Marta é líder isolada, com 38% das intenções de voto

DE SÃO PAULO

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A primeira pesquisa realizada pelo Datafolha após a oficialização das candidaturas à prefeitura de São Paulo mostra a ex-prefeita de São Paulo e candidata do PT, Marta Suplicy, liderando a disputa, com 38% das intenções de voto, sete pontos à frente do ex-governador paulista e candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, que atinge 31% das preferências. A vantagem de Marta sobre Alckmin supera a margem de erro máxima da pesquisa, de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Vêm a seguir o atual prefeito, Gilberto Kassab, do DEM, com 13% das intenções de voto, e o ex-prefeito Paulo Maluf, do PP, com 8%.

Soninha, do PPS, atinge 1%. Levy Fidelix (PRTB), Ciro Moura (PTC), Renato Reichman (PMN) e Ivan Valente (PSOL) foram citados, mas não atingem 1% das menções. Os nomes de Anaí Caproni (PCO) e Edmilson Costa (PCB) constavam do cartão circular apresentado aos entrevistados, mas não foram citados por nenhum dos entrevistados.

Se a eleição fosse hoje, 5% votariam em branco ou anulariam o voto. Não saberiam em quem votar 3%.

Foram ouvidos 1085 moradores da cidade de São Paulo, a partir dos 16 anos de idade, nos dias 3 e 4 de julho de 2007.

Não é possível comparar o resultado da atual pesquisa com os levantamentos feitos antes da oficialização das candidaturas. Nas pesquisas anteriores, os nomes de Aldo Rebelo (PC do B) e Paulinho (PDT) constavam de todos os cenários testados pelo Datafolha. Luiza Erundina (PSB) também era incluído em parte das simulações. Hoje, os três fazem parte da base de apoio à candidata petista (o deputado comunista é o vice na chapa). Além disso, constava em todos os cenários o nome de Zulaiê Cobra (então no PHS, hoje sem partido), que agora apoia a candidatura de Gilberto Kassab.

No levantamento de maio, Marta e Alckmin empatavam, dentro da margem de erro, nos cinco cenários investigados; dependendo do cenário, a petista obtinha percentuais que iam de 30% a 34%, e o peessedebista atingia entre 28% e 32%. Luiza Erundina atingia 5% ou 6% das intenções de voto, Paulinho ficava entre 2% e 3% e Aldo (assim como Zulaiê) atingia entre 1% e 2% das preferências.

Dizem espontaneamente, antes da apresentação dos cartões circulares com os nomes dos candidatos, que gostariam de votar em Marta Suplicy para a prefeitura, 19%; em maio essa taxa era de 18%. O percentual dos que citam Gilberto Kassab espontaneamente oscilou de 13% para 8% e a taxa dos que mencionam Geraldo Alckmin foi de 9% para 11%. A taxa dos que dizem, de maneira espontânea, que gostariam de votar em Paulo Maluf, oscilou de 3% para 2%.

O percentual dos que não sabem dizer espontaneamente em quem gostariam de votar para prefeito em outubro subiu 12 pontos percentuais, tendo passado de 37% para 49%. A taxa dos que afirmam de maneira espontânea que pretendem votar em branco ou anular caiu de 10% para 6%.

Em simulação de segundo turno, agora Alckmin e Marta empatam

No caso de um segundo turno entre Geraldo Alckmin e Marta Suplicy, a vantagem do tucano, que era de 10 pontos percentuais em maio, caiu pela metade, e, hoje, ocorre um empate, dentro da margem de erro da pesquisa. No levantamento anterior, 52% diziam que votariam em Alckmin, ante 42% que optariam por Marta. Se um segundo turno entre os dois fosse realizado hoje, o peessedebista obteria 50% e a petista ficaria com 45% dos votos. Como a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, Alckmin tem entre 47% e 53% e Marta se situa em uma faixa que vai de 42% a 48% das intenções de voto.

Alckmin herdaria, hoje, a maior parte dos votos em Paulo Maluf e em Gilberto Kassab no primeiro turno. Entre os que votariam no atual prefeito no primeiro turno, 78% dariam seu voto ao tucano no segundo; apenas 19% votariam em Marta. Entre os que votariam no candidato do PP no primeiro turno, 61% optariam pelo peessedebista e 30% dariam seu voto à petista.

Marta praticamente dobrou percentualmente sua vantagem na simulação de um segundo turno contra Gilberto Kassab. Em maio ela vencia por dez pontos de diferença (51% a 41%). Hoje, 55% dos moradores da cidade votariam nela, ante 36% que votariam no atual prefeito (19 pontos de vantagem para a petista).

Kassab também perdeu pontos na simulação de um confronto com Geraldo Alckmin. Em maio, a vantagem do tucano era de 27 pontos percentuais (58% a 31%); hoje, ela é de 34 pontos (59% a 25%).

Se a disputa ficasse entre Marta e Kassab, 56% dos que têm intenção de votar em Alckmin no primeiro turno dariam seu voto ao prefeito do DEM no segundo. Se Alckmin disputasse o segundo turno contra o atual prefeito, 53% dos potenciais eleitores da petista optariam pelo tucano.

Marta e Kassab enfrentam 30% de rejeição; Alckmin é rejeitado por 18%

Apesar de ter assumido a liderança isolada da disputa pela prefeitura, Marta Suplicy enfrenta a rejeição de um terço dos moradores da capital paulista: 30% não votariam de forma alguma na petista no primeiro turno da eleição para prefeito. Esse percentual é idêntico ao obtido pelo prefeito Gilberto Kassab. Geraldo Alckmin leva vantagem nesse aspecto: apenas 18% dizem que não votariam, de jeito nenhum, nele para prefeito.

A rejeição a Marta Suplicy chega a 42% entre os que têm nível superior de escolaridade e a 40% entre os que têm renda acima de 10 salários mínimos, segmentos nos quais seus adversários, Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab, atingem maiores taxas de intenção de voto.

O candidato com maior taxa de rejeição é Paulo Maluf. A maioria (55%) dos moradores da capital afirma que não votaria de jeito nenhum no candidato do PP.

Não votariam de jeito nenhum em Soninha 11%, mesmo percentual dos que rejeitam Levy Fidelix. Vêm a seguir: Ciro Moura (9%), Ivan Valente, Anaí Caproni (7%, cada), Edmilson Costa e Renato Reichman (6%).

Votariam em qualquer um dos candidatos 2%, mesmo percentual dos que não votariam em nenhum deles.

Não é possível comparar os percentuais de rejeição aferidos nesta pesquisa com os do levantamento anterior em razão da inclusão dos nomes de alguns candidatos e da exclusão de outros.

Esta pesquisa é registrada no Tribuna Regional Eleitoral com o numero 01/000108-SPPE

São Paulo, 4 de julho de 2008.