Crivella (PRB) mantém liderança na disputa pela prefeitura do Rio, com 24%; Jandira Feghali e Eduardo Paes estão empatados em segundo lugar

DE SÃO PAULO

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Com 24% das intenções de voto, equivalente ao observado no levantamento anterior, em 03 e 04 de julho (26%), Marcelo Crivella (PRB) segue liderando a disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro, a pouco mais de dois meses das eleições em outubro. É o que revela a segunda pesquisa para prefeito realizada pelo Datafolha em 2008, e a primeira após a homologação dos candidatos no Tribunal Regional Eleitoral.

Jandira Feghali (PCdoB), com 16% das menções, e Eduardo Paes (PMDB), com 13%, empatam, dentro da margem de erro, em segundo lugar. O candidato peemedebista, que tem o apoio do governador Sérgio Cabral, passa de 9% para 13% em vinte dias.

Com taxas menos expressivas de intenção de voto, seguem: Gabeira (PV) com 7%, e Solange (DEM) com 5%, Chico Alencar (PSOL) tem 3%, Molon (PT) e Paulo Ramos (PDT) obtém 2% cada, e Vinícius Cordeiro, 1%. Eduardo Serra (PCB), Filipe Pereira (PSC) e Antonio Carlos (PCO) não atingem 1% de menções. Declaram pretensão de votar em branco ou anular o voto 16%, e 10% mostram-se indecisos.

O Datafolha ouviu 928 eleitores de 16 anos ou mais, nos dias 23 e 24 de julho de 2008. A margem de erro máxima, para o total da amostra, é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Marcelo Crivella tem desempenho acima da média entre os eleitores de 25 a 34 anos (31%), entre os que têm renda familiar até dois salários mínimos (29%), entre os simpatizantes do PDT (30%), entre os que pertencem às classes C, D e E (28%, em média, contra 17% das classes A e B) e, principalmente, entre os evangélicos pentecostais (49%).

Jandira Feghali sai-se melhor entre as mulheres (18%, ante 14% entre os homens), entre os mais escolarizados (21%) e os simpatizantes do PT (28%). Já, Eduardo Paes obtém suas maiores taxas entre os que não trabalham atualmente (19%) e entre os que avaliam como ótimo ou bom o governo de Cesar Maia (20%), enquanto que o eleitorado de Gabeira destaca-se entre os que pertencem às classes A e B (13%), os mais escolarizados (17%) e os que têm renda familiar acima de dez salários mínimos (20%). Solange, por sua vez, é mais citada pelas classes D e E (12%).

Quando inquiridos a citarem espontaneamente um candidato, Marcelo Crivella aparece em primeiro, com 8% das menções, seguido de perto por Jandira Feghali e Eduardo Paes, citados por 3%, cada. Gabeira é mencionado por 2% dos entrevistados; Solange e Molon por 1%, cada. Chico Alencar, Vinícius Cordeiro e Paulo Ramos não alcançam 1%, e Antonio Carlos não é citado. Declararam espontaneamente que votariam em branco ou que anulariam o voto 13%, enquanto 66% não souberam tomar nenhuma posição, na situação sem a apresentação de candidatos.

Se o segundo turno das eleições para prefeito fosse hoje, Jandira Feghali seria a candidata preferida, por 45% dos eleitores, em eventual disputa com o candidato Marcelo Crivella, escolhido por 38%.

A candidata do PCdoB seria escolhida, principalmente, por 51% dos eleitores pertencentes às classes A e B, por 52%, em média, dos que têm renda acima de cinco salários mínimos, por 53% dos entrevistados com curso superior, além de 60% dos que se declaram eleitores de Eduardo Paes no primeiro turno, e 57% dos simpatizantes do PT.

Já, escolheriam Marcelo Crivella principalmente os mais jovens (47%), os pertencentes às classes D e E e os menos escolarizados (46%, cada), os simpatizantes do PMDB (44%) e os evangélicos pentecostais (67%).

