Peessedebista está 25 pontos à frente do petista Mercadante, que subiu de 18% para 23% das intenções de voto
O candidato do PSDB, José Serra, continua favorito a ser eleito no primeiro turno para o governo do Estado de São Paulo, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha nos dias 18 e 19 de setembro. Em relação ao levantamento anterior, realizado nos dias 4 e 5 de setembro, Serra oscilou de 49% para 48% das intenções de voto, e tem hoje, uma vantagem de 25 pontos percentuais em relação ao segundo colocado, o petista Aloizio Mercadante, que subiu cinco pontos, de 18% para 23%. Na pesquisa anterior, o candidato do PSDB ao governo paulista estava 31 pontos à frente do petista. O tucano estaria eleito, hoje, sem necessidade de segundo turno, com 56% dos votos válidos, ou seja, excluídos votos em branco, nulos e os eleitores que se declaram indecisos.
Orestes Quércia, do PMDB, oscilou de 11% para 9% das intenções de voto. Carlos Apolinário (PDT) se manteve com 2% e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), mais uma vez, obtém 1% das preferências.
Foram citados, mas não atingiram 1% das menções: Anaí Caproni (PCO), Cunha Lima (PSDC), Cláudio de Mauro (PV), Éder Xavier (PTC), Fred Correa (PTN), Pedro Viviani (PMN), Prof. Mario Luiz Guide (PSB), Renato Reichmann (PRONA), Sarli Jr. (PAN) e Tarcísio Fóglio (PSC).
O Datafolha entrevistou 2030 eleitores com 16 anos ou mais em 64 municípios do Estado de São Paulo. A margem de erro máxima, para o total da amostra, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Este é o primeiro levantamento realizado após a divulgação de denúncias publicadas pela revista Isto É envolvendo os peessedebistas José Serra, candidato ao governo do Estado de São Paulo, e Geraldo Alckmin, candidato à Presidência, na chamada máfia dos sanguessugas, e a prisão de funcionários do PT com dinheiro que seria supostamente utilizado na compra de fotos e vídeos contra os tucanos. O levantamento provavelmente ainda não capta a repercussão de denúncias que envolvem dirigentes da campanha do presidente Lula à reeleição, como o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, divulgadas ontem.
Embora favorito a ser eleito no primeiro turno, José Serra ainda tem um percentual de eleitores que sabem o número que devem digitar na urna eletrônica para confirmar seu voto menor do que o de seu principal adversário, Aloizio Mercadante. Dos eleitores que têm candidato a governador, e têm intenção de votar em Serra, 37% respondem corretamente quando indagados sobre o número a ser digitado na urna eletrônica no dia da eleição (45). A maioria (61%) não se arrisca a dizer o número e 2% respondem incorretamente. Entre os eleitores que pretendem votar em Aloizio Mercadante (número 13), 46% respondem corretamente, 1% citam números diferentes e 53% preferem não opinar.
Entre os eleitores paulistas com escolaridade superior, Mercadante ganhou sete pontos percentuais (passou de 17% para 24%) enquanto Serra perdeu seis (de 63% para 57%). Entre os que têm renda acima de cinco e até dez salários mínimos o petista passou de 24% para 31% e o peessedebista caiu de 52% para 45%.
Mercadante ganhou oito pontos percentuais no interior (passou de 13% para 21% das intenções de voto). Serra perdeu três pontos (de 54% para 51%), mas continua com ampla vantagem entre os eleitores interioranos. Na capital, o tucano continuou com 43% e o petista passou de 23% para 26% das intenções de voto.
A taxa dos eleitores que têm intenção de votar no petista Lula para presidente e em seu companheiro de partido Mercadante para governador subiu de 38% na pesquisa do início do mês para 45% hoje. O percentual dos que votam pela reeleição do presidente filiado ao PT e no candidato tucano ao Palácio dos Bandeirantes passou de 32% para 29%.
