José Fogaça segue na liderança, com 31% das intenções de voto

DE SÃO PAULO

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A segunda pesquisa realizada pelo Datafolha após a oficialização das candidaturas à prefeitura de Porto Alegre mostra que o atual prefeito da cidade, e candidato à reeleição, José Fogaça, do PMDB, oscilou de 29% das intenções de voto no final de julho para 31% hoje, e se mantém na liderança isolada da disputa. O segundo lugar continua sendo disputado por Maria do Rosário, do PT, que se manteve com 20%, e Manuela, do PC do B, que, oscilou de 18% para 19% das preferências. O empate entre as duas ocorre em razão da margem de erro da pesquisa, de três pontos percentuais, para mais ou para menos. Trata-se da primeira pesquisa após o início do horário eleitoral gratuito dos candidatos a prefeito, que começou a ser veiculado pelo rádio e pela TV na quarta-feira, dia 20.

Luciana Genro, do PSOL, oscilou de 8% para 6%. Onyx, do DEM, continua com 5% e Nelson Marchezan Junior, do PSDB, oscilou de 1% para 2%. Rogowski, do PHS, obtém 1%, mesmo percentual que atingia no levantamento anterior. Vera Guasso, do PSTU, que atingia 1%, foi citada, mas não chegou a esse patamar na atual pesquisa.

Se a eleição para prefeito de Porto Alegre fosse hoje, 7% votariam em branco ou anulariam o voto, e 9% se declaram indecisos.

Foram ouvidos 832 eleitores da capital gaúcha, a partir dos 16 anos de idade, nos dias 21 e 22 de agosto de 2008.

O percentual dos que dizem espontaneamente que vão votar em José Fogaça para prefeito de Porto Alegre subiu de 12% para 17%. A taxa dos que citam Maria do Rosário espontaneamente também subiu, de 8% para 13%. Dizem que vão votar em Manuela 8%; eram 7% em julho. Luciana Genro é citada de maneira espontânea por 2%, mesma taxa de menções espontâneas obtidas por Onyx.

O percentual dos que não sabem dizer de maneira espontânea em quem vão votar para prefeito de Porto Alegre em caiu 13 pontos percentuais em um mês, de 61% para 48%. A taxa dos que afirmam que pretendem votar em branco ou anular se manteve em 6%.

José Fogaça lidera entre eleitores com maior renda, mais escolarizados e mais velhos

José Fogaça ganhou seis pontos percentuais entre os eleitores de Porto Alegre que têm renda familiar mensal acima de dez salários mínimos. Nesse segmento, a preferência pelo prefeito passou de 39% para 45%, taxa 14 pontos acima da média que obtém entre o total do eleitorado. O percentual de intenção de voto em Maria do Rosário também subiu no estrato dos eleitores de maior renda. No caso da petista, o ganho foi de sete pontos (de 16% para 23%). Manuela, por outro lado, perdeu 11 pontos percentuais entre esses eleitores, tendo passado de 18% para 7% das preferências.

No outro extremo da segmentação por renda, entre os eleitores de famílias que vivem com até dois salários mínimos por mês, foi Manuela quem teve maior variação positiva, passando de 13% para 21% das intenções de voto, taxa que supera a obtida por Maria do Rosário, que foi de 19% para 15%. José Fogaça oscilou de 29% para 30% entre os mais pobres. Entre os que vivem em famílias que ganham entre cinco e dez salários mínimos, Maria do Rosário ganhou oito pontos, passando de 18% para 26%, empatando com Fogaça, que oscilou de 27% para 29%. Manuela variou de 21% para 16% nesse segmento.

Fogaça e Maria do Rosário também ganharam pontos entre os entrevistados que têm escolaridade superior. Nesse estrato, o atual prefeito passou de 34% para 40% e Maria do Rosário foi de 20% para 27% das preferências. Manuela oscilou de 17% para 13% entre os mais escolarizados.

Entre os que têm escolaridade fundamental, Fogaça se manteve com 32%, Maria do Rosário passou de 21% para 17% e Manuela foi de 15% para 20%. Entre os que têm o ensino médio, o atual prefeito oscilou de 25% para 26%, a candidata do PT variou de 18% para 20% e a representante do PC do B se manteve com 21%.

Manuela, a mais jovem entre os candidatos, com 27 anos de idade, passou de 31% para 34% das intenções de voto entre os que têm de 16 a 24 anos, ficando 12 pontos à frente de José Fogaça, que passou de 28% para 22% nesse estrato. Maria do Rosário é a preferida de 13% dos eleitores mais jovens em Porto Alegre.

Entre os que têm de 25 a 44 anos, José Fogaça, Maria do Rosário e Manuela empatam, com percentuais que vão de 22% a 24%. Já entre os que têm de 45 a 59 anos, Fogaça ganhou 10 pontos percentuais, chegando a 38%, o dobro do percentual obtido por Maria do Rosário (19%). Manuela obtém 12% nesse segmento. Entre os que têm 60 anos ou mais, Maria do Rosário ganhou sete pontos percentuais (passou de 15% para 22%), mas, mais uma vez, obtém metade do percentual obtido pelo atual prefeito (44%).

Entre os que consideram a administração do peemedebista ótima ou boa, 62% dizem que têm intenção de votar por sua reeleição.

Entre os que reprovam a administração de José Fogaça, Maria do Rosário atinge 36% de intenção de voto e Manuela obtém 26% das preferências. O atual prefeito conta com o apoio à reeleição de 1% dos eleitores que reprovam seu governo.

Em simulações de segundo turno, José Fogaça empata com Maria do Rosário e com Manuela

O Datafolha propôs aos entrevistados duas hipóteses para o segundo turno. Em ambas, José Fogaça empata com suas principais adversárias. Contra Maria do Rosário, 42% votariam no atual prefeito e 44% dariam seu voto à candidata petista. Contra Manuela, o peemedebista obteria 42%, percentual idêntico ao que teria a candidata do PC do B.

Entre os que têm intenção de votar em Manuela no primeiro turno, 62% optariam por Maria do Rosário no segundo, caso a petista enfrentasse José Fogaça (25% votariam no peemedebista). Entre os que pretendem votar em Maria do Rosário, 65% dariam seu voto a Manuela em um eventual segundo turno disputado entre a candidata do PC do B e o atual prefeito, que ficaria com o voto de 14% desses eleitores.

Rejeição a Fogaça oscila de 25% para 28%

José Fogaça também continua à frente quando se trata do ranking de rejeição aos candidatos a prefeito. O percentual de eleitores de Porto Alegre que afirmam que não votariam nele de jeito nenhum no primeiro turno da eleição oscilou de 25% para 28%.

Maria do Rosário e Manuela, que dividem a segunda colocação na disputa pela prefeitura, seguem com baixa rejeição a seus nomes. A taxa dos que não votariam de jeito nenhum na candidata do PT oscilou de 15% para 16% e a dos que rejeitam a postulante do PC do B se manteve em 14%.

O percentual dos que rejeitam Onyx subiu de 19% para 23%. Também subiu a taxa dos que rejeitam Rogowski, de 10% para 14%.

Em relação aos demais candidatos foram registradas variações, dentro da margem de erro da pesquisa. Não votariam de jeito nenhum em Vera Guasso 16%, Luciana Genro é rejeitada por 14% e Nelson Marchezan Junior é descartado como opção para o primeiro turno por 13%.

Votariam em qualquer um dos candidatos 10%, e não votariam em nenhum deles 5%.

34% acreditam que atual prefeito será reeleito; 28% não sabem apontar um favorito
72% não sabem como proceder para confirmar ou anular seu voto

Para 34% dos eleitores de Porto Alegre o atual prefeito, José Fogaça, será reeleito em outubro. Apostam na vitória de Maria do Rosário 16%, percentual idêntico ao dos que acham que Manuela será a prefeita eleita. Cerca de um terço (28%) não sabe apontar um favorito para a eleição deste ano.

Entre os eleitores que têm intenção de votar em José Fogaça, o percentual dos que acreditam na vitória de seu candidato chega a 74%. Entre os que pretendem votar em Maria do Rosário, 62% acreditam na vitória da petista. Entre os que declaram que vão votar em Manuela, 55% estão certos da vitória da candidata do PC do B.

Entre os eleitores de Porto Alegre que declaram já ter candidato ou que vão votar nulo chega a 72% o percentual dos que não sabem dizer como vão fazer para confirmar ou anular seu voto para prefeito em outubro. Cerca de um quarto (26%) responde corretamente e 3% dão respostas incorretas.

Os eleitores que têm intenção de votar em Maria do Rosário são os que demonstram maior conhecimento do número de sua candidata (13): 44% respondem corretamente. Apesar disso, a maioria (55%) não faz idéia de que número devem digitar para confirmar sua escolha no dia 5 de outubro.

Entre os eleitores que pretendem votar em José Fogaça, 71% desconhecem completamente o número do candidato (15); 26% respondem corretamente e 3% dão respostas erradas. Percentuais semelhantes são registrados entre os eleitores que declaram intenção de votar em Manuela (número 65): 73% ignoram o número que devem digitar para fazer valer sua vontade, 23% respondem corretamente e 4% respondem incorretamente.

47% não têm interesse no horário eleitoral

Cerca de metade (47%) dos eleitores de Porto Alegre afirmam não ter nenhum interesse pelo horário eleitoral gratuito na TV dos candidatos a prefeito. Declaram ter algum interesse pelo horário eleitoral 52%, sendo que, desses, apenas 13% dizem ter muito interesse, ante 39% que declaram ter um pouco de interesse pelos programas dos candidatos à prefeitura.

Indagados sobre a importância do horário eleitoral para decidir seu voto para prefeito, 39% dizem que ele não terá nenhuma importância, 33% afirmam que ele será um pouco importante e 26% atribuem a ele muita importância para sua decisão.

Entre os eleitores que têm intenção de votar em José Fogaça, os resultados são praticamente idênticos aos registrados entre o total de entrevistados: 38% dizem que o horário eleitoral não terá nenhuma importância em sua decisão quanto ao voto; 34% dizem que ele será um pouco importante e 27% declaram que ele terá um pouco de importância. Entre os que pretendem votar em Maria do Rosário, 37% atribuem nenhuma importância, 28% muita importância e 35% um pouco de importância ao horário eleitoral. Já entre os que têm intenção de votar em Manuela, 31% dizem que o horário eleitoral gratuito vai ser muito importante em sua decisão (taxa cinco pontos acima da média) e 38% declaram que esses programas serão um pouco importantes (igualmente cinco pontos acima da média). Afirmam que os programas dos candidatos na TV não terão qualquer importância na hora de decidir seu voto 30% dos eleitores que têm intenção de votar em Manuela, taxa nove pontos abaixo da média.

Entre os que têm renda familiar mensal superior a 10 salários mínimos, a taxa dos que dizem que o horário eleitoral gratuito não terá nenhuma importância para decidir seu voto chega a 56% (17 pontos acima da média). Entre os que têm escolaridade superior, 46% não dão qualquer importância ao horário eleitoral gratuito para decidir seu voto para prefeito (sete pontos acima da média).

Dizem não ter assistido nenhuma propaganda dos candidatos a prefeito na TV 67%, ante 33% que declaram ter visto algum dos programas, que começaram a ser exibidos no dia 20.

O percentual dos que dizem ter grande interesse pela eleição para prefeito (26%) empata com a taxa dos que declaram não ter nenhum interesse (22%). Declaram que seu interesse pela eleição é médio 36%, e que ele é pequeno, 15%.

Melhora avaliação de José Fogaça

O percentual de eleitores de Porto Alegre que consideram o desempenho do prefeito José Fogaça (PMDB) ótimo ou bom passou de 30% em julho para 34% hoje. Nesse período, a taxa dos que acham que ele vem tendo um desempenho ruim ou péssimo caiu de 25% para 20%. Para 43% ele vem fazendo um governo regular, percentual idêntico ao registrado em julho.

Em uma escala que vai de zero a dez, Fogaça obtém nota média 5,6; ela era 5,3 na pesquisa anterior.

A aprovação ao prefeito chega a 52% entre os que têm renda familiar acima de dez salários mínimos, a 49% entre os que têm escolaridade superior e a 47% entre os que têm 60 anos ou mais - segmentos nos quais ele obtém suas maiores taxas de intenção de voto.

O Datafolha ouviu 832 eleitores da capital gaúcha, a partir dos 16 anos de idade, nos dias 21 e 22 de agosto de 2008. A margem de erro máxima, para o total da amostra, é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

São Paulo, 22 de agosto de 2008.