Pesquisa realizada pelo Datafolha junto a leitores do jornal Folha de S.Paulo revela que José Serra (PSDB) teria 54% dos votos se as eleições fossem hoje, contra 18% de Marina Silva e 15% de Dilma Rousseff (PT), empatadas tecnicamente. Dos leitores, 8% afirmam que votariam em branco ou nulo, e 5% não souberam responder.
Na análise por segmentos, o peessedebista destaca-se entre os leitores de 70 anos ou mais (70%), entre os com ensino fundamental e médio (61%) e entre os que ganham entre 10 e 20 salários mínimos (62%). Já Marina tem seu melhor desempenho entre os mais jovens, de 16 a 29 anos, e entre os que ganham até dez salários mínimos (23%). Acima da média da população, Dilma tem a preferência dos leitores homens (20%), e dos que ganham acima de 20 salários mínimos (23%).
O Datafolha ouviu 350 leitores do jornal, assinantes e secundários, na Grande São Paulo, nos dias 19 e 20 de abril de 2010. A margem de erro é de cinco pontos percentuais para o total da amostra, para mais ou para menos. Em pesquisa anterior, feita com toda a população brasileira em 15 e 16 de abril de 2010, Serra aparecia com 42%, Dilma com 30% e Marina com 12%.
Nas citações espontâneas de voto, Serra tem 40%, um crescimento de 20 pontos em relação à pesquisa anterior, realizada em outubro do ano passado. Já a candidata do PT, Dilma Rousseff, saltou de 3% para 10% na preferência dos leitores, e Marina Silva manteve os mesmos 6% do levantamento anterior. Dos entrevistados, 33% declaram não saber em quem votariam se a eleição fosse hoje (eram 54% em outubro).
A intenção de voto espontânea em José Serra é maior entre os homens (47%) do que entre as mulheres (33%), entre os que têm 70 anos ou mais (56%), entre os de escolaridade superior (42%, ante 34% dos que têm o ensino fundamental ou médio), entre os que têm renda acima de 20 salários mínimos (58%) e entre os assinantes do jornal (44%, diante 35% dos leitores secundários).
Na análise por segmentos, Dilma tem melhor desempenho entre os homens (15%, contra 4% das mulheres). Por outro lado, apenas 5% dos entrevistados de 70 anos ou mais preferem a petista, percentual esse que cai para 3% entre os que ganham entre 10 e 20 salários mínimos. A ex-ministra também apresenta melhor desempenho entre os assinantes do jornal do que entre os leitores secundários (12% a 7%).
Apenas 26% dos assinantes declararam-se indecisos, ante 40% dos leitores secundários.
Maioria dos leitores acompanha o noticiário político e aprova cobertura da Folha
À medida que a eleição se aproxima, aumenta o número de leitores que acompanham reportagens e artigos sobre as eleições presidenciais. Atualmente, 75% afirmam acompanhar as matérias sobre o assunto publicadas na Folha, ante 61% em outubro. Dos interessados no assunto, destacam-se os homens (82%, contra 70% das mulheres), e os que são assinantes do jornal (85%, contra 66% dos leitores secundários). Há uma correlação direta entre idade, renda e acompanhamento do noticiário político. Quanto maior a renda ou a idade, maior é o índice dos que acompanham as notícias. Dos entrevistados de 70 anos ou mais, 83% acompanham a cobertura (contra 63% na idade de 16-29 anos), e 88% dos que ganham acima de 20 salários mínimos também o fazem (apenas 69% entre os que ganham até dez salários mínimos).
De um modo geral, a maioria (88%, sem alteração significativa em relação à pesquisa anterior) considera ótima ou boa a cobertura da Folha sobre as eleições presidenciais até o momento, opinião acima da média entre os mais velhos (96%), entre os que estudaram até o nível fundamental ou médio (96%) e entre os que têm renda entre 10 e 20 salários mínimos (95%). O índice de aprovação da cobertura é o mesmo entre os assinantes e leitores secundários (88%). Os que avaliam essa cobertura como regular somam 8%, e como ruim ou péssima apenas 2%.
Segundo a maioria (85%, sem variação significativa em relação à pesquisa anterior), a Folha dedica espaço às eleições presidenciais na medida certa. O espaço dedicado ao tema no jornal é maior do que o necessário para 6%, e 8% o avaliam como menor do que o necessário. Dos que consideram o espaço insuficiente, ficam acima da média os jovens de 16 a 29 anos (16%).
13% dos entrevistados consideram que a cobertura da Folha é favorável a Serra
Para pouco mais de um quinto dos leitores do jornal (21%, sem variação em relação à pesquisa anterior), a cobertura da Folha favorece alguma candidatura. Para 13%, José Serra é favorecido, e 6% citam Dilma Rousseff. Em outubro, esses percentuais eram de 3% e 8%, respectivamente.
A maioria, entretanto, não considera que a cobertura do jornal sobre as eleições presidenciais favoreça algum nome (74%). Não sabem avaliar esse aspecto 5%. Os leitores entre 50 e 69 anos e os com renda até dez salários mínimos (28% e 25%, respectivamente), são os que mais vêem favorecimento a algum candidato.
Alckmin é o preferido para o governo entre os leitores da Folha
Pesquisa realizada pelo Datafolha junto a leitores do jornal Folha de S. Paulo revela que quando apresentados candidatos ao governo paulista, Alckmin (PSDB), aparece na liderança com 49% das intenções de voto, Mercadante (PT), com 16%, Paulo Skaf (PSB) com 5%, Celso Russomano (PP), com 3%, Fábio Feldman (PV), com 2%, Ivan Valente (PSOL) também com 2%. Os que votam em branco ou nulo, são 13% dos leitores, e indecisos 11%. Entre os mais velhos, 76% escolhem Alckmin como seu candidato. O Datafolha ouviu 350 leitores do jornal, assinantes e secundários, na Grande São Paulo, nos dias 19 e 20 de abril de 2010. A margem de erro é de cinco pontos percentuais para o total da amostra, para mais ou para menos, dentro de um intervalo de confiança de 95%.
O Datafolha também investigou, junto aos leitores da Folha de São Paulo, a intenção de voto para o senado. Este ano serão duas vagas disponíveis. Os leitores escolheram Soninha (PPS) com 28%, seguida por Marta Suplicy (PT) com 24% das citações. Romeu Tuma (PTB), aparece com 17%, Gabriel Chalita (PSB), com 14%, Aloysio Nunes (PSDB), com 9%, Orestes Quércia (PMDB), com 8%, Netinho de Paula (PCdoB), com 5% e Ricardo Young (PV), com 2%. São 21% os leitores que afirmam votar em branco ou nulo, e 14% declaram-se indecisos.
Leitores se mostram satisfeitos em relação ao posicionamento crítico da Folha junto ao governo Lula
Avaliam como crítica na medida certa a cobertura do jornal em relação ao governo Lula a maioria dos leitores (67%), enquanto outros 21% consideram que a Folha é menos crítica do que seria necessário, e 9% acham que o jornal é mais crítico do que necessário. Mostram-se satisfeitos com a crítica exercida pela Folha na cobertura da temática presidencial sobretudo as mulheres (70%), os que estudaram, no máximo, até o ensino médio (79%) e os que ganham até dez salários mínimos (74%). Por outro lado, entre os que avaliam como menos crítica do que necessária a cobertura do jornal sobre o governo de Lula, sobressaem-se os leitores de 50 a 69 anos de idade (25%), os mais escolarizados (24%, contra 12% dos menos escolarizados), os mais ricos (28%) e os leitores secundários do jornal (22%).
São Paulo, 23 de abril de 2010.