Serra amplia vantagem entre eleitores mais escolarizados e de maior renda
Faltando 25 dias para o primeiro turno da eleição, o candidato do PSDB ao governo do Estado de São Paulo, José Serra, se mantém em primeiro lugar na disputa, com 49% das intenções de voto, 31 pontos à frente do segundo colocado, o petista Aloizio Mercadante, que tem 18% das preferências, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha nestas segunda e terça-feiras, dias 4 e 5 de setembro. Se a eleição fosse hoje, Serra estaria eleito no primeiro turno, com 59% dos votos válidos, isto é, excluídos votos em branco, nulos e os eleitores que se declaram indecisos.
Em relação ao levantamento anterior, realizado nos dias 21 e 22 de agosto, o candidato peessedebista oscilou um ponto para cima (tinha 48%), enquanto Mercadante manteve a mesma taxa obtida naquela pesquisa. O terceiro colocado, Orestes Quércia (PMDB), oscilou de 10% para 11% das preferências.
Carlos Apolinário (PDT) se manteve com 2% e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) novamente obtém 1% das intenções de voto, taxa obtida pela primeira vez por Cunha Lima (PSDC) e Cláudio de Mauro (PV). Foram citados, mas não atingiram 1% das menções, os seguintes candidatos: Anaí Caproni (PCO), Éder Xavier (PTC), Fred Correa (PTN), Pedro Viviani (PMN), Prof. Mario Luiz Guide (PSB), Sarli Jr. (PAN) e Tarcísio Fóglio (PSC). O nome do candidato do PRONA, Renato Reichmann, constava do cartão circular entregue aos entrevistados, mas ele não foi citado.
Se a eleição fosse hoje, 8% votariam em branco ou anulariam o voto para governador e 9% não saberiam em quem votar. Na pesquisa anterior essas taxas eram de, respectivamente, 8% e 10%.
O Datafolha ouviu 2026 eleitores em 64 municípios do Estado de São Paulo. A margem de erro máxima, para o total da amostra, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
José Serra ampliou ainda mais sua vantagem nos segmentos mais escolarizados e de maior renda do eleitorado.
Entre os que têm escolaridade superior, o peessedebista ganhou dez pontos percentuais, passando de 53% para 63% das intenções de voto, enquanto Aloizio Mercadante caiu de 23% para 17%, uma queda de seis pontos. Assim, a vantagem do tucano em relação ao segundo colocado entre os mais instruídos passou de 30 para 46 pontos percentuais em duas semanas, semelhante apenas à registrada em abril, quando o candidato obtinha 66% das intenções de voto nesse segmento, 47 pontos à frente de Mercadante.
Entre os que têm renda familiar mensal superior a dez salários mínimos, o tucano passou de 58% para 62% das preferências, enquanto a taxa de intenção de voto no candidato petista variou de 19% para 16%. No caso dos eleitores de maior renda, a vantagem de Serra em relação a Mercadante passou de 39 pontos percentuais na pesquisa anterior para 46 pontos hoje.
Aloizio Mercadante continua ganhando votos entre os eleitores que pretendem votar pela reeleição do presidente Lula, seu colega de partido. No entanto, além desse crescimento vir sendo lento demais, percentual expressivo dos eleitores que votam no candidato petista à Presidência ainda demonstram intenção de votar em Serra para presidente. Hoje, 38% dos eleitores que têm intenção de votar em Lula para presidente votam em Mercadante para governador; eram 34% na pesquisa de 21 e 22 de agosto. Já o percentual dos que votam no candidato petista ao Planalto e no postulante tucano ao Palácio dos Bandeirantes oscilou de 31% para 32%.
A simulação de segundo turno mostra que Serra ampliou um pouco sua vantagem em relação a seu principal adversário no momento.
Em um eventual segundo turno contra Mercadante, o candidato tucano teria 62% dos votos, enquanto 28% dos eleitores paulistas dariam seu voto ao petista. Na pesquisa anterior, Serra vencia por 60% a 29%. Ou seja, a vantagem do peessedebista aumentou de 31 para 34 pontos percentuais.
O percentual dos que dizem, espontaneamente, que vão votar em José Serra para governador subiu de 23% na pesquisa de 21 e 22 de agosto para 27% hoje. As menções espontâneas a Aloizio Mercadante oscilaram de 9% para 10% e a taxa dos que citam Orestes Quércia oscilou de 3% para 4%. Não sabem dizer, antes que lhes sejam apresentados os nomes dos candidatos na disputa, em quem vão votar para governador em outubro, 46%, taxa seis pontos inferior à registrada no levantamento anterior (52%).
A taxa de rejeição a Orestes Quércia oscilou dois pontos para baixo: hoje, 24% dos eleitores paulistas não votariam de jeito nenhum no ex-governador paulista no primeiro turno da eleição. Na pesquisa anterior, eram 26%. Como o percentual dos que dizem que não votariam de jeito nenhum em Aloizio Mercadante oscilou para cima, de 20% para 21%, os candidatos do PMDB e do PT empatam como os mais rejeitados pelo eleitorado do Estado, em razão da margem de erro. José Serra, por sua vez, viu a rejeição a seu nome oscilar para baixo, de 18% para 17%.
