Entre os eleitores de Lula, 35% preferem Serra e 30% Mercadante
O candidato do PSDB ao governo do Estado de São Paulo, José Serra (PSDB), continua liderando a disputa pela eleição de outubro, com ampla vantagem sobre seus adversários, e estaria eleito, se a eleição fosse hoje, sem necessidade de realização de segundo turno, revela pesquisa realizada pelo Datafolha nos dias 7 e 8 de agosto, em 56 municípios. Foram entrevistados 1908 eleitores, a partir dos 16 anos de idade, e a margem de erro máxima, para o total da amostra, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa mostra estabilidade na disputa, quando comparada ao levantamento anterior, realizado nos dias 17 e 18 de julho. Serra oscilou de 48% para 49% das intenções de voto. Aloizio Mercadante (PT) oscilou de 15% para 17% e, assim, se consolida no segundo lugar. Na pesquisa anterior, o candidato petista empatava, no limite da margem de erro, com Orestes Quércia (PMDB), que oscilou um ponto para baixo, passando de 11% para 10% das preferências.
Se a eleição fosse hoje, Serra atingiria 61% dos votos válidos, isto é, descontados votos nulos, em branco e os eleitores que se declaram indecisos e, portanto, estaria eleito no primeiro turno.
Carlos Apolinário (PDT) se mantém com 2% das intenções de voto. Os demais 12 candidatos não atingiram 1% das menções. São eles: Anaí Caproni (PCO), Cláudio de Mauro (PV), Cunha Lima (PSDC), Éder Xavier (PTC), Fred Correa (PTN), Pedro Viviani (PMN), Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Prof. Mario Luiz Guide (PSB), Renato Reichmann (PRONA), Roberto Siqueira (PSL), Sarli Jr. (PAN) e Tarcísio Fóglio (PSC).
Votariam em branco ou anulariam o voto 8% e se dizem indecisos 12% dos eleitores entrevistados.
A pesquisa mostra que o candidato petista, Aloizio Mercadante, continua com dificuldades para ter sua imagem associada à do candidato do seu partido à Presidência, Lula. Na pesquisa de julho, os eleitores de Lula se dividiam em relação ao voto para governador: 32% escolhiam Mercadante, e idêntico percentual optava por Serra. Hoje, a taxa dos que votam em Lula para presidente e, na hora de votar para governador, preferem o candidato do PSDB, é ligeiramente maior do que a registrada anteriormente, chegando a 35%. Já a dos que preferem a dobradinha de petistas oscilou para baixo: hoje, 30% dos que têm intenção de votar em Lula para presidente dariam seu voto a Mercadante para o governo.
A pesquisa também mostra que entre os que têm intenção de votar para presidente na senadora do PSOL, que foi expulsa do PT, Heloísa Helena, a taxa dos que preferem Serra para governador subiu de 36% para 46%, e a dos que optam por Mercadante foi de 22% para 17%.
Já entre os que preferem Geraldo Alckmin, não foram registradas variações significativas, e a maioria continua preferindo votar em candidatos do mesmo partido para a Presidência e para o governo do Estado. A taxa dos eleitores de Alckmin que pretendem votar no candidato de seu partido, José Serra, oscilou de 70% para 69%, enquanto a dos que preferem o petista Mercadante passou de 5% para 8%.
Apenas 17% dos eleitores paulistas que, hoje, votariam em algum candidato a governador, respondem corretamente quando indagados sobre o número que devem digitar na urna eletrônica para confirmar seu voto. Entre os que declaram intenção de votar em Aloizio Mercadante essa taxa é de 30%, o dobro da verificada entre os eleitores do líder José Serra (15%). Entre os que pretendem votar em Orestes Quércia, 7% dão respostas corretas, e entre os eleitores de Carlos Apolinário apenas 1% acertam o número de seu candidato.
Foram apresentados aos eleitores dois cenários hipotéticos para um eventual segundo turno na eleição para o governo do Estado de São Paulo. No cenário em que se enfrentam Serra e Mercadante, os percentuais são os mesmos da pesquisa de julho: o peessedebista atinge 61% das intenções de voto, e Mercadante fica com 26% das preferências. Contra Quércia, o tucano obtém 63% (61% em julho); o peemedebista é o preferido de 22% (23% no levantamento anterior).
Dizem, espontaneamente, que vão votar em Serra para governador 19% (eram 16% na pesquisa anterior). A taxa dos que dizem espontaneamente que vão votar em Mercadante oscilou de 5% para 6% e a dos que citam Quércia foi de 1% para 2%. Afirmam, de maneira espontânea, que vão anular o voto ou votar em branco 8%. Não sabem dizer em quem vão votar, antes que lhe seja mostrado o cartão com os nomes dos candidatos ao governo estadual, 60%.
A rejeição aos candidatos ao governo do Estado de São Paulo também mostra estabilidade. Quércia continua sendo o detentor mais rejeitado: a taxa dos que dizem que não votariam de jeito nenhum no peemedebista no primeiro turno da eleição para governador passou de 26% em julho para 25% hoje. A rejeição a Mercadante oscilou de 17% para 19% e a taxa dos que descartam totalmente seu voto em Serra no primeiro turno se manteve em 16%.
Não votariam de jeito nenhum em Carlos Apolinário 15% e descartam seu voto em Cunha Lima 12%, mesma taxa dos que rejeitam Plínio de Arruda Sampaio. São rejeitados por 11%, cada: Anaí Caproni, Cláudio de Mauro, Éder Xavier e Roberto Siqueira. Atingem 10%, cada, Fred Correa, Pedro Viviani, Sarli Jr. e Tarcísio Fóglio. Fecham a lista Prof. Mario Luiz Guide e Renato Reichmann, com 9% de rejeição, cada. Votariam em qualquer um dos candidatos 11% e em nenhum deles 6%.
Para a maioria (59%) dos eleitores paulistas, José Serra será eleito governador do Estado de São Paulo em outubro. Apostam em uma vitória de Aloizio Mercadante 8% e acham que Orestes Quércia será vitorioso 6%. Entre os eleitores de Mercadante, 36% acreditam na vitória de seu candidato, taxa inferior à dos que acham que Serra será o vencedor (46%). Já entre os eleitores de Quércia, 39% acreditam na vitória do peemedebista e 32% apontam o candidato tucano como aquele que será eleito.
*Eduardo Suplicy, com 35%, continua liderando disputa pelo senado
Taxa de indecisos aumenta sete pontos e se iguala a percentual obtido por petista*
A exemplo do que ocorre na disputa pelo governo do Estado, a pesquisa do Datafolha mostra estabilidade na corrida pelo Senado. Eduardo Suplicy (PT) oscilou para baixo, de 37% das intenções de voto em julho para 35% hoje, mas continua bem à frente de Guilherme Afif (PFL), que oscilou de 4% para 3%. A variação mais significativa se deu entre os eleitores indecisos: a taxa dos que não sabem em quem votariam para senador saltou de 28% para 35%, ou seja, a mesma taxa obtida pelo líder Suplicy. Elza, candidata do PDT, obtém 2% das intenções de voto.
Atingem 1% os seguintes candidatos: Alda Marco Antonio (PMDB), Ana Prudente (PTC), Domingos Fernandes (PV), Dr. Cury (PHS), João Dárcio (PTN), João Resende (PAN), Luiz Carlos Prates (PSTU), Manoel Barbosa do Nascimento (PSC), Marcelo Reis Lobo (PSB), Paulo Piasenti (PT do B), Prof. Antonio Carlos (PCO) e Raimundo Souza Teixeira (PRTB).
Foram citados, mas não atingiram 1% das menções, Félix Gil Fernandes (PRP), Ribamar Dantas (PMN), Rubens Pavão (PSDC) e Malek (PRONA).
Apenas 1% dos eleitores entrevistados que têm intenção de votar em algum dos candidatos a senador sabe dizer o número que devem digitar na urna eletrônica para fazer valer seu voto no dia da eleição. Mesmo entre os que têm intenção de votar no líder Eduardo Suplicy apenas 2% respondem corretamente quando indagados a respeito do número do candidato. Respostas incorretas chegam a 21%. Não sabem dizer o número e preferem não arriscar uma resposta 77% dos eleitores do petista.
Eduardo Suplicy é citado espontaneamente por 6% dos entrevistados, quando solicitados a dizer em quem vão votar em outubro, sem que lhes seja apresentado o cartão circular com os nomes dos candidatos. Guilherme Afif e Alda Marco Antônio são citados espontaneamente, mas as menções não chegam a 1%. Não sabem citar espontaneamente um candidato ao Senado 81%.
*48% não têm interesse pelo horário eleitoral de candidatos ao governo estadual
51% não têm interesse pela propaganda na TV de candidatos ao Senado*
Os eleitores paulistas se dividem quando indagados a respeito do horário eleitoral dos candidatos ao governo estadual. Chega a 48% a taxa dos que dizem ter nenhum interesse pelos programas e inserções que começam a ser exibidos na TV no próximo dia 15. Dizem ter um pouco de interesse 32% e muito interesse 19%.
Quando se trata do horário eleitoral dos candidatos a senador a taxa dos que não têm interesse chega a 51%. Afirmam ter um pouco de interesse 31% e muito interesse 16%.
Mais de um terço (34%) afirma que não vai assistir ao horário eleitoral gratuito na TV. Declaram que vão assistir sempre 12%, de vez em quando 35% e raramente 16%.
Para 37% o horário eleitoral gratuito não terá importância na hora da decisão do voto para governador. De acordo com 35%, ele será muito importante, e, para 26%, um pouco importante.
No caso do horário eleitoral dos candidatos ao Senado, igualmente 37% atribuem nenhuma importância a ele para a definição de seu voto. Atribuem muita importância 34% e um pouco de importância 26%.