Marta, com 36% das intenções de voto, e Alckmin, com 32%, dividem liderança em São Paulo

DE SÃO PAULO

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Faltando pouco mais de dois meses para o primeiro turno da eleição para a prefeitura de São Paulo, a candidata do PT, Marta Suplicy, com 36% das intenções de voto, empata com Geraldo Alckmin, do PSDB, que obtém 32% das preferências, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha ontem, 23, e hoje, 24 de julho. Em relação ao levantamento anterior, realizado nos dias 3 e 4 desse mês, Marta oscilou dois pontos percentuais para baixo (tinha 38%) e Alckmin oscilou um ponto para cima (tinha 31%). Assim, a vantagem da petista sobre o tucano, que era de sete pontos, superando a margem de erro, de três pontos, passou a ser de quatro pontos percentuais. Considerando a margem de erro, a real taxa de intenção de voto em Marta, hoje, pode ser de, no mínimo, 33%, e, no máximo, 39%. Alckmin se situa em uma faixa que vai de 29% a 35% das intenções de voto.

O atual prefeito, Gilberto Kassab, oscilou dois pontos para baixo em relação à pesquisa anterior: o candidato à reeleição pelo DEM passou de 13% para 11% das preferências, e empata com o ex-prefeito Paulo Maluf, do PP, que obtém 8%, mesma taxa registrada no começo do mês.

Soninha (PPS) oscilou de 1% para 2% das intenções de voto. Ciro (PTC) e Ivan Valente (PSOL) atingem 1%, taxa que não chegavam a obter na pesquisa anterior. Anaí Caproni (PCO), Edmilson Costa (PCB), Levy Fidelix (PRTB) e Renato Reichmann (PMN) foram citados, mas não atingem 1%.

Se a eleição fosse hoje, 6% votariam em branco ou anulariam o voto. Não saberiam em quem votar 3%.

Foram ouvidos 1099 eleitores da cidade de São Paulo, a partir dos 16 anos de idade.

O percentual dos que dizem espontaneamente, antes da apresentação dos cartões circulares com os nomes dos candidatos, que gostariam de votar em Marta Suplicy para a prefeitura, oscilou de 19% na pesquisa anterior para 22% hoje. A taxa dos que citam Geraldo Alckmin de maneira espontânea oscilou de 11% para 13%. Gilberto Kassab, que chegou a obter 13% de menções espontâneas em maio, obtém hoje 7%, empatando com Paulo Maluf, citado espontaneamente por 5%.

O percentual dos que não sabem dizer espontaneamente em quem gostariam de votar para prefeito caiu seis pontos percentuais (de 49% para 43%) e a taxa dos que afirmam de maneira espontânea que pretendem votar em branco ou anular oscilou de 6% para 7%.

Se segundo turno fosse hoje, Alckmin teria 51%, e Marta 43%

Se o segundo turno fosse realizado hoje, e disputado entre Geraldo Alckmin e Marta Suplicy, 51% votariam no peessedebista, ante 43% que dariam seu voto à candidata petista. A vantagem de oito pontos percentuais do candidato tucano supera a margem de erro da pesquisa. Na pesquisa anterior, oorria empate: o peessedebista obtinha 50%, cinco pontos à frente da ex-prefeita, que atingia 45%.

Contra Gilberto Kassab, Marta venceria por 52% a 37%, uma vantagem de 15 pontos percentuais. Na pesquisa anterior, a diferença entre os dois era de 19 pontos (55% para a petista, 36% para o candidato do DEM).

Se a disputa ficasse entre Alckmin e Kassab, o peessedebista teria, hoje, 62% do total de votos, ou 38 pontos percentuais a mais do que o atual prefeito, que atingiria 24%. No começo do mês, o peessedebista atingia 59% e o candidato do DEM obtinha 25% (diferença de 34 pontos).

