Pesquisa realizada pelo Datafolha após o início do horário político gratuito eleitoral, revela que Márcio Lacerda (PSB) tem 21% das intenções de voto e Jô Moraes (PC do B) tem 17%. Considerando-se a margem de erro da pesquisa, que é de três pontos percentuais para mais ou para menos, os dois candidatos estão empatados em primeiro lugar. Márcio Lacerda cresceu quinze pontos percentuais (de 6% para 21%), em relação à pesquisa realizada nos dias 23 e 24 de julho. Jô Moraes teve uma oscilação negativa de três pontos (de 20% para 17%).
A seguir está Leonardo Quintão (PMDB), com 13%, (tinha 9%). Vanessa Portugal (PSTU), que no levantamento anterior tinha 6%, oscilou dois pontos para baixo e hoje está com 4%. Também com 4%, está Sérgio Miranda (PDT), que antes tinha 5%. Em seguida aparece Gustavo Valadares (DEM), com 2% (antes ele tinha 4%). André (PT do B) e Jorge Periquito (PRTB) que tinham 1% cada na pesquisa anterior, agora não atingem esse percentual. Pepê (PCO) não atingiu 1% das menções, assim como anteriormente. Votariam em branco ou nulo 14% dos eleitores, que na pesquisa anterior eram 22%. Indecisos, que eram 26%, agora somam 24%.
Foram ouvidos 829 eleitores nos dias 21 e 22 de agosto de 2008, na cidade de Belo Horizonte.
Na intenção de voto espontânea, Márcio Lacerda é lembrado por 11% dos eleitores (eram 2% na última pesquisa), enquanto Jô Moraes é citada por 5% (mesmo percentual que o anterior). Leonardo Quintão, que antes não atingia 1% das menções, agora está com 3%. Sérgio Miranda tem 1%. Outros candidatos somam 5%. Deram outras respostas 5%, votariam em branco ou nulo 7% (mesmo percentual da pesquisa passada), indecisos somam 68%.
Márcio Lacerda e Jô Moraes têm destaque entre os mais escolarizados e com maior renda
Márcio Lacerda tem melhor desempenho entre os homens (26%), entre aqueles com idade entre 25 e 34 anos e de 35 a 44 anos (26% e 25%, respectivamente), entre os que têm ensino superior (29%), e entre os com renda de mais de cinco a 10 salários mínimos e de mais de 10 salários (27% e 30%, respectivamente). Em comparação com o levantamento anterior, ele melhorou seu desempenho em todos os segmentos citados acima, sendo que entre os homens ele cresceu quinze pontos percentuais (de 9% para 15%), entre as faixas etárias de 25 a 34 anos e de 35 a 44 anos, as taxas anteriores eram de 5% e 8%, respectivamente, entre os que possuem nível superior a taxa era de 12% (crescimento de dezessete pontos percentuais), e entre os que possuem renda de mais de cinco a 10 salários, e os que recebem acima de 10 salários mínimos, os percentuais eram de 11% e 14%, respectivamente
Jô Moraes tem seu melhor desempenho entre os eleitores mais escolarizados (23%) e com renda acima de 10 salários mínimos (22%). No caso de seus eleitores com ensino superior, o percentual oscilou cinco pontos para cima (antes era 28%), e entre os de maior renda, houve uma queda de dois quatro pontos percentuais (antes eram 26%). Destaque também para a queda entre os eleitores acima de 60 anos, que antes eram 21% e agora são 10%.
Dentre os que afirmam votar em Leonardo Quintão, destacam-se os jovens de 16 a 24 anos (19%) e os que possuem renda de mais de cinco a 10 salários mínimos (17%). No caso dos jovens o crescimento foi nove pontos percentuais (antes eram 10%), e entre os que possuem a renda acima citada, o crescimento foi de dez pontos percentuais, antes eram 7%).
Se o segundo turno se desse entre Jô Moraes e Márcio Lacerda, há um empate na disputa: Jô Moraes com 34% contra 33% de Márcio Lacerda. Votariam em branco ou anulariam seu voto 14%. Indecisos são 19%. Entre os eleitores de Vanessa Portugal, 57% votariam na candidata do PC do B, e 41% dos que votariam em Leonardo Quintão, passariam seu voto para Jô Moraes. No caso de Márcio Lacerda, 34% dos que votariam em Leonardo Quintão, passariam a votar no candidato peessebista no segundo turno.
Numa situação em que a disputa aconteça entre Jô Moraes e Leonardo Quintão, a candidata do PC do B venceria as eleições por 38% a 28%. Votariam em branco ou nulo, 17%, e 18% estão indecisos.