Crivella é rejeitado por 31%

Apesar de liderar a disputa, Marcelo Crivella apresenta a maior rejeição entre todos os candidatos: 31% não votariam nele de jeito nenhum. Gabeira, com 21%, e Solange, com 18%, empatam como em segundo como nomes rejeitados. Jandira Feghali e Eduardo Paes apresentam menor rejeição: 14% e 12%, respectivamente. Molon tem 10%, Chico Alencar e Paulo Ramos são rejeitados por 9% do eleitorado carioca, cada, e Eduardo Serra por 8%.

Rejeitam Marcelo Crivella principalmente os entrevistados com curso superior (45%), os que têm renda entre cinco e dez salários mínimos (44%) ou acima disso (49%), e os simpatizantes do PT (42%).

Em relação ao último levantamento, realizado no começo do mês, observa-se aumento da rejeição a Gabeira, de 16% para 21% agora.

66% dos eleitores de Marcelo Crivella estão decididos quanto ao voto

Entre os que já têm candidato ou que pretendem votar em branco ou anular o voto, a maioria (58%) afirma que está totalmente decidida em relação à escolha, ante 41% que ainda poderiam mudar de opinião. Os eleitores de Marcelo Crivella mostram-se os mais decididos (66%), bem como os mais velhos (68%), os que desaprovam a gestão de Cesar Maia (66% entre os que o avaliam como ruim ou péssimo). Já, entre os que ainda poderiam mudar o voto, destacam-se os eleitores de Solange (55%), os de Eduardo Paes (51%) e os de Gabeira (49%).

Jandira Feghali (9%) ou Marcelo Crivella (6%) seriam as principais opções para os que não estão totalmente decididos quanto à sua escolha, enquanto Eduardo Paes seria a segunda opção para 5% dos eleitores indecisos, e Solange para 4%. Vale notar que Feghali seria a outra opção para 16% dos eleitores indecisos de Eduardo Paes e para 15% dos que não estão totalmente decididos a votar em Gabeira.

Metade dos eleitores que já tem algum candidato (51%) consideram-no o ideal para ser o próximo prefeito, principalmente os que declaram voto em Marcelo Crivella (59%) e em Chico Alencar (61%), além dos eleitores mais velhos (60%). Por outro lado, 55% dos que votariam hoje em Eduardo Paes, e 61% dos que declaram voto em Solange consideram-nos a melhor opção entre as existentes, mas não o candidato ideal.

A percepção de que nenhum dos candidatos é suficientemente preparado para ser prefeito é o motivo de 66% dos que se declaram que votariam em branco ou anulariam o voto, se as eleições fossem hoje, enquanto para 29% desses, este seria um voto de protesto.

Já, dos 10% de eleitores, do total da amostra, que não sabem ainda se posicionar quanto ao voto, Jandira Feghali seria a candidata com maior chance de ser escolhida (por 19%), seguida de Marcelo Crivella (por 16%). A maioria desses eleitores indecisos (66%) considera cedo para tomar uma decisão, procurando ainda se informar melhor sobre os candidatos, enquanto 20% têm dúvida por não achar nenhum deles realmente preparado para assumir o cargo. Já, 6% acham que há mais de um candidato preparado para tal.

Para 40%, o governo de Cesar Maia é regular, para 36%, é ruim ou péssimo
Prefeito carioca alcança nota média de 4,7

Em seu quarto mandato como prefeito da cidade do Rio de Janeiro, e completando sete anos e sete meses de governo no segundo mandato consecutivo, cresce a parcela dos que desaprovam o governo de Cesar Maia: de 29% há vinte dias (03 e 04 de julho) para 36% agora. Consideram seu governo ruim ou péssimo principalmente os mais escolarizados (41%) e os que declaram renda familiar acima de dez salários mínimos (49%).

Já, a parcela dos que avaliam-no como ótimo ou bom alcança 22%, e 40% consideram-no regular, parcela que era de 43% em pesquisa de 03 4 04 de julho.

Em uma escala de zero a dez, Maia obtém 4,7 de nota média, sendo que 19% atribuem-lhe zero e outros 19% atribuem-lhe nota 5.

São Paulo, 24 de julho de 2008.