Marta sobe cinco pontos, abre vantagem sobre Quércia e assume a segunda colocação
Se a eleição para governador de São Paulo fosse agora, o ex-prefeito da capital, José Serra (PSDB), seria eleito no primeiro turno. Pesquisa Datafolha realizada nos dias 6 e 7 de abril junto a 1682 paulistas mostra que em todos os oito cenários eleitorais apresentados pelo instituto, as taxas de intenção de voto em Serra superam a soma dos índices obtidos por seus adversários. Mesmo quando se inclui Paulo Maluf como possível candidato pelo PP, a vantagem do tucano seria suficiente para a vitória.
Na situação em que figuram como candidatos, além de Serra, Marta Suplicy pelo PT, Orestes Quércia pelo PMDB, Paulo Maluf, Carlos Apolinário (PDT), Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) e Cunha Lima (PSDC), o tucano fica com 55% das menções contra 17% da petista e 8% de Orestes Quércia. Maluf aparece com 4% e Apolinário com 3%. Plínio e Cunha Lima ficam com 2% e 1%, respectivamente.
Sem Maluf, o cenário é comparável com o da pesquisa anterior, feita nos dias 16 e 17 de março. Nesse caso, observa-se que Serra cresceu seis pontos percentuais (de 50% para 56%) e que a ex-prefeita Marta Suplicy subiu cinco pontos, abrindo vantagem sobre Quércia, com quem estava tecnicamente empatada no levantamento anterior. A petista assume a segunda colocação da disputa, passando de 15% para 19%.O peemedebista cai de 15% para 11%.
Quando o nome apresentado como candidato pelo PT é o de Aloizio Mercadante, percebe-se, no cenário sem Maluf, que apesar do petista ganhar três pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, a situação de empate técnico com Orestes Quércia permanece: Serra tem 59% contra 14% do petista e 12% do peemedebista.
Quando Maluf entra na disputa, acaba atraindo mais eleitores de Quércia, que, no caso, cai para 9%. Mercadante, fica com 13% e Serra com 57%.
Sem Quércia na disputa, a vantagem de Serra sobre os adversários é ainda maior. Nos cenários que não trazem o candidato do PMDB, o ex-prefeito alcança taxas iguais ou superiores a 60%. Com Mercadante na disputa, o tucano chega a 63% das intenções de voto contra 16% do petista. Quando a candidata é Marta, ele atinge 61% contra 20% da ex-prefeita.
O Datafolha também testou algumas situações de segundo turno, na hipótese de Serra não vencer a eleição na primeira fase. Em todas as simulações feitas, a vitória do ex-preito acontece por larga vantagem. O tucano consegue 76% contra Paulo Maluf, 71% contra Quércia e 69% contra Mercadante. Marta Suplicy é a candidata com melhor desempenho dentre os possíveis adversários: chega a 27% contra 65% do ex-prefeito.
Quanto às taxas de rejeição dos candidatos, 60% dizem que não votariam de jeito nenhum em Paulo Maluf, 30% afirmam o mesmo em relação a Marta Suplicy e 28% rejeitam Quércia. Aloízio Mercadante é reprovado por 14% e José Serra por 12%.
*Decisão de Serra divide paulistas
Entre moradores da capital, maioria reprova saída da prefeitura*
Para 46% dos paulistas, Serra agiu bem ao deixar a prefeitura de São Paulo para disputar o governo do Estado. Outros 45%, porém, acham que o tucano agiu mal ao tomar a decisão. É interessante a observação dos resultados segundo a natureza dos municípios pesquisados.
Entre os que moram na capital, 55% condenam a atitude de Serra contra 38% que a aprovam. Entre os que residem em cidades do interior do Estado, a tendência se inverte: 53% a avaliam positivamente contra 35% que a reprovam.
Entre os simpatizantes do PSDB, 53% acham que Serra agiu bem ao candidatar-se ao governo. Entre os petistas, 58% afirmam que o tucano agiu mal. Entre os paulistas que pretendem votar em Geraldo Alckmin para presidente da República, 55% aprovam a decisão de Serra.
Com base no total da amostra, 48% dos entrevistados dizem que a cidade de São Paulo não será " nem beneficiada, nem prejudicada" pela saída de Serra da prefeitura para disputar o governo do Estado. Outros 27% acham que o município será mais prejudicado do que beneficiado e 15% acreditam no inverso.
Acham que a cidade será mais prejudicada principalmente os que têm nível superior de escolaridade (32%) e os que têm renda entre 5 e 10 salários mínimos.