Numa terceira situação, se Jô Moraes fosse para o segundo turno com Vanessa Portugal, Jô Moraes venceria por 44% a 18%. Votariam em branco ou nulo, 20%. Não saberiam em quem votar, 18%.
Se Jô Moraes enfrentasse Sérgio Miranda no segundo turno, a candidata ganharia por 43% a 18%. Nessa situação, votos brancos e nulos somam 19% e indecisos, 20%.
Ainda numa outra situação, se a candidata do PC do B enfrentasse o candidato democrata no segundo turno, Jô Moraes teria 46% e Gustavo Valadares ficaria com 14%. Votos em branco ou nulos somam 20%, assim como os indecisos.
Márcio Lacerda é o menos rejeitado
Pepê segue sendo o candidato mais rejeitado em Belo Horizonte: 22%. Jorge Periquito é rejeitado por 16% dos eleitores, Vanessa Portugal tem rejeição de 15%. André, Leonardo Quintão, Jô Moraes e Gustavo Valadares são rejeitados por 13% do eleitorado, cada um. Sérgio Miranda é rejeitado por 10%. Márcio Lacerda é o menos rejeitado, 7% não votariam no candidato do PSB dos eleitores. Votariam em qualquer um ou não rejeitam nenhum candidato somam 13%. Rejeitam todos não votariam em nenhum dos candidatos 8%.
O percentual dos que acreditam que Márcio Lacerda vencerá as eleições em outubro é de 23%. Acreditam na vitória de Jô Moraes, 20%. Apostam que Leonardo Quintão será o vitorioso, 8%. Vanessa Portugal, Sérgio Miranda e Gustavo Valadares tem 2% cada. André e Pepê são citados mas não atingiram 1%. Não sabem dizer quem vencerá as eleições, 43%.
Do total de entrevistados, a maioria não sabe que número digitar na urna eletrônica para escolher seu candidato: 81%. Deram respostas corretas 12%, e 6% responderam incorretamente o número do candidato.
Dos eleitores de Márcio Lacerda, 25% sabem o número do candidato. Dos eleitores de Leonardo Quintão, 11% sabem seu número. Entre os eleitores de Jô Moraes e de Vanessa Portugal, 4% sabem o número de suas candidatas.
54% têm algum tipo de interesse pelo horário eleitoral
Dos eleitores de Belo Horizonte, 54% têm interesse no horário eleitoral gratuito na TV, seja muito interesse (15%) ou um pouco de interesse (39%). Mas 44% não têm nenhum interesse e não sabem são 2%.
Questionados se haviam assistido o início da propaganda eleitoral dos candidatos ao cargo de prefeito de Belo Horizonte, no dia 20, 67% afirmam não ter assistido ao horário eleitoral, contra 33% que acompanharam a exibição na TV.
Os que acham que o horário político na TV vai ser muito importante para decidir o seu voto, somam 37%. Os que acham que é nada importante, são 35% e 28% consideram o horário eleitoral um pouco importante.
76% aprovam gestão de Fernando Pimentel; nota atribuída ao prefeito é de 7,6
A pesquisa Datafolha mostra também que, a maioria dos eleitores de Belo Horizonte (76%), avalia o governo de Fernando Pimentel como ótimo ou bom. No levantamento anterior esse percentual era de 74%, uma oscilação positiva de dois pontos percentuais.
Em relação a levantamentos anteriores, houve um crescimento de sua avaliação positiva. Na primeira pesquisa, realizada em maio de 2006, o governo de Fernando Pimentel era tido como ótimo ou bom para 64% dos entrevistados. Dois meses depois, em julho do mesmo ano, havia oscilado para 62%. Em março de 2007, a oscilação foi para cima, e seu governo foi considerado positivamente por 68% dos eleitores. Na pesquisa de novembro de 2007, 63% dos eleitores avaliaram de forma positiva seu governo. Houve um crescimento de onze pontos percentuais para a pesquisa de julho de 2008 (74%). Agora chega aos 76%.
Dos que avaliam positivamente seu governo, destacam-se os mais escolarizados (81%), e com renda de mais de cinco a 10 salários mínimos e de mais de 10 salários (82% e 80%, respectivamente).
A nota média atribuída ao desempenho do prefeito foi de 7,6, numa escala de 0 a 10 (a nota anterior tinha sido 7,4, um aumento de dois décimos). Aqueles que atribuem uma nota entre sete e dez somam 74% (antes era 72%).
Belo Horizonte, 22 de agosto de 2008