Carlos Apolinário é rejeitado por 13% e Cunha Lima e Plínio de Arruda Sampaio por 10%, cada. Éder Xavier, Fred Correa e Pedro Viviani têm 9% de rejeição, cada. São rejeitados por 8%, cada: Anaí Caproni, Cláudio de Mauro, Renato Reichmann, Roberto Siqueira e Tarcísio Fóglio. Não votariam de jeito nenhum em Prof. Mário Luiz Guide 7%, idêntico percentual de rejeição obtido por Sarli Jr.
*Eduardo Suplicy mantém liderança na disputa por vaga no senado
Guilherme Afif sobe de 6% para 11% das intenções de voto*
A pesquisa realizada pelo Datafolha nos dias 4 e 5 de setembro mostra que o petista Eduardo Suplicy oscilou para baixo na disputa para permanecer no Senado na legislatura que se inicia em 2007, enquanto o segundo colocado, Guilherme Afif (PFL) ganhou cinco pontos percentuais. No entanto, essas variações não foram suficientes para tirar o favoritismo de Suplicy, que, com 40% das intenções de voto, está 29 pontos percentuais à frente do pefelista, que obtém 11% das preferências. Pesquisa realizada nos dias 21 e 22 de agosto mostrava Suplicy com 42% e Afif com 6%. Alda Marco Antonio (PMDB) oscilou de 2% para 3% e Elza (PDT) se mantém com 2% das preferências. Atingem 1%, cada, os seguintes candidatos: Ana Prudente (PTC), Dr. Cury (PHS), João Dárcio (PTN), João Resende (PAN), Marcelo Reis Lobo (PSB), Luiz Carlos Prates, conhecido como Mancha (PSTU), Prof. Antonio Carlos (PCO) e Raimundo Souza Teixeira (PRTB).
Foram citados, mas não atingiram 1% das menções: Domingos Fernandes (PV), Félix Gil Fernandes (PRP), Malek (PRONA), Manoel Barbosa do Nascimento (PSC), Paulo Piasenti (PT do B), Ribamar Dantas (PMN) e Rubens Pavão (PSDC).
Têm intenção de votar em branco ou anular seu voto para senador 12% (eram 13% na pesquisa anterior).
A 25 dias da eleição, o percentual de eleitores indecisos quanto a seu voto para o Senado voltou a cair, mas é ainda bastante expressivo: um em cada cinco (21%) ainda não sabem em quem vão votar para senador (eram 24% no levantamento anterior), mesmo depois de o pesquisador do Datafolha apresentar o cartão circular com os nomes de todos os candidatos. Quando se trata da intenção de voto espontânea, o percentual de eleitores que não sabem dizer em quem vão votar para senador chega a 60%. Eduardo Suplicy é citado espontaneamente por 18% e Guilherme Afif é mencionado por 7%.
*Taxas de reprovação a Lembo e a Kassab diminuem
Taxas de aprovação, no entanto, não mudam, e mais eleitores não sabem opinar sobre desempenho de governador e prefeito*
A reprovação ao desempenho do governador do Estado de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), caiu cinco pontos percentuais de julho para hoje, segundo pesquisa do Datafolha realizada nos dias 4 e 5 de setembro. No entanto, esse recuo na reprovação não significou uma melhora na aprovação, mas variações nas taxas dos que consideram o governador regular e dos que declaram não saber opinar a respeito de seu desempenho.
Após cinco meses no governo, o percentual de eleitores paulistas que acham que Lembo está fazendo um governo ruim ou péssimo caiu de 37% no levantamento de julho para 32% hoje. Já a taxa dos que o consideram ótimo ou bom se manteve em 15% e a dos que dizem que seu governo vem sendo regular oscilou de 35% para 37%. Não sabem opinar a respeito do desempenho do governador paulista 16%, taxa três pontos superior à verificada no levantamento anterior (13%).
A nota média atribuída ao governador, em uma escala de zero a dez, passou de 4,0 em julho para 4,3 hoje.
Algo semelhante ocorreu em relação à avaliação do desempenho do prefeito da cidade de São Paulo, o também pefelista Gilberto Kassab. O percentual dos que consideram o desempenho de Kassab ruim ou péssimo caiu quatro pontos percentuais, de 33% para 29%, enquanto a taxa dos que acham que ele vem fazendo um governo ótimo ou bom se manteve em 16% e a dos que o classificam como regular permaneceu em 39%. Já a taxa dos que não sabem opinar a respeito do desempenho do prefeito da capital subiu de 12% para 16%.
Kassab recebe hoje dos eleitores paulistanos nota média 4,2. Em julho, ele recebia nota 4,0.
O Datafolha ouviu 2026 eleitores em 64 municípios do Estado de São Paulo, e a margem de erro máxima, para o total da amostra, é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Na capital foram ouvidos 1089 eleitores, e a margem de erro máxima é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.