José Fogaça lidera disputa, com 29% das intenções de voto

DE SÃO PAULO

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A primeira pesquisa realizada pelo Datafolha após a oficialização das candidaturas à prefeitura de Porto Alegre mostra o atual prefeito da cidade, e candidato à reeleição, José Fogaça, do PMDB, liderando a disputa, com 29% das intenções de voto. O segundo lugar é disputado por Maria do Rosário, do PT, que obtém 20%, e Manuela, do PC do B, que atinge 18% das preferências. A petista e a comunista empatam, quando se leva em consideração a margem de erro da pesquisa, de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Vêm a seguir Luciana Genro, do PSOL, com 8%, Onyx, do DEM, com 5%, Nelson Marchezan Junior, do PSDB, Vera Guasso, do PSTU, e Rogowski, do PHS, com 1%, cada.

Se a eleição para prefeito de Porto Alegre fosse hoje, 8% votariam em branco ou anulariam o voto, e 9% se declaram indecisos.

Foram ouvidos 830 moradores da cidade de Porto Alegre, a partir dos 16 anos de idade, nos dias 23 e 24 de julho de 2008.

Dizem espontaneamente (antes da apresentação dos cartões circulares com os nomes registrados na Justiça Eleitoral) que vão votar em José Fogaça para prefeito de Porto Alegre 12%. Maria do Rosário é citada espontaneamente por 8%, e dizem que vão votar em Manuela 7%. Luciana Genro é citada de maneira espontânea por 2% e Onyx obtém 1% das menções espontâneas.

O percentual dos que não sabem dizer de maneira espontânea em quem vão votar para prefeito de Porto Alegre em outubro chega a 61%. A taxa dos que afirmam que pretendem votar em branco ou anular é de 6%.

José Fogaça atinge 39% entre os eleitores de maior renda

José Fogaça atinge 39% das intenções de voto entre os eleitores que têm renda familiar mensal acima de 10 salários mínimos, taxa dez pontos percentuais acima da média. O atual prefeito obtém taxas de intenção de voto semelhantes entre os que têm apenas o ensino fundamental (32%) e entre os que têm nível superior de escolaridade (34%). Algo semelhante ocorre no que diz respeito à classificação econômica: entre os que fazem parte das classes A e B ele obtém 32% das preferências e, no outro extremo, entre os que integram as classes D e E, tem 34%. Entre os que têm 60 anos ou mais a intenção de voto no prefeito chega a 44%. Entre os que são evangélicos pentecostais, Fogaça chega a 35%, mesmo percentual que obtém entre os que não fazem parte da População Economicamente Ativa (PEA) e entre os que se declaram pardos.

Entre os que consideram a administração do peemedebista ótima ou boa, 63% dizem que têm intenção de votar por sua reeleição.

Já Maria do Rosário obtém 27% de intenção de voto entre os que reprovam a administração de José Fogaça. Entre os que se dizem espíritas, a petista obtém 25%, percentual idêntico ao que Fogaça atinge nesse segmento.

Manuela, a mais jovem entre os candidatos, e que foi eleita vereadora aos 23 anos, chega a 31% das intenções de voto entre os que têm de 16 a 24 anos, empatando com José Fogaça, que obtém 28% nesse estrato.

Luciana Genro obtém seu melhor índice (12%) entre os eleitores com nível superior de escolaridade. Onyx chega a 11% entre os que fazem parte das classes D e E.

25% não votariam de jeito nenhum em José Fogaça

Se José Fogaça lidera a disputa pela prefeitura, ele também está à frente quando se trata do ranking de rejeição aos candidatos a prefeito. Afirmam que não votariam nele de jeito nenhum no primeiro turno da eleição 25% dos eleitores de Porto Alegre.

As candidatas que dividem a segunda colocação na pesquisa têm taxas de rejeição menores: não votariam de forma alguma em Maria do Rosário 15%, e rejeitam a candidatura de Manuela 14%.

Onyx é rejeitado por 19% e Vera Guasso não receberia o voto, sob hipótese alguma, de 16%.

Vêm a seguir Luciana Genro (13% de rejeição), Nelson Marchezan Junior (12%) e Rogowski (10%).

Votariam em qualquer um dos candidatos 7%, mesmo percentual dos que não votariam em nenhum deles.

42% dos eleitores de Porto Alegre afirmam que seu voto ainda pode mudar

A maioria (56%) dos eleitores de Porto Alegre que declaram intenção de votar em um candidato ou que pretendem votar em branco ou anular o voto afirmam estar totalmente decididos quanto à sua decisão. Percentual significativo (42%), no entanto, diz que seu voto ainda pode mudar.

