com nível fundamental (54%), bem como entre aqueles que alegam ter renda familiar média mensal de até dois salários mínimos (56%).

Quanto à identificação partidária, entre aqueles que citaram o PMDB como a sigla preferida, 67% afirmaram votar no candidato do partido e entre aqueles que citaram o PT, 65%% preferem o governador. Entre aqueles que disseram votar em Dilma Rousseff (PT) para presidente do Brasil, 63% afirmaram votar também em Sérgio Cabral, entre os eleitores de José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV), esses números são 60% e 35%, respectivamente.

Gabeira obtêm seus melhores índices entre o eleitorado masculino, com 22% das preferências nesse segmento e entre os eleitores mais velhos, com 23% das intenções entre os entrevistados com 60 anos ou mais. Quanto à escolaridade, entre aqueles com ensino fundamental 13% preferem o candidato do PV e entre aqueles com ensino superior 32% o preferem. Quanto à renda familiar média, a escolha por Gabeira é tanto maior quanto mais ao topo da pirâmide social: entre aqueles que alegam possuir renda de cinco a dez salários mínimos, 29% são eleitores do candidato verde e entre aqueles que ganham mais de dez salários mínimos, 31% preferem Gabeira.

Entre os eleitores que disseram votar em Marina Silva (PV) para presidente, 31% afirmaram votar em Gabeira, entre os eleitores de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), esses números são 18% e 17%, respectivamente.

Na intenção de voto espontânea, resultado da pergunta aplicada pelos pesquisadores sem o estímulo da apresentação dos nomes dos candidatos é alto o índice dos eleitores que não sabem em quem votar na eleição para governado do Estado do Rio de Janeiro, chegando a 68% do total. Sérgio Cabral aparece na frente, com 16% das intenções seguido pelo ex-deputado Gabeira, com 4% das intenções de voto. Os outros candidatos não chegaram a 1% das citações e 7% dos entrevistados afirmaram votar em branco ou nulo.

Gabeira, do PV, é rejeitado por 31% dos entrevistados. Sérgio Cabral, do PMDB, é rejeitado por 18%, mesmo índice daqueles que afirmar não votar de jeito nenhum em Cyro Garcia, do PSTU. Seguem-se Jefferson Moura (PSOL) e Eduardo Serra (PCB), com 14% de rejeição cada um e Fernando Peregrino (PR) com 12%. Afirmaram que votariam em qualquer um 9% dos entrevistados e 4% afirmaram rejeitar todos os candidatos.

A rejeição ao governador se concentra entre os moradores da capital (22%), entre aqueles com ensino superior (27%), entre os eleitores simpatizantes do PDT (30%), e entre os eleitores de Marina Silva (27%).

Os entrevistados foram questionados se o apoio do Presidente Lula a algum candidato ao governo do Estado o(a) levaria à escolha deste candidato: 31% afirmaram que escolheriam esse candidato com certeza, mesmo índice daqueles que não votariam em candidato apoiado pelo presidente, 29% afirmaram que talvez escolhessem o candidato e 5% não souberam responder. Entre os que afirmaram votar em Sérgio Cabral, 41% responderam que votariam no candidato apoiado por Lula e 21% não votariam nesse candidato. Entre os eleitores que afirmaram votar em Gabeira, 17% afirmaram que votariam no candidato apoiado por Lula e 45% não votariam no candidato apoiado pelo presidente.

*Crivella lidera a corrida por uma das vagas ao senado
César Maia e Lindberg disputam segunda vaga*

O senador Marcelo Crivella, do PRB, lidera a disputa pelo Senado com 42% das intenções de voto, seguido pelo ex-prefeito da capital César Maia, do DEM, e do ex-prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg, do PT, com 31% e 20% das intenções de voto, respectivamente. Jorge Picciani (PMDB) aparece em quanto lugar com 12% das intenções, seguido por Marcelo Cerqueira (PPS), com 6%. Waguinho (PTdoB) e Milton Temer (PSOL) estão empatados com 5% das intenções, seguidos por Carlos Dias (PTdoB), com 3% e Claiton (PSTU), com 2%. Wladimit Mutt (PCB) e Heitor (PSTU) empatam com 1% das citações. Não sabem em quem vai votar 44% dos entrevistados e 28% votariam nulo.

Na região metropolitana e 42% dos entrevistados preferem Crivella, 30% votam em César Maia e 23% escolhem Lindberg. No interior, Crivella aparece com 41% da preferência dos eleitores e 34% optam por Maia. Na capital, o senador Crivella aparece à frente, com 42% das intenções seguido pelo ex-prefeito, com 29%.

O Datafolha ouviu 1264 eleitores no estado do Rio de Janeiro, entre os dias 20 e 23 de julho e a margem de erro para o total da amostra é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

São Paulo, 22 de julho de 2010.