Rejeição a Marta sobe de 30% para 34%

O percentual dos eleitores da cidade de São Paulo que não votariam em Marta Suplicy, no primeiro turno da eleição, subiu quatro pontos percentuais em relação à pesquisa anterior: eram 30% no começo do mês, são 34% hoje. A taxa dos que não votariam de jeito nenhum em Geraldo Alckmin se manteve em 18%. A rejeição a Gilberto Kassab oscilou de 30% para 31%.

A taxa dos que não votariam de jeito nenhum em Paulo Maluf oscilou de 55% para 56%.

Quanto aos demais candidatos, Levy Fidelix é o que atinge maior taxa de rejeição (15%), seguido por Ciro (14%), Soninha (11%), Anaí Caproni, Ivan Valente, Renato Reichmann (8%, cada) e Edmilson Costa (7%).

Votariam em qualquer um dos candidatos 2%, e não votariam em nenhum deles 3%.

72% afirmam ter convicção sobre seu voto; 26% afirmam que seu voto ainda pode mudar

A maioria (72%) dos eleitores que declaram intenção de votar em um dos candidatos a prefeito, ou que pretendem votar em branco ou anular o voto, afirmam ter total convicção de sua decisão. Um quinto (26%) afirma que seu voto ainda pode mudar.

Entre os que têm intenção de votar em Marta Suplicy o percentual dos que se dizem totalmente decididos chega a 79%. Essa taxa é de 78% entre os que declaram que vão votar em Paulo Maluf, de 69% entre os que pretendem votar em Geraldo Alckmin e de 66% entre os potenciais eleitores de Gilberto Kassab.

Dentre os 21% dos que, hoje, votariam em Marta, mas afirmam que ainda podem mudar, 10% dizem que Geraldo Alckmin seria o candidato com mais chance de receber seu voto; 4%, possivelmente, votariam pela reeleição de Gilberto Kassab. Entre os que, hoje, têm intenção de votar em Alckmin, mas não estão totalmente decididos (30%), 9% provavelmente votariam em Marta, mesmo percentual dos que poderiam votar em Gilberto Kassab.

Cerca de um terço (33%) dos que hoje declaram intenção de votar em Gilberto Kassab afirmam que seu voto ainda pode mudar. Desses, 17% afirmam que o candidato com mais chance de receber seu voto seria Geraldo Alckmin; 6% provavelmente votariam em Marta.

Entre os que têm intenção de votar em Paulo Maluf, 22% dizem que seu voto ainda pode mudar. Desses, 10% dizem que Geraldo Alckmin seria o candidato com mais chance de receber seu voto; 8% citam Marta.

A maioria (65%) afirma que o candidato no qual declara intenção de votar em outubro é o nome ideal. Cerca de um terço (34%), porém, diz que vai votar nesse candidato por não haver opção melhor.

Entre os que têm intenção de votar em Marta Suplicy, 70% opinam que ela é a candidata ideal; 74% dos que votam em Paulo Maluf pensam assim a respeito de seu candidato. Entre os que pretendem votar em Geraldo Alckmin, 59% acham que ele é o candidato ideal; entre os que têm intenção de votar pela reeleição do atual prefeito, Gilberto Kassab, essa taxa é de 62%.

Dos eleitores que declaram que vão votar em branco ou anular o voto, 45% afirmam que vão tomar essa atitude porque nenhum dos candidatos é suficientemente preparado para ser prefeito. Dizem que vão votar em branco ou anular o voto como uma forma de protesto 35%; entre os que têm nível superior de escolaridade essa taxa chega a 43%.

Avaliação de Kassab se mantém estável; prefeito é aprovado por 35%

A avaliação do prefeito Gilberto Kassab se mantém estável: em relação ao levantamento anterior, realizado nos dias 3 e 4 de julho, o percentual dos eleitores da cidade de São Paulo que consideram a administração do prefeito do DEM ótima ou boa oscilou de 33% para 35%. A taxa dos que acham que Kassab está fazendo um governo regular oscilou de 38% para 37% e a dos que pensam que ele está sendo ruim ou péssimo passou de 26% para 25%.

A nota média, em uma escala de zero a dez, que era 5,3, é hoje 5,2.

São Paulo, 24 de julho de 2008.