Entre os eleitores que dizem ter a intenção de votar em branco ou anular o voto, 62% se dizem totalmente convictos de sua decisão, taxa seis pontos acima da média.

Os menos convictos são os que têm intenção de votar em Luciana Genro: 54% deles afirmam que seu voto ainda pode mudar. Cerca de um quinto (22%) desses eleitores, caso mudem de ideia antes de confirmar seu voto na urna eletrônica, dizem que Maria do Rosário seria a candidata com mais chance de receber seu voto.

Entre os que têm intenção de votar em Maria do Rosário, 55% se dizem totalmente decididos, mesmo percentual registrado entre os potenciais eleitores de Manuela.

Dos potenciais eleitores de Manuela que ainda podem mudar de voto, 14% afirmam que Maria do Rosário seria provavelmente a candidata beneficiada com sua mudança de posição; 10% citam José Fogaça.

Dos que hoje votam em Maria do Rosário e admitem que seu voto ainda pode mudar, 12% afirmam que Luciana Genro seria a candidata com mais chances de receber seu voto em caso de mudança; 9% citam Manuela.

Entre os que pretendem votar no atual prefeito, José Fogaça, 58% se dizem totalmente decididos. Os eleitores que hoje têm intenção de votar no atual prefeito e afirmam que ainda podem mudar se dividem: 6% provavelmente votariam em Onyx e 5% dariam seu voto a Maria do Rosário, percentual idêntico ao dos que poderiam optar por Luciana Genro ou por Manuela.

Entre os que têm intenção de votar em Onyx, 60% se dizem totalmente certos de seu voto. Dos 40% que ainda podem mudar, 18% provavelmente optariam por José Fogaça e 13% dariam seu voto a Manuela.

Dos entrevistados que têm intenção de votar em algum dos candidatos, 54% dizem que ele é o candidato ideal e 40% afirmam que não há opção melhor.

Os potenciais eleitores do líder da disputa, José Fogaça, se dividem: 49% dizem que votam nele por considerá-lo o candidato ideal e 48% afirmam não haver opção melhor.

Entre os eleitores que têm intenção de votar em Onyx, chega a 68% a taxa dos que dizem que votam nele convictos de que o candidato do DEM é o nome ideal. Essa taxa é de 61% entre os que pretendem votar em Manuela e de 54% entre os que hoje votariam em Maria do Rosário ou em Luciana Genro.

A maioria (72%) dos eleitores que se declaram indecisos dizem que ainda estão se informando sobre os candidatos, e acham cedo para decidir o voto. Segundo 14%, nenhum dos candidatos está preparado para ser prefeito, e por isso ainda não decidiu como votar. De acordo com 1%, há mais de um candidato preparado para ser prefeito, e que poderia receber seu voto, vindo daí sua indecisão.

Aos que se dizem indecisos, foi indagado qual seria o candidato com mais chance de receber seu voto. José Fogaça é citado por 13%, seguido por Manuela (9%), Maria do Rosário, Luciana Genro (4%, cada) e Vera Guasso (1%).

Dos eleitores que declaram que vão votar em branco ou anular o voto, 46% afirmam que tomarão essa atitude como uma forma de protesto. Dizem que vão votar em branco ou anular o voto porque nenhum dos candidatos é suficientemente preparado para ser prefeito 36%.

José Fogaça é considerado regular por 43%; para 30%, ele faz governo ótimo ou bom

Um terço (30%) dos eleitores de Porto Alegre considera o governo do prefeito José Fogaça, do PMDB, ótimo ou bom. A maior parte (43%) acha que ele vem fazendo um governo regular e para 25% ele está tendo um desempenho ruim ou péssimo.

Em relação à última pesquisa realizada pelo Datafolha sobre a avaliação do prefeito da capital do Rio Grande do Sul, em novembro de 2007, não foram registradas mudanças significativas: naquela ocasião, Fogaça era considerado ótimo ou bom por 26%, regular por 48% e ruim ou péssimo por 23%.

Em uma escala que vai de zero a dez, Fogaça obtém nota média 5,3.

A aprovação ao prefeito e candidato à reeleição chega a 41% entre os que têm renda familiar mensal acima de dez salários mínimos, a 40% entre os que têm 60 anos ou mais de idade e a 39% entre os que se declaram evangélicos pentecostais. Entre os que têm intenção de votar no atual prefeito no primeiro turno da eleição deste ano, 64% consideram seu governo ótimo ou bom.

Os eleitores mais críticos ao prefeito são os que declaram intenção de votar em Luciana Genro: 46% deles consideram o governo do peemedebista ruim ou péssimo.

São Paulo, 24 de julho de 2008.