Se houvesse um segundo turno hoje entre os dois primeiros colocados na pesquisa, Serra teria 57% e Mercadante ficaria com 33% do total de votos. No levantamento anterior, o candidato do PSDB batia o petista por 62% a 28%. Assim, a vantagem do tucano foi reduzida em dez pontos percentuais (passou de 34 pontos percentuais na semana passada para 24 hoje).
A taxa dos dizem que vão votar em Serra para governador espontaneamente, antes que o pesquisador do Datafolha lhe apresente os nomes dos candidatos em um cartão circular, oscilou de 27% na semana passada para 28% hoje, e a dos que dizem que vão votar em Mercadante subiu de 10% pra 13%. Orestes Quércia é mencionado espontaneamente por 4%, mesmo percentual da semana passada.
A rejeição a Serra subiu quatro pontos em uma semana: hoje, 21% dos eleitores paulistas dizem que não votariam de jeito nenhum no candidato do PSDB no primeiro turno da eleição para governador do Estado de São Paulo. Na pesquisa anterior, essa taxa era de 17%. A rejeição a Orestes Quércia também subiu, de 24% para 28%. A taxa dos que não votariam de forma alguma em Aloizio Mercadante oscilou de 21% para 22%.
Dizem que não votariam de jeito nenhum em Carlos Apolinário 15% e rejeitam Cunha Lima e Plínio de Arruda Sampaio 13%, cada e não dariam seu voto sob hipótese alguma a Fred Correa 12%. Anaí Caproni, Cláudio de Mauro, Éder Xavier, Pedro Viviani, Roberto Siqueira e Sarli Jr. têm 11% de rejeição, cada. São rejeitados por 10%, cada, Renato Reichmann, e Tarcísio Fóglio. Não votariam de jeito nenhum em Prof. Mário Luiz Guide 9%.
Votariam em qualquer um dos candidatos ao governo do Estado de São Paulo 12% e não votariam em qualquer um deles 4%.
Eduardo Suplicy, com 43%, mantém favoritismo
O petista Eduardo Suplicy continua com grandes chances de permanecer no Senado, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha nos dias 18 e 19 de setembro. O percentual de eleitores do Estado de São Paulo que têm intenção de votar no candidato do PT subiu de 40% no levantamento realizado nos dias 4 e 5 de setembro para 43% hoje. O segundo colocado, Guilherme Afif, do PFL, subiu pela terceira vez seguida, de 11% para 14% das intenções de voto.
Alda Marco Antonio (PMDB) oscilou de 3% para 4% e Elza (PDT) se mantém com 2% das preferências. Atingem 1%, cada, os seguintes candidatos: Ana Prudente (PTC), Dr. Cury (PHS), João Dárcio (PTN), João Resende (PAN), Marcelo Reis Lobo (PSB), Luiz Carlos Prates, conhecido como Mancha (PSTU), Malek (PRONA), Prof. Antonio Carlos (PCO) e Rubens Pavão (PSDC).
Foram citados, mas não atingiram 1% das menções: Domingos Fernandes (PV), Félix Gil Fernandes (PRP),), Manoel Barbosa do Nascimento (PSC), Paulo Piasenti (PT do B), Raimundo Souza Teixeira (PRTB) e Ribamar Dantas (PMN).
Têm intenção de votar em branco ou anular seu voto para senador 11% (eram 12% na pesquisa anterior). O percentual de eleitores indecisos quanto a seu voto para o Senado caiu de 21% para 18%.
Entre os eleitores que têm intenção de votar em Suplicy, 65% não sabem que número devem digitar para a confirmação de seu voto para o Senado (131). Respondem corretamente 17%, quase o mesmo percentual dos que citam números errados (18%). Entre os que pretendem votar em Afif, 62% não sabem dizer o número de seu candidato (252), 16% respondem corretamente e 23% dão respostas incorretas.
Ainda não sabem dizer espontaneamente em quem vão votar para senador 56%. Eduardo Suplicy é citado de maneira espontânea por 22% e Guilherme Afif é mencionado por 9%.