Faltando nove dias para a eleição que elegerá os futuros prefeitos das cidades brasileiras, o candidato do PMDB Eduardo Paes segue líder na disputa pelo cargo no Rio de Janeiro, com 29% das intenções de voto, três pontos percentuais acima do obtido no último levantamento, há uma semana (17 e 18 de setembro). Marcelo Crivella, do PRB, continua com taxa idêntica à obtida na pesquisa anterior,18%.
Já Gabeira (PV) entra na disputa por um lugar no segundo turno, com crescimento de 11% para 15% em uma semana, empatado tecnicamente com Marcelo Crivella. Jandira (PCdoB) alcança os mesmos 13% da semana passada.
Não ocorrem alterações significativas no quadro restante de concorrentes: Molon (PT) obtém 5%, Solange (DEM) atinge 4%, Chico Alencar (PSOL) tem 3%, Paulo Ramos (PDT) e Filipe Pereira (PSC) obtêm 1% (cada), enquanto Eduardo Serra (PCB), Vinícius Cordeiro (PTdoB) e Antonio Carlos (PCO) não recebem o mínimo de menções na situação que estimula os nomes dos candidatos.
Na presente pesquisa, chega a 12% os eleitores ainda sem definição de voto, sendo 7% declarantes de voto nulo ou branco e 5% de indecisos.
O Datafolha ouviu 1.184 eleitores cariocas de 16 anos ou mais, nos dias 25 e 26 de setembro de 2008. A margem de erro máxima, para o total da amostra, é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Na intenção de voto espontânea, sem que os entrevistados tenham acesso aos nomes dos candidatos, Paes varia um ponto percentual para cima e alcança 16%, mas empatado com Crivella, que mantém-se com 12%.
Embora tecnicamente empatado com Jandira, Gabeira leva novamente vantagem sobre a candidata: ele recebe 10% ante 6% de Jandira, das citações espontâneas.
Os demais permanecem com taxas pouco expressivas: Molon obtém 3%, Solange e Chico têm 2%, cada, enquanto Paulo Ramos e Filipe Pereira não atingem 1% cada um; Antonio Carlos não é citado.
Vale notar que a parcela de indecisos é equivalente à de uma semana atrás (38% agora, ante 39%), e 8% ainda declaram intenção de anular o voto ou votar em branco, três pontos percentuais menos que em 17 e 18 de setembro.
Paes venceria Crivella no segundo turno com mais folga do que venceria Jandira
Na quarta simulação de segundo turno (desde agosto) entre Paes e Crivella, o candidato peemedebista reafirma sua vantagem e venceria com 57% agora, ante 30% do adversário do PRB. Há uma semana, eles tiveram 53% e 32% de intenção de voto, respectivamente. Anulariam ou votariam em branco 12%, e 2% mostram indecisão.
Já, a hipótese de um segundo turno entre Crivella e Jandira é testada pela quinta vez, desde julho. Como nas vezes anteriores, é apontada vitória de Jandira, caso a disputa ocorresse hoje: ela teria 52%, contra 34% do candidato do DEM, com a maior vantagem observada até agora, de dezoito pontos percentuais. Em 17 e 18 de setembro, declararam que escolheriam a candidata 47% dos entrevistados, contra 36% que optariam por Crivella. Hoje, a parcela dos que votariam em branco ou anulariam, nessa hipótese, seria de 12%, enquanto 2% não souberam opinar.
Pela segunda vez, o Datafolha testou a hipótese de o segundo turno ocorrer entre Paes e Jandira, que apresentam taxa de intenção de voto de 48% e 41% (na ordem), com 9% de votos nulos ou em branco e 2% de indecisos. Há uma semana, os adversários atingiram 48% e 37%, respectivamente.
Rejeição a Crivella atinge 38%, o dobro da de Paes (19%)
Considerando-se os principais adversários até o momento, Paes reforça sua vantagem sobre Crivella quando se observa a rejeição aos dois: enquanto 38% declaram que não votariam de jeito nenhum no segundo (rejeição que era de 34% há uma semana, e de 28% em março), pouco menos que metade dessa parcela (17%) afirma rejeitar o nome de Paes, embora com oscilação de dois pontos percentuais para cima em relação à última pesquisa.
No segundo patamar de rejeição continuam Solange (27%) e Gabeira (24%, ante 22% há sete dias), seguidos (além do Paes, com 17%) por Molon (16%) e Jandira (15%), Paulo Ramos, Vinícius Cordeiro, Chico Alencar e Antonio Carlos com 14% cada um, Filipe Pereira com 13%, e Eduardo Serra, com 12%.
Não votariam em nenhum candidato, isto é, rejeitam todos, 4% dos eleitores cariocas, enquanto 6% poderiam votar em qualquer um, já que não rejeitam nenhum nome. Outros 6% não tomaram posição quanto à rejeição de